sexta-feira, 29 de março de 2013

Mônica nº 75 - Panini



Nesse ano, a Mônica completa 50 anos e durante o ano todo vai ser comemorada a data com eventos diversos, como peças de teatro, exposições, relançamentos de brinquedos e vários outros. Nos quadrinhos que é o que mais interessa aos fãs, não podia ficar de fora e ainda esse ano vão ser lançados livros especiais como "Monica por 150 Artistas", "Monica 50 Anos" e "Todas as capas da Mônica". E outra revista que se enquadra nessa comemoração é a Mônica nº 75 que foi lançada agora em março.

Interessante a mídia dando muito destaque para essa edição. Quando comprei o "Cascão 50 Anos" na livraria Saraiva, tinham várias edições da Mônica em lugar de destaque e todas embaladas em plástico. Nunca vi isso, nem o "Cascão 50 Anos" estava com destaque. E saiu até propaganda na revista "Veja".

Propaganda que saiu na "Veja" retirada do Blog do Xandro

Não sou de comprar gibis novos, tanto que só tenho 8 edições da Mônica da Panini, mas esse comprei pelo valor histórico, por ser uma edição especial. Mas de especial só o nome. Porque para minha surpresa não vi nada de diferente nesse gibi que justificasse ser uma edição especial. O que se tornou diferente foram apenas a capa que é metalizada, a republicação da história "A Mônica é daltônica" da edição nº 1 da Ed. Abril em 1970, e ter 108 páginas, sendo que umas 20 delas são propagandas, aí no final fica as mesmas 84 páginas. Sobre as propagandas a maioria são a MSP agradecendo ao mercado que produziram seus produtos, tipo, agradecimento ao mercado alimentício, ao mercado de brinquedos, etc.

Uma das propagandas do gibi

De resto, tudo igual às revistas mensais. Se o gibi fosse no ano passado, seriam essas mesmas histórias que sairam nessa edição. Nenhuma história nem faz referência aos 50 anos da Mônica. O gibi tem 13 histórias inéditas, incluindo a tirinha final mais a republicação de "A Mônica é daltônica". A de abertura, como todo mês de março, é história de aniversário onde a Mônica faz uma lista de 7 coisas para fazer antes de completar 7 anos, com a ajuda do Cebolinha.

Todo ano, desde 1994, tem histórias de aniversário nos gibis da turma da Mônica. É até previsível, antes mesmo de sair do checklist no site, no mês de março você já sabe que tem história de aniversário no gibi da Mônica; no mês de maio é história de aniversário no gibi da Magali; em julho é a vez do Chico Bento, em outubro, o do Cebolinha e em novembro, o do Cascão. De inicio era legal, já que colocaram datas fixas nos aniversários da turminha e, de vez em quando, terem histórias desse tipo nessas datas é interessante, mas daí todo ano ter história de aniversário já deu o que falar. São poucas vezes que as edições desses meses não tiveram história de aniversário desde 1994, e, mesmo assim na Globo, porque na Panini todas as edições tiveram.

E nessa edição "comemorativa" Mônica 75, não foi muito diferente. História normal, que seria a mesma coisa se saísse ano passado ou ano que vem. Até quando o Cebolinha completou 50 anos, a história foi melhor. Em Cebolinha nº 46 (Ed. Panini, 2010), foi comemorativa pelo seus 50 anos e a história de abertura também foi de aniversário em que ele foi passar o seu aniversário com a turma e seus pais no sítio do Xaveco. E, diferente da Mônica desse mês, no final teve uma superfesta na história, com presença-surpresa de vários personagens, inclusive os secundários como Tina, Jotalhão, Chico Bento, e tinha uma vela de 50 anos no bolo. Cebolinha até perguntou porque 50 anos no bolo, já que ele estava fazendo 7 anos, e responderam que naquele ano ele estava completando 50 anos de criação. Ou seja, bem melhor que a edição da Mônica atual.

Cebolinha nº 46 - Ed. Panini, 2010

Sobre as outras histórias de Mônica nº 75, tudo igual, roteiros e traços sem graça, e, agora, para piorar estão colocando as letras de algumas história se nos títulos impressas no computador, e não feitos à mão como sempre foi, como pode notar nas histórias "Cosquinhas na barriga" e a horrível "A campeã" que encerra o gibi. Ou seja, cada vez mais piorando a situação da MSP. O enquadramento das histórias, também são ruins, desenhando de uma forma, que colocam 4 quadrinhos por página, em vez de 8, tudo para encher linguiça. A história de abertura é um exemplo disso, assim como "A campeã" e uma do Penadinho com paródia dos Vingadores. Tudo fraco.

Contracapa

Com certeza, a melhor história da edição foi a republicação de "Mônica é daltônica". Como eu tenho ela em 4 revistas contando com essa, não é novidade nenhuma pra mim. Mas sempre é bom reler e ver a Mônica dando soco explícito nos meninos, sem aparecer nem onomatopeia. Nas histórias atuais nem onomatopeia aparece, simplesmente aparecem eles de olho roxo num quadrinho para o outro, isso quando apanham. A maioria, ela só corre atras deles girando o Sansão, como se vê na história "A campeã".

 Enfim, uma edição muita fraca para toda essa divulgação. Mereceria algo bem melhor...


quarta-feira, 27 de março de 2013

Surpresa no Almanaque da Mônica nº 38



Ultimamente os almanaques da Mônica, Cebolinha e Cascão da Panini têm nos presenteado com várias histórias do final dos anos 80 e inicio dos anos 90. Alguns, normalmente os da Mônica, têm apenas histórias de 1987/88. Outros só a história de abertura são do final da globo, e todas as outras de miolo antigas daquela época. Claro que são histórias que já foram republicadas e estão sendo de novo, mas pra quem não conhece as histórias vale a pena assim mesmo. Já os Almanaques da Magali e do Chico Bento não segue tanto essa linha, quem sabe, eu fale melhor em outra oportunidade.

Nesse mês, o almanaque do Cebolinha fugiu um pouco disso de ter histórias do final dos anos 80 e inicio dos anos 90. Dessa vez só tem histórias dos anos 90, inclusive a de abertura de 1997, que mesmo assim está bom. E o Almanaque do Cascão também com 3 histórias mais novas do final da Globo, incluindo a de abertura com a história "Sem Limite", de 2000 (uma paródia do programa de TV "No Limite" da Globo), e as demais histórias variando de 1988 a 1992. Já o Almanaque da Mônica é o melhor do mês, continuando a ter histórias exclusivamente antigas, dessa vez variando de 1988 a 1993, prevalecendo 1990.

E é desse almanaque da Mônica que quero comentar. Todas as histórias muito boas, mas quero dar destaque a 2 histórias desse Almanaque. A primeira é a história de abertura "Lambada". Publicada originalmente em Mônica nº 45 (Ed. Globo, 1990).

Na trama, a Mônica quer aprender a dançar lambada para poder dançar com o Flavinho, seu paquera, no concurso de lambada que vai ter no bairro. Só que Cebolinha e Cascão ouvem ela contando a novidade para Magali e eles resolvem provocar a Mônica, com o Cebolinha se tornando "Cebolinha Magau", o professor de lambada pra ensinar tudo errado para a Mônica. É muito engraçada essa história, muito bem desenhada, sendo que algo chama atenção. A gente, hoje, na era digital do DVD, Blu-ray e na história é estranho (e ao mesmo tempo bom) ler eles falando de fita VHS, videocassete, fita do Jaspion (na história Caspion). É nostalgia pura. E o bom que eles não mudaram nada. Nem texto, nem desenhos. Muito bom.


Sem contar as letras das músicas do Beto Barbosa e Kaoma na história. Sem dúvida, uma história clássica que marcou época e que resgataram nesse almanaque para os novos leitores. Sensacional. Deixando claro que, como não comprei esse almanaque porque eu tenho as revistas originais, as imagens foram retiradas das revistas originais.


Outra história de destaque é "Um intruso no céu" da Turma do Penadinho. Publicada originalmente em Mônica nº 48 (Editora Globo, 1990). Nela, um diabinho disfarçado tenta entrar no céu, ficando numa fila de almas que estavam entrando no céu. E consegue! Nada anormal, se não fosse que nos gibis atuais eles não fazem mais histórias com diabos nem bandidos. É de admirar republicaram história com diabo num almanaque convencional. Já é uma vitória isso.

 

Só que como nada é perfeito, nunca dá pra elogiar totalmente a MSP, eles cometeram um deslize nessa história. Na revista original, quando o diabinho xinga o anjo ele o xinga de: "BUNDA-MOLE! MÃEZINHA! COVARDE!" . E nesse almanaque, eles mudaram para "CHATO! BOBO! TONTO! COVARDE!" . Quando peguei a Mônica nº 48 para escanear e vi esse texto, tive que folhear de novo na banca para ver se eles mudaram o texto. E infelizmente mudaram, sim. Odeio quando eles mudam o texto ou redesenham algo da história por causa do politicamente correto. Um absurdo. Se é para mudar alguma coisa é melhor não republicar. E isso está bem frequente nos almanaques. É o preço que a gente paga pra ter histórias antigas nos almanaques atuais. Aqui um trecho da revista original do diabinho xingando o anjo:


Fora esse deslize, muito bom esse almanaque da Mônica. Só essas histórias citadas já vale a pena, mas todas as histórias são boas. Se por acaso você encontrar por aí, ou quem sabe, as originais em algum sebo, vale a pena.

Capa original de Mônica nº 45 -Ed. Globo, 1990
Capa original de Mônica nº 48 -Ed. Globo, 1990
Capa do Almanaque da Mõnica nº 50 - Ed. globo, 1995 - que foi republicada a HQ "Lambada " pela primeira vez

domingo, 24 de março de 2013

Cascão 50 Anos



Foi lançado o livro especial "Cascão 50 Anos". Desde 2009, a MSP lança livros especiais de capa dura com seus personagens principais que completaram 50 anos de criação. Já teve um do Bidu, um do Cebolinha, do Chico Bento e agora com o Cascão, mesmo com 2 anos de atraso, já que ele foi criado em 1961.

Na capa desse especial, usaram elementos das capas de "Nº 1" das 3 editoras. Cascão e o Chovinista com as expressões na "nº 1" da Ed. Abril de 1982, o famoso guarda-chuva florido usado na "nº 1" da Ed. Globo de 1987 e o Cascão de super-herói na nº 1 da Ed. Panini de 2007. Ficou legal.

O preço custa R$ 58,00, assim como foi o especial do Chico Bento e acho um pouco caro, em vista do que foi os do Bidu e do cebolinha que custaram R$ 39,90 cada. Assim como os outros, o livro abre com apresentação, curiosidades e capas clássicas. Gostei das capas mostradas, com destaque para o 'Gibizinho do Cascão nº 3', de 1991 e o 'Coleção Um Tema Só nº 5', de 1993.

Agora sobre a histórias (sempre republicações e a última inédita com a Turma da Mônica Jovem), até agora todos ficaram a desejar em relação a histórias, com exceção do Bidu. Esse do Cascão eu achei mais ou menos. Não tem nenhuma história clássica, mas muitas delas são divertidas.

A relação das histórias publicadas nele, com o número da edição e ano de cada foram essas:

  1. Os Terríveis Esfumaçantes (CC # 42 - Ed. Abril, 1984)
  2. A Sobrinha que Veio Limpar o Cascão (CC # 49 - Ed. Abril, 1984)
  3. Lava O Prato, Lava (CC # 55 - Ed. Abril, 1984)
  4. O Cascãozão (CC # 57 - Ed. Abril, 1984)
  5. O Mistério do Cascão (CC # 59 - Ed. Abril, 1984)
  6. Gibis, Pra Que Te Quero (CC # 78 - Ed. Globo, 1990)
  7. O Rei do Deserto (CC # 80 - Ed. Globo, 1990)
  8. Reflexo Rápido (CC # 81 - Ed. Globo, 1990)
  9. Final Infeliz (CC # 83 - Ed. Globo, 1990)
  10. Realize Meu Sonho (CC # 85 - Ed. Globo, 1990)
  11. Irmão Cascão (CC # 359 - Ed. Globo, 2000)
  12. A Tatuagem do Capitão Pitoco (CC # 365 - Ed. Globo, 2001)
  13. Vem Tomar Banho (CC # 410 - Ed. Globo, 2002)
  14. Montarias (CC # 17 - Ed. Panini, 2008)
  15. Campo de Guerra (CC # 40 - Ed. Panini, 2010)
  16. O Primeiro Banho do Cascão (inédita, estrelada pela Turma da Mônica Jovem)

Como devem ter percebido, foram muitas histórias de um mesmo ano, prevalecendo histórias de 1984 e 1990. Histórias da Editora Abril só foram de 1984, já começando pela edição nº 42. O que fica parecendo é que tiveram preguiça de procurar histórias. Já era de se esperar não ter história antes de 1982, como foi com o "Chico Bento 50 Anos", o que já acho um erro, começar com 1984 pior ainda.

Não entendo porque não colocaram histórias dos anos 70, antes dele ganhar revista própria. Seria interessante para comparar os traços. Nesse aspecto ficaram devendo, muitas histórias boas ficaram de fora. Essa 1ª história ainda sobre poluição, toda moralista.É boa, se comparando ás atuais, mas na época tiveram histórias melhores. Dentre as da Ed. Abril, a melhor é "Lava o prato, lava", essa sim digna de Cascão.

As histórias de 1990 muito boas, destaque para "O Rei do Deserto", muito bem elaborada, e a história "Final infeliz" é muito engraçada. Gosto também da "Realize meu sonho". Podia ter histórias de outros anos e terem privilegiado traços diferentes em cada uma, pois ficaram muito parecidos uma história com a outra. As histórias "Irmão Cascão" e "Tatuagem do Capitão Pitoco" achei normais.

Contracapa

O que estragou o especial foi depois da história do capitão Pitoco. Duas histórias mudas longas e a última da Panini de 2010 não tem nada a ver. Não era pra ter nem história muda nesses especiais, imagina longa de 6 páginas cada. Juntando com a história "Reflexo Rápido", são 3 histórias mudas na edição. Com a diferença q a história de 1990 são só 4 páginas, e essas 2 mais novas são 6 páginas. Acredito que são da Panini, ou final da Globo. E história "Campo de Guerra" também inadmissível. Além de muita nova, é muito chata. Se fosse pra colocar história da Panini que colocassem de 2007 então.

Quanto a história com Turma da Mônica Jovem, não acho que nem devia ter histórias deles nesses especiais. Fica ocupando espaço e podiam republicar outras histórias antigas e boas. Como não gosto de TMJ, sempre não vou gostar das histórias. Ainda mais com o tema de Cascão tomar banho realmente, tira a essência do personagem.

Então no geral achei bom, fora esses deslizes no final, bem ou mal mostrou o pavor dele à água, embora ficou faltando outros núcleos dele como o Doutor Olimpo e histórias de futebol. Também nenhuma história favorecendo o politicamente incorreto, como brincando com lixo, se escondendo na lata de lixo, etc. Já era de esperar isso também, infelizmente. Esse especial ficou melhor que o do "Chico Bento 50 Anos", mas sem dúvida o melhor até agora foi o do Bidu.

Para conferir mais comentários sobre essa edição, entre aqui:

Apresentação



Olá! Meu nome é Marcos e colecionador de gibis da Turma da Mônica há 25 anos, ou seja, desde 1988. Eu colecionei direto os gibis inéditos daí até no inicio de 1998, sendo que os gibis do Cascão e Chico Bento prolonguei até a metade daquele ano, esperando chegar ao nº 300, e os almanaques prolongando até inicio de 1999, enquanto tinham, histórias da Editora Abril neles.

Acho que como todo colecionador fã de quadrinhos para de comprar por um tempo e depois volta. No meu caso, em 1998 as histórias já não estavam as mesmas, não tinham mais aquele encanto de, pelo menos, uns 3 anos atrás (sem saber que a coisa iria piorar). Talvez se deva ao falecimento da roteirista Rosana, que pra mim foi um divisor da qualidade das histórias. Desde que ela morreu em janeiro/ 1996, a MSP nunca foi a mesma.

Então depois de 1999 sem nenhum contato com a turminha, em 2005 chamou a atenção a edição nº 232 da Mônica, em que o Mauricio fazia aniversário e resolvi comprar. Para minha surpresa, as histórias já estavam completamente diferentes, traços diferentes, cheios de caretas e roteiros sem noção. A partir daí passei a prestar atenção nas histórias e passar a folhear nas bancas decepcionando cada vez mais. Hoje, eu só compro edições históricas e realmente importantes pra ter na coleção, já que as qualidades das histórias vem decaindo cada vez mais. E compro edições antigas que eu perdi ou em estado melhor, em sebos e internet.

Capa da Mônica nº 232 - Editora Globo, 2005

Resolvi então criar esse blog para falar sobre a Turma da Mônica. Só que você pode pensar: "Ah, mais um blog da Turma da Mônica? São tantos" . Sim, mas nesse espaço pretendo mais falar sobre as curiosidades, de revistas antológicas ou histórias especiais ou que simplesmente gostei. Enfim, de tudo que a MSP já fez de bom um dia e infelizmente não faz mais. Quando eu comprar algum gibi novo, vou dar minha opinião dele também. Na verdade, eu costumava falar alguma coisa na comunidade oficial do Orkut, dando opinião em tópicos criados lá. Como o Orkut anda caído, quase ninguém entra, acho que aqui pode ser que mais gente possa ler.  Não sei como será a periodicidade da atualização do blog, mas espero atualizar sempre. Espero que gostem.