segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Cascão: HQ "Resolução de Ano-Novo"

O fim de ano está chegando e aproveitando a data, eu mostro uma história falando sobre o Ano-Novo com o Cascão. Foi uma história de miolo de 6 páginas publicada em 'Cascão nº 88' (Ed. Abril, 1985).

Capa de 'Cascão nº 88' (Ed. Abril, 1985)

Começa com o Cascão vendo na folhinha que era o último dia do ano. A mãe, dona Lurdes, propõe a ele que como o ano estava acabando, nada melhor que começar o ano para tomar uma resolução e tomar banho. Cascão fica decepcionado com a mãe fazendo uma proposta dessa e finge que desmaia e, então, a dona Lurdes pega um balde d'água, que faz com que ele corra para a rua na mesma hora e acabado se esbarrando na Mônica.


Mônica aproveita para pedir também a ele fazer uma resolução de Ano-Novo e tomar um banho e ele não aceita. Cascão se encontra com seus amigos do futebol e eles dão um cartão vermelho mandando ir para o chuveiro. Cascão ainda fala que o jogo nem começou, e eles falam que  não aguentam mais o cheiro dele suado e ele só vai jogar bola com eles se tomar banho.


Cascão não se conforma com todo mundo pedindo pra ele tomar banho no Ano-Novo e de repente aparece uma nuvem de chuva e ele sai correndo, até se deparar com um rio. Então, fica com dúvida se pula ou não no rio para agradar o pessoal. Afinal, um dia ele tem que tomar decisão e porque não num Ano Novo? Nessa hora, o barranco se quebra e ele fica prestes a cair e finalmente acontecer o banho.


Eis que o Mauricio interfere e puxa o Cascão para fora do quadrinho. Mauricio disse que não chegou a hora e Cascão comenta que todos querem que ele fique limpo no Ano-Novo. A solução encontrada pelo Mauricio foi apagar a sujeira e seu cheiro para parecer que ele tomou banho.


Então, Cascão volta aos quadrinhos e sai correndo pra casa, que já estava quase na hora de chegar 1986. Quando chega em casa, todos ficam felizes pensando que ele realmente tomou banho. No final, Mauricio se pergunta se algum dia ele vai tomar banho sem borracha.


Uma história bem simples e bacana retratando o Ano-Novo e envolvendo metalinguagem, que nessa postagem coloquei completa. Normalmente, histórias de Ano-Novo com o Cascão tem essa temática de resolução de fazerem ele tomar banho no ano que está chegando. Mesmo comum, são bem divertidas histórias assim. Já os traços são um show à parte. Adorava esses traços como nessa história que não fazem mais. Traços assim saiam em histórias de miolo, como essa.


Quando foi republicada pela primeira vez em 'Mônica Especial de Natal nº 2' (Ed. Globo, 1996), eles alteraram na hora que ele falou que já era quase 1986, alteraram para "1997". Normalmente, nesses especiais de Natal, eles costumavam alterar para o ano corrente. Pelo menos, normalmente era o único tipo de alteração que acontecia na Globo, sobretudo, começando isso a partir da 2ª metade dos anos 90. A propósito, a capa dessa edição é muito bonita. Sensacional que nem a história.

Um excelente Ano-Novo para todos com muitas realizações! 

domingo, 29 de dezembro de 2013

Capa da Semana: Chico Bento Nº 24

Uma capa de Natal com o Chico Bento muito bonita com ele namorando a Rosinha e os seus corações apaixonados formam os enfeites da Árvore de Natal. Ficou muito bom.

A capa dessa semana é de 'Chico Bento Nº 24' (Ed. Globo, Dezembro/ 1987).


quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Coleção Histórica nº 38


Já nas bancas a Coleção Histórica  # 38.  Esta coleção é formada pelas 5 revistas números 38: Mônica (1973), Cebolinha (1976), Chico Bento e Cascão (1984), e Magali (1990).

Ficou muito bom o Dudu antigo na capa. Eu adorava os traços dele assim como começou que aparentava realmente que ele tinha menos idade do que os outros da Turma da Mônica.

Teve um erro grotesco na contracapa da caixinha desse box, colocando a capa de Magali # 37 em vez da 38. Não dá para entender como um erro desse ficou despercebido e não revisaram antes de fechar a edição. Muita falta de atenção. Além de ficar feio visualmente, ainda corre o risco de algum desavisado estar comprando pela primeira vez e ficar na dúvida qual revista da Magali é a correta nessa edição. Bola fora isso. Abaixo, a contracapa da caixinha com o erro grotesco.

Contracapa com capa errada do gibi da Magali

Além dessa capa errada da Magali, as ilustrações do Cebolinha e da Magali nessa contracapa foram tiradas erradamente também da Coleção Histórica # 37, ambas mais precisamente da história "Bingo" de Mônica # 37. Também foi um erro, já que essas ilustrações costumam ser retiradas da própria edição. Então, deviam ser imagens das histórias dos gibis da CHTM # 38.

Nessa edição 38, continuam com informações de créditos de roteiristas, desenhistas e arte-final nos comentários nas histórias, porém não são em todas que mostram isso. Pode ser porque não tenha informação registrada ou porque não teve espaço para colocar. Às vezes, nos comentários informam apenas só quem é o roteirista, ou só quem desenhou, e vou mostrar melhor cada caso a seguir nos comentários de cada revista.

As capas reais da Coleção Histórica # 38

Histórias de abertura e comentários gerais:

Dentre as histórias de abertura, eu só não conhecia antes a da Mônica. As demais já tinha lido nos almanaques da Globo. Vamos aos comentários:

Mônica - "O jornal mural" - Mônica resolve fazer um jornal com notícias que estavam acontecendo no bairro, com seus amigos como repórteres. Como não tinham papel e impressora, as notícias do jornal eram escritas em um muro.

Prevalecem histórias sobre brincadeiras nessa edição. Nessa época, as histórias da Mônica eram mais voltadas a brincadeiras mesmo, tudo era motivo de diversão. Com isso, temos histórias, além dessa deles brincando de fazer jornal, tem também eles brincando de siga o chefe, de casinha, de cozinhar, entre outras. 

Mauricio de Sousa e seu irmão Marcio Araujo são os roteiristas das histórias dessa revista. Mauricio escreveu a maioria delas, como essa de abertura, e nos comentários, o Paulo Back dá dicas de como saber se determinada história foi escrita pelo Maurício. Na última história, "O pombo-correio", não mostra informação de créditos de roteiro e desenho.

Cebolinha - "Carnaval! Oba!" - Cebolinha, Cascão e Mônica montam um bloco de Carnaval no bairro, com direito até de marchinha.

A capa traz uma piadinha em vez de fazer referência da história de abertura. Nessa época, eram raras as capas do Cebolinha ter piadinha. Normalmente, o gibi da Mônica era uma piada e o do Cebolinha fazia menção à história de abertura. São 13 histórias nesse gibi, incluindo a tirinha final, e dentre 11 histórias comentadas, 4 infelizmente não foram mostradas informações de créditos de roteiristas, desenhistas e arte-final.

Foi falado no comentário que na seção de cartas "Coleio do Cebolinha" teve um aviso que mudou endereço do estúdio para o envio, que é o mesmo até hoje desde então, porém não reproduziu nem uma miniatura da página do "Coleio do Cebolinha" da edição original. Falando nisso, só agora informa que o "Coleio do Cebolinha" estreou em 'Cebolinha # 17', de 1974. Deviam ter falado na própria "CHTM # 17" e com a miniatura da seção de cartas, caso não quisessem reproduzir em tamanho real.

Chico Bento - "Voltando com uma amiga" - Chico Bento imagina perigos que acontecem com uma árvore na cidade e depois mostra a realidade que estava acontecendo realmente.

Curiosamente, a largura desse gibi do Chico veio 0,5 centímetro maior em relação aos outros. Parece pouca coisa, mas deu pra perceber a diferença. Em relação a créditos nos comentários, na história "O ladrão" fala o nome de quem desenhou e da arte- final, mas não diz quem foi o roteirista. Já na história "Lição de casa", só fala quem foi o roteirista.

Uma coisa boa nessa edição é que voltaram a reproduzir os textos do caipirês antigo do Chico, exatamente como nas revistas originais da época. Nas edições do Chico da Editora Abril, os gerúndios que eles falavam tinham terminação "-ano" e estavam alterando na CHTM para "-ando", e o caipirês em geral costumavam alterar também para adaptar ao caipirês atual. Palavras como "acabar" e "verdade" eram escritas "acabá" e "verdade"  nos primeiros anos de quando o Chico passou a falar caipirês nas histórias, e só depois de 1985, passaram a colocar "cabá" e "vredade", por exemplo.

Nessa edição, portanto, permaneceram as falas originais. Então, o Chico está falando, por exemplo, "vortano", "comeno" e falando "amanhã" em vez de "aminhã", exatamente como na original e como deve ser.

Trecho da HQ "Cadê doença?" - Gerúndio igual a original

Quando a CHTM começou eles mudavam esses textos, colocando o caipirês atual e os gerúndios "ando". Na faixa do nº 20, passaram a colocar o texto original como era na época e a partir da CHTM # 35, voltaram a alterar os gerúndios e o caipirês. Espero que continuem assim sem alterar mais nada. Mudanças, aliás, que nunca deviam ter nem nos almanaques convencionais, e muito menos na Coleção Histórica e em livros especiais.

Como só nos gibis de 1985, o Chico passou a falar o gerúndio normal, por exemplo, nada mais justo até lá permanecer o texto exatamente como era. Aliás, para não dizer que não teve alteração em relação a original, a cor do brilho do cabelo do Papa-Capim continuam trocando para azul em vez de branco como na original. Pelo menos, isso está acabando nas revistas do Chico Bento, já que em 1984 mesmo, passaram a colocar o brilho azul nos cabelos dele de vez.

Trecho da HQ "Papa-Capim"

Cascão - "Borboleta cascuda" - Ao empinar uma pipa, Cascão tropeça em uma pedra, se enrosca na linha da pipa e bate a cabeça em uma árvore. Uma borboleta o vê desacordado e pensa que é uma lagartona com dificuldade de sair no casulo e, com isso, para ajudar, transforma o Cascão em borboleta.

Curioso que foi comentado dessa vez uma história de 1 página. Nos comentários, não costuma fazer isso, talvez comentou para ocupar espaço que faltaria. Porém, não informou os créditos dessa história de 1 página. Infelizmente também deixaram de mostrar propaganda da revista da Mônica citada no comentário. No caso, seria propaganda da revista da Mõnica # 165.

Magali - "Eu não sou cachorro, não!" - Mingau troca de corpo com um cachorro de rua, que estava cansado de ser um vira-lata pulguento de rua. Os corpos deles são trocados através de uma fada-madrinha-cachorra que atendeu o pedido do tal vira-lata de se tornar um gato e que o seu corpo seria trocado com o gato que estivesse mais perto, que era o Mingau.

Uma história tão boa tinha que ser da roteirista Rosana mesmo. Muito legal. Outra história bacana é "Come que está uma delícia", escrita brilhantemente pelo Robson Lacerda, em que a Magali come ração do Mingau para convencê-lo a comer. O cúmulo do incorreto que tanto agradava os fãs. Muito engraçado ver a Magali comer ração de gato. 

Trecho da HQ "Come que está uma delícia"

Assim como na revista do Cascão, também foi comentada uma história de uma página. Acredito que foi para ocupar espaço da página, mas espero que seja mais frequente isso.

O gibi da Magali foi o único que foram mostradas informações de créditos em todas as historias, inclusive, comentado a presença de 2 novos roteiristas, até então. Na última história, "Proibida para comer", que é do roterista, novo até então, Dejair da Mata, também mostra informação de quem fez as letras.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Anjinho: HQ "Aconteceu no Natal"

Mostro uma história do Anjinho que conta a sua chegada ao Céu bem nas proximidades do Natal. Escrita pelo roteirista Flavio Teixeira, é uma história muito bonita que foi publicada no 'Gibizinho do Anjinho Nº 5' (Ed. Globo, 1991).

Capa do 'Gibizinho do Anjinho nº 5' (Ed. Globo, 1991)

Na trama, o próprio Anjinho narra como chegou no céu. Começa com a Dona Morte chegando ao Paraíso com o Anjinho e chamando Moisés para abrir a porta do Céu. Anjinho pergunta quando volta para a Terra e Moisés avisa que o Céu é o seu novo lar.


Então, Anjinho, como estava apertado pra mijar, pergunta a Moisés onde é o banheiro e acaba mijando para fora de uma nuvem, atingindo na Terra o Imperador romano César.


Além disso, enquanto Moisés conversa com a Dona Morte, informando que Pedro o substituirá em breve, Anjinho faz outra travessura e espanta os passarinhos. Moisés avisa que ele vai precisar de um par de asas e uma auréola, e, antes disso, seria preciso registar o seu nome no "Grande Livro". Então Anjinho revela que era órfão e não tinha nome, e, com isso, ele se passa a chamar "Anjinho".


Ele, então, vai nos endereços para buscar as asas e a auréola. Ficamos sabendo que no Céu tem ruas e avenidas. A "Fundição de auréolas" fica na "Avenida Glória Aleluia", perto da "Paz Eterna" e "Perdão Divino". Ao buscar a auréola, é revelado que os anjos fundem estrelas para fabricarem auréolas.


Ao conseguir as asas e a auréola, Anjinho começa a sua fase de adaptação ao Céu, como aprender a voar. No começo foi difícil, mas depois que conseguiu a paz celestial foi interrompida com sua alta velocidade de voo. Anjinho entrou também no Coro Celestial e aprendeu a tocar harpa, além de fazer mil travessuras no Céu, como usar as tábuas da lei para passar roupa.


Tudo estava indo bem, até que chegou a época do grande acontecimento: o nascimento de Jesus Cristo. Um grande alvoroço estava acontecendo, com presença de Moisés, Isaías, Abraão e vários profetas. Todos preparando presentes para o Menino Jesus.


Então, Anjinho se pergunta que presente ele dará para o filho de Deus. Primeiro ele pensa em compor um Hino de Adoração, mas já fizeram. Depois pensa em escrever uma oração que ficasse para sempre no coração dos homens. Porém, fizeram também. A única alternativa foi dar uma simples caixinha com uma rosa que ele trouxe da Terra quando era vivo. Ele ficou com vergonha com tantos presentes grandiosos e o dele tão simples e mixuruca.


Eis que surge Deus, que fala com ele que a rosa foi o melhor presente, porque, além de simples e vindo da Terra, foi dado com amor e humildade. E Deus ainda revela nessa hora que o Anjinho morreu ao cair de um precipício e essa mesma rosa estava com ele, abençoando-o.


Eles são interrompidos por um anjo avisando que estava chegando a hora do nascimento do Menino Jesus. Então, Deus usa a caixinha com a rosa para ela se transformar em luz e criar a Estrela de Belém para anunciar o nascimento de Jesus, terminando assim a história.


Sem dúvida, uma história linda, com traços excelentes e muito lembrada pelos fãs, mostrando o verdadeiro sentido do Natal de comemorar o nascimento de Jesus Cristo. Independente de festas e presentes, o que deve ser lembrado é o motivo da existência do Natal: Jesus Cristo.


E ainda pudemos acompanhar toda a origem do Anjinho, com a sua chegada e sua adaptação no Céu. Uma mistura de humor e realidade que ficou bem elaborada e criativa. Muito interessante saber que o Anjinho morreu ao cair num precipício, por exemplo.


O bom é que mantém a essência do Anjinho, já que quando foi criado em 1963, ele era um anjo que foi parar na Terra por fazer várias travessuras. E em história boa não pode faltar os absurdos, como o Anjinho mijar para fora da nuvem, atingindo o imperador Cesar, o Céu ter ruas e avenidas, Anjinho travesso, e por aí vai. Tudo para dar graça à história e esses absurdos e situações incorretas é que dão a magia dos quadrinhos.


No início da história, fala que ela foi baseada no conto de Charles Tazeel. Trata-se do conto infantil"The Littlest Angel" (ou "Anjinho Travesso"), coisa bem característica do Flávio de adaptar contos e filmes para as histórias. Aliás, essa foi uma das primeiras histórias do Flavio nos estúdios. Ficou ótima.


Essa história do Anjinho tem 28 páginas, ocupando, portanto, o gibizinho inteiro e coloquei completa na postagem. Era raro gibizinhos com história única, mas de vez em quando acontecia. O normal era a maioria dos gibizinhos ter 2 histórias. Se fosse publicada em gibi convencional, ela teria a metade de páginas.


Quando foi republicada no 'Almanaque do Gibizinho Nº 22 - 1ª série' (Ed. Globo, 1999), alteraram o início quando fala que aconteceu há 1991 anos, alterando pra 1999. Porém, na reedição no 'Almanaque do Gibizinho Nº 3 - 2ª série' (de 2003) permaneceram 1999 no lugar.


Para saber mais detalhes sobre o título "Gibizinho", pode ser conferido aqui e aqui.

UM FELIZ NATAL A TODOS!!!

domingo, 22 de dezembro de 2013

Capa da Semana: Magali Nº 117

Uma capa da Magali mostrando a sua Árvore de Natal frutífera. Ficou bonita e bem criativa. Fica a dúvida é de quanto tempo ela levou para devorar essa Árvore toda.

A capa da semana é de 'Magali Nº 117' (Ed. Globo, Dezembro/ 1993).


sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Propagandas Natalinas da Turma da Mônica (Parte 1)

A Turma da Mônica teve várias propagandas clássicas sobre o Natal. Nessa postagem, eu relembro algumas dessas  entre os anos 70 e anos 90,  nostálgicas que marcaram várias gerações.

Em 1979, era lançado o LP "O Natal da Turma da Mônica", com canções de Natal cantadas pela turminha. A propaganda fechou com chave de ouro o ano de 1979, que foi marcado como o "Ano internacional da criança", com direito à selo nas capas das revistas daquele ano. Sem dúvida, esse LP marcou época.

Propaganda tirada de 'Cebolinha Nº 83' (Ed. Abril, 1979)

"Não esqueça minha Caloi" foi também um marco da propaganda brasileira. Vinculada entre os anos 70 e início dos anos 90, era uma campanha para as crianças espalharem bilhetes em todos os cantos da casa para lembrar os pais de não esquecerem de comprar a bicicleta no Natal. Nos gibis de 1989, eram muito famosas as propagandas das crianças em cima de um muro, e nos gibis de 1990 e 1991, um bonequinho com uma faixa do slogan.

O que poucos sabem é que nos anos 70 era o Cebolinha que era o garoto-propaganda da Caloi, como nessa propaganda rara de 1979 que destaco abaixo:

Propaganda tirada de 'Cebolinha Nº 83' (Ed. Abril, 1979)

E ao virar a página, vários lembretes que deveriam ser cortados para serem espalhados pela casa. Chato era ter que estragar o gibi cortando.

Propaganda tirada de 'Cebolinha Nº 83' (Ed. Abril, 1979)

Em 1980, inclusive, passava na televisão propaganda com o Cebolinha avisando para não esquecer a Caloi. O comercial foi um grande sucesso e ganhou a preferência da garotada. E foi lembrado isso nessa propaganda abaixo de 1980, que aproveitou para divulgar o endereço de departamento de animação do estúdio para outros anunciantes entrarem em contato. Aliás, excelente esse desenho do Cebolinha.

Propaganda tirada de 'Almanaque da Mônica Nº 7' (Ed. Abril, 1980)

Em 1983, a Lojinha da Mônica entrou no clima do Natal. Quem comprasse lá no mês de Dezembro, ganharia um brinde. Fica a dúvida qual brinde deve ter sido.

Propaganda tirada de 'Almanaque da Mônica Nº 20' (Ed. Abril, 1983)

Em 1985, lançaram uma nova propaganda da Lojinha da Mônica, pedindo par ao pessoal comprar presentes lá, com uma linda ilustração, por sinal. Como o texto dela ficou difícil de ler, transcrevo aqui:

"Neste Natal passe na Lojinha da Mônica. Lá você encontra todos os produtos com a Turma da Mônica. Tudo com carinho para as crianças."

Propaganda tirada de 'Cascão Nº 88' (Ed. Abril, 1985)

Em 1988, era lançado os cartões de Natal da Turma da Mônica da "Petrograph". Eram parecidos com cartão magnéticos, cada um com ilustrações e mensagens variadas da turma sobre o Natal. Todo mundo queria ter o seu. Dá vontade de ter todos.

Propaganda tirada de 'Mônica Nº 24' (Ed. Globo, 1988)

Também em 1988, Mônica e Cebolinha anunciavam nos gibis os brinquedos da marca "Coluna" para comprar no Natal. Brinquedos e jogos clássicos que deixaram saudade até hoje para quem foi criança nos anos 80. Curiosamente, essa propaganda também saiu nas revistas de Dezembro de 1989 e de 1990, como, por exemplo, nas revistas do 'Cascão Nº 77' e 'Nº 102', respectivamente.

Propaganda tirada de 'Cascão Nº 51' (Ed. Globo, 1988)

Em 1991, foi lançado o panetone da Turma da Mônica da "Bauducco". O grande diferencial era que vinha dentro de um lata de alumínio de 500 gramas, que depois de ter comido o panetone, podia ser reutilizado e ainda por cima servia de decoração. Até hoje não lembro que fim levou esse latão que eu tinha. E, aliás, era muito gostoso esse panetone.

Propaganda tirada de 'Cebolinha Nº 60' (Ed. Globo, 1991)

Em 1993, era lançado em fita VHS o filme "O Natal de todos Nós", com desenhos animados com os personagens falando sobre a data. Curiosamente, as falas dos personagens são os mesmos textos publicados no 'Almanaque da Mônica Nº 7' (Ed. Abril, 1980). Nesse almanaque, teve uma seção "O Natal de todos Nós" dos personagens falando sobre o Natal (em cada página, um personagem falava), antes das republicações das histórias. E esse texto foi aproveitado para esse filme, só que com animação. A propaganda da fita VHS mostro abaixo:

Propaganda tirada de 'Magali Nº 117' (Ed. Globo, 1993)

E, para finalizar a postagem, em 2000 saía essa ilustração da Turminha. dessa vez não anunciando nada, apenas desejando um feliz natal e um maravilhoso Ano Novo aos leitores. Ilustração bem bacana.

Propaganda tirada de 'Cebolinha Nº 172' (Ed. Globo, 2000)

Como podem ver, foram propagandas clássicas muito boas e bem criativas, cada uma marcando as suas épocas. Cada um vai ter sua preferida.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Cascão: HQ "A verdade sobre o Papai Noel"

A história que eu compartilho é de quando o cascão descobriu que o Papai Noel não existe. Muito boa e com uma bonita mensagem. Ela tem 10 páginas no total e foi publicada em 'Cascão nº 207' (Ed. Globo, 1994).

Capa de 'Cascão nº 207 (Ed. Globo, 1994)

Começa contando o que aconteceu no Natal de 1993, um ano antes de passar a história em si. A mãe do Cascão, dona Lurdes, conta a ele como é o Papai Noel antes dele dormir, e fica ansioso com a chegada dele e não consegue dormir. Cascão ouve um barulho na sala e quando chega, vê que era o seu pai, seu Antenor, colocando o presente na árvore de Natal.


Seu Antenor ainda dá desculpa que está ajudando o Papai Noel, tem mais crianças no mundo, mas não consegue convencer o filho. Com isso, o Cascão fica traumatizado ao descobrir da pior maneira possível que não existe e fala que nunca mais vai acreditar em Papai Noel.

Então, passa um ano e chega Dezembro de 1994, de quando se passa a história. Mônica e Cebolinha estavam comentando o que pediram para o Papai Noel e chega o Cascão e perguntam o que ele pediu. Então, ele fala que Papai Noel não existe e quem traz os presentes são os pais deles, com o dinheiro que dá do salário. Mônica não acredita no Cascão, mas Cebolinha fica decepcionado.


Após isso, Cascão encontra um menino, que pede ao Cascão para ver se sua cartinha para o papai Noel estava boa. Então, cascão dá uma gargalhada e fala que Papai Noel é tudo invenção e ainda fala para o garoto pedir o caminhãozinho para o pai dele, porém ele fala que não tem pai.


O menino, aliás, não acredita no Cascão e falou tudo aquilo só pra chatear e vai embora para casa para terminar de escrever a carta. Então, Cascão vê que o menino é muito pobre e mora em uma favela. Cascão, então, chora, achando que seria bom se Papai Noel existisse mesmo.


Chega o dia do Natal e após a ceia, a dona Lurdes o coloca pra dormir para esperar o Papai Noel. Ele fala que essa história não o engana mais e tenta dormir. Só que não consegue assim mesmo, pensando no pai colocando o presente na árvore. Então, ele se levanta para falar ao pai dar o presente diretamente a ele e quando chega na sala , vê o pai se fantasiando de Papai Noel.


Seu Antenor diz que se fantasiou não por causa dele, mas pra fazer uma coisa importante. Cascão segue o pai e vê que foi na favela distribuir presentes às crianças de lá, se passando por Papai Noel. A garotada fica feliz e aquele menino do iníci oda história confirma ao Cascão que Papai Noel existe.


Cascão chora e ele se dá conta que Papai Noel existe e era o seu pai. Seu Antenor fala que só está ajudando o Papai Noel que a população mundial aumentou e está dando uma força. 

Ao entrarem em casa, chega o verdadeiro Papai Noel falando que não está dando conta e pedindo aos leitores fazerem que nem o seu Antenor e dar uma força a ele.


É uma bonita história, simples, sem enrolação e com uma boa mensagem de Natal para ajudar a quem precisa. Qualquer um pode ser Papai Noel, basta querer. As crianças podem doar seus brinquedos antigos para quem está precisando, e adultos também podem ir fazer visitas a orfanatos, por exemplo. Fazer uma boa ação e ajudar crianças necessitadas mais felizes foi a mensagem deixada pela história.

É interessante na MSP que tem histórias era comprovado que Papai Noel existe, tem outras ficava claro que não ele existia, e ainda tinha algumas que ficavam dúvida. Não tinha um padrão, era de acordo com o roteirista. Na postagem coloquei a história completa.