sábado, 25 de maio de 2013

Mônica nº 77 - Panini



Nas bancas Mônica nº 77. Das mensais de maio/2013 a única que comprei. Quando vi no checklist, a capa impressionou, mas por dentro nem tanto. Esse gibi tem 9 histórias, contando com a tirinha final, e vou comentá-lo a seguir.

A história de abertura "O Resgate do Cebolinha" chama a atenção de ser superlonga com 41 páginas no total. Escrita por Emerson Abreu e dividida em 3 partes, mostra a Mônica falando com a Denise que está sentindo falta do Cebolinha que desapareceu misteriosamente, ao mesmo tempo que um par da meia calça do Cascão também sumiu, e os três resolvem investigar dando conta que o Capitão Feio está por trás disso.

As histórias do Emerson, normalmente são grandes mesmo, divididas em capítulos e são voltadas ao nonsense. Privilegiam mais as tiradas dos personagens do que o roteiro em si. Os personagens, com isso, ficam mais sarcásticos, cheio de movimentos e caretas excessivas. A gente até lê em ritmo mais acelerado do que as outras histórias. Há quem goste assim, há quem não goste. Tem gente que acha muito engraçada as histórias dele e racham de rir, já eu acho simplesmente normal. As primeiras histórias dele eram melhores, já que o nonsense era na medida certa e sempre em função dos roteiros, e a única careta que tinha era língua de fora. Mas depois que exagerou em tudo perdeu a graça, principalmente a Denise como centro da atenção em suas histórias. A história "Monstros da Noite" (Cebolinha nº 129 - Ed. Globo, 1997), que é do Emerson também (uma das primeiras dele), é um exemplo que é bem melhor que as atuais e justifica o que citei anteriormente sobre as histórias antigas dele. 

Emerson gosta de mostrar a Denise e o Xaveco em destaque em suas histórias. Antes eram exclusivamente secundários, agora colocam como estrelas das histórias. A Denise foi criada pela roteirista Rosana e não tinha visual definido (cada história ela aparecia de um jeito diferente), nem tinha personalidade e só aparecia de vez em quando como personagem de apoio, principalmente nas histórias da Magali. Sempre que precisavam colocar uma menina nas histórias, colocavam a Denise como fixa em vez de colocarem uma menina diferente em cada história. A história de estreia dela foi "A fina" de Magali nº 5 (Ed. Globo, 1989). O Xaveco também só fazia participação nas histórias, principalmente nas histórias dos planos infalíveis do Cebolinha. 

Então, o Emerson, aproveitando isso, resolveu dar mais importância a esses personagens e brincar com esse lance de personagens secundários que viraram estrelas. Com isso, definiu traços definitivos para a Denise e a tornou irônica, sarcástica e sincera, falando tudo que vem a cabeça. O Xaveco passou a ter uma família com pais separados e uma irmã gostosona, a Xabéu, e também passou a ter personalidade sarcástica. (aliás, todos os personagens ficam sarcásticos nas histórias do Emerson). Ele gosta tanto da Denise e do Xaveco que a sua história no livro "Ouro da Casa" foi com eles. Teve uma época que em todo o gibi tinham histórias com o Xaveco e com a Denise, principalmente. Depois de muito reclamarem, já que estavam tomando conta dos gibis, assim como as caretas excessivas, deram um tempo e agora aparecem menos.

Trecho da HQ de estreia da Denise (MG #5 - Ed. Globo, 1989)
Voltando a falar da história "O Resgate do Cebolinha", sinceramente, não vejo nada demais nessa história. É basicamente só tiradas principalmente da Denise (e muitas delas, fugindo do tema da história), muitas "caras e bocas" e não vi um roteiro bom. A primeira parte da história então achei só "encheção de linguiça". Essa ideia do Cascão usar meia para dizer que tem dedos nos pés acho uma das coisas mais ridículas que já vi na MSP. Foge da ideia original que o Maurício teve. Foi falado isso do Cascão usar meia pela primeira vez na história "Como montar uma árvore de Natal" de Cebolinha nº 24 (Ed. Panini, 2008), mas eu pensava que iria ficar restrito apenas àquela história, mas volta e meia o Emerson coloca isso nas suas histórias.

Trecho da HQ "Como montar uma árvore de Natal" (CB # 24 - Ed. Panini, 2008)
As tiradas de "O Resgate do Cebolinha" até que teve algumas interesantes, como na hora que a Denise fala que não conhece o Capitão Feio (realmente nunca teve história deles juntos) e o Cascão fala que o Capitão Feio sempre está nas histórias dele, aí ela responde: "E eu lá tenho tempo de ler suas histórias?", mas nada que seja superengraçado, nem de rolar de rir. Muito exagero da Denise falando o tempo todo que a Mônica e o Cascão são elenco de apoio. Eu gosto de metalinguagem, mas o tempo todo ficar falando que eles são elenco de apoio não dá. Outra coisa que não gostei foi o fato deles entrarem no esconderijo do Capitão Feio através de uma uma caverna escondida, e não entraram pelo bueiro como era nas histórias antigas, e para piorar ainda a Mônica falando na história que eles não podem entrar no bueiro porque vai dar péssimo exemplo aos leitores. Totalmente sem noção e pior que os dedos do Cascão. Se o esconderijo do Capitão Feio é no esgoto, o mais natural é entrar pelo bueiro mesmo. E nessa caverna que inventaram ainda tem cartazes informando que é o esconderijo do Capitão Feio. Então, a polícia pode entrar lá e prendê-lo tranquilamente. 

O enquadramento também não gosto. Com 4 quadrinhos por página acho que só servem para encher linguiça. Daí justifica ter muitas páginas. Se forem redesenhados na forma tradicional, a  história teria umas 10 páginas a menos, quem sabe a metade das páginas. Alguns quadrinhos davam muito bem sido redesenhados. E isso de 4 quadrinhos por página é uma característica das histórias do Emerson. No geral, "O Resgate do Cebolinha" é uma história normal do estilo do Emerson, só isso. E nem foi engraçada.

Trecho da HQ "O Resgate do Cebolinha" (MN # 77 - Ed. Panini, 2013)
O resto do gibi cheio de histórias com aqueles péssimos traços e letras digitalizados que infelizmente estão mais frequentes nos gibis atuais. Até nos títulos estão assim. Como a história de abertura teve 41 páginas, juntando com propagandas, passatempos e seção de cartas, ficaram poucas páginas com  traços e letras de PC no resto do gibi e aí compensou. Apesar desses traços horríveis, a história de encerramento "Ei, o que que há, Cebolinha" é o que mais salva o gibi com homenagem aos personagens da Looney Tunes. O Cebolinha imitando o Coiote das histórias papa-léguas e várias outras referências aos outros personagens da turma do Pernalonga. Não que seja uma novidade, já que volta e meia fazem isso, mas sempre é legal e foi a primeira vez na Panini. Folheando nas bancas esse gibi da Mônica foi o motivo mesmo de eu ter comprado. Se essa história tivesse com traços melhores e letras não digitalizadas de PC ficaria melhor. Esses traços de PC assim são tão ruins que até nas histórias do Penadinho os quadrinhos não têm aquela arte de quadrinhos arrepiados feitos à mão, tão comum em suas histórias. São só retângulos comuns. São esses detalhes que perde a graça.

Mônica nº 77 um gibi normal para os padrões da MSP, o que marca é a primeira vez da Denise e o Capitão Feio em uma mesma história e, quem sabe, pode marcar como um dos últimos com os traços do Emerson com caretas excessivas e tudo. Com esse lance de cada vez mais traços e letras digitalizados, não vai demorar muito pra todos os gibis serem 100% digitais, piorando mais os gibis da Turma da Mônica. Os outros do mês não comprei nenhum, pois pelo que folheei nenhum me agradou. As letras daquele jeito na maioria das histórias estraga.

40 comentários:

  1. Pra falar a verdade, nem a capa achei grande coisa. Por isso que eu tinha falado que pelas revistas da assinatura, eu tinha me desanimado,pois já tinha lido essa história e pelo título que me interessou, o resto me decepcionou. Valeu!

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    1. Heri, é assim mesmo. As capas e o título até podem ser interessantes à princípio, mas o conteúdo fica a desejar. Por isso q eu não sou de comprar muito os gibis novos.

      Comprei mais pela última hq mesmo e nem foi por essa de abertura muito menos capa q pra mim não quer dizer nada. Abraços

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  2. Fabiano, asei q foi o Emerson por causa dos traços, das caretas excessivas, dos movimentos. Fora q quando Denise é o centro das atenções com suas tiradas é certo de ser hq dele. Dos outros roteiristas não consigo identificar muito, mas as hqs do Emerson são mais fáceis.

    Sem problema q saiu como "Unknown" , pelo menos vc se identifica nas suas postagens. Abraços

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  3. Acho que se a Rosana estivesse viva, ela não iria gostar dessa Denise de agora. Também não comprei nenhuma revista deste mês. Aliás, a revista Mônica vem deixando muito a desejar. Sei que você gosta desse título, fico até constrangido de falar.

    O Capitão Feio também apareceu na HQ de abertura de TURMA DA MÔNICA do mês passado. Eu gosto do título, mas essa HQ deixou a desejar. Aliás, a revista toda está bem ruinzinha, pois conseguiram, nessa edição, colocar uma HQ com o Capitão Feio e outra com o Louco, sendo que ambas estão completamente bobas, muito aquém do que a gente costuma esperar. Nem levei.

    Deve ser legal reconhecer o artista pelo traço. Uma pena que não há créditos.... seria bem mais fácil.

    Boa postagem a tua. Reli agora, com mais calma, e gostei. Eu gosto de alguma coisa do material atual. Não sou assim tão exigente, mas confesso que concordo que ultimamente está muito difícil engolir certas coisas.

    Abraços.

    Fabiano Caldeira.

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  4. Me matem, mas eu gosto desse tipo de história. Tudo bem que algumas o Emerson dá uma grande viajada ou são chatas mesmo, mas a maioria eu dou bastante risada. Só de ler o seu texto, Marcos, eu já achei a história engraçada, kkk. Tenho várias revistas com histórias deles,entre as minhas preferidas estão a da avó do Xaveco, a que a Denise vai visitar o Chico Bento na roça e monta uma rave e a que eu mais gosto que se chama "Os Ajudantes do Papai Noel". Tem uma da Magali do final da década de 90 que se chama "Um gato com dor de barriga incomoda muita gente" onde Mingau está com diarréia e ele tem que andar com o carrinho de areia preso nele, nisso acontecem várias situações rs, adoro essa história.
    Assim como o Fabiano não sou tão exigente, acho até um suspiro de criatividade nessa coisa chata que virou as revistas da TdM, as crianças não merecem isso rs.
    Sinto muito Marcos, mas dessa vez vc conseguiu um efeito contrário com sua crítica: vou comprar a revista da Mônica desse mês.rs Abç.

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    1. "Tudo bem que algumas o Emerson dá uma grande viajada ou são chatas mesmo, mas a maioria eu dou bastante risada. Só de ler o seu texto, Marcos, eu já achei a história engraçada, kkk."

      "Sinto muito Marcos, mas dessa vez vc conseguiu um efeito contrário com sua crítica: vou comprar a revista da Mônica desse mês. rs"

      Idem. :P

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  5. Eu também já li essa história do Mingau e achei bem engraçada.Gostei! Senão me engano é a história de abertura de Magali 243, outubro de 98. Talvez essa de Mônica 77 foi uma tentativa de fazer uma bem diferente, o que é válido, pois do jeito que estão as coisas, pelo menos é um indicativo de que estão tentando melhorar. Pode ser que daqui há algum tempo voltem a fazer histórias que agradem também ao público mais adulto.

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    1. Quem sabe eles melhorem com o tempo e agrade a todos. Essa revista da Magali 243 eu não tenho, se eu encontrar em sebo, vou ver se compro.

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    2. Magali 243 eu tenho...felizmente na coleção...comprei quando saiu na banca(em 1998 foi o ano dos sonhos para mim...tenho todos os gibis da turma que saiu nesse ano)!! ;)

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  6. Marcos,

    "Há quem goste assim, há quem não goste."
    --- Depende. Se tiver um bom roteiro, leio até 1000 páginas com muito prazer. Mas acho difícil que, nos parâmetros atuais da Turma, 40 páginas rendam algo de bom. E o pior: quando vc falou em quatro requadros por páginas, notei que o negócio foi encher linguiça, mesmo. Sou acostumado com longas histórias, até mesmo pelos gêneros que mais leio. Mas sei que emplacar tantas páginas numa história da Turma é, quase sempre, forçado.

    "é um exemplo que é bem melhor que as atuais e justifica o que citei anteriormente sobre as histórias antigas dele"
    --- Às vezes não é culpa dos artistas. Pode ser uma imposição aos artistas, vai saber.

    "A Denise foi criada pela roteirista Rosana e não tinha visual definido (cada história ela aparecia de um jeito diferente)"
    --- Eu não sabia que a Rosana a criou. Mas recordo bem como seu visual mudava.

    "e a tornou irônica, sarcástica e sincera, falando tudo que vem a cabeça"
    --- Só discordo disso. Acho a Denise fútil e insossa, e uma porta voz desnecessária de gírias de modinha GLS. Se ela fala demais, é como nos diria Renato Russo: "Fala demais por não ter nada a dizer".

    "Eu gosto de metalinguagem, mas o tempo todo ficar falando que eles são elenco de apoio não dá."
    --- Pôxa. Vc não imagina o quanto me chateia o excesso de metalinguagem na TM. Há bastante excesso. Deveriam reservá-la para momentos especiais. Volta e meia, tá um personagem falando com o Maurício de Souza e assumindo-se como personagem.

    Quanto à edição em si, não a comprei. Então, não tenho o que dizer.

    Ótima postagem sobre o trabalho do cara!

    Abç!

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  7. Foi a única que comprei do mês...na verdade por que eu achei a melhor das mensais do mês...gosto do tipo dinâmico da capa e principalmente dos desenhos mais elaborados/caprichado/traços grossos da HQ..me lembrando muito bem as HQ dos anos que considero de OURO das HQs da turma 80/90...enfim o roteiro não foi muito bom não...mas rir muito com a essa HQ/tiradas...ainda mais ultimamente as HQ da turma com esses desenhos traços fininhos e montagens de pc estão um lixo na turma da Mônica atual...acabou o encanto dos desenhos mais caprichados e ainda juntando com o politicamente correto..aff...são totalmentes para criancinhas de 5 a 10 anos que não entendi de arte nem uma...nos gibis da turma nunca foi assim..enfim outros tempos..era digital/evolução pra bem pior e feito tudo as pressa...erros nas capas do gibis,ex;Grande Almanaque N°13(cores das calças do Louco na mesma cor do cenário),Almanaque Turma do Penadinho N°13(Zé Vampir banguela) e por ai vai! :p

    Só me contentando com os (alguns)Almanaques,Coleção Histórica(ainda vale a pena),Pelezinho(Idém),Classicos do Cinema(por algumas HQs mais caprichadas/desenho/roteiro = mesmo assim nem sempre) e TMJ(a arte digital combina nassas HQs - também nem sempre assim,varias,algumas edições com desenhos mesmo/vê N°51 e 52/bem elaborados os desenhos) e Só! ;)

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  8. Oi, Marcos! As vezes temos opiniões muito parecidas e outras vezes são bem diferentes. Pra uma revista fazer parte da minha coleção, há certos requisitos que tenho para comigo mesmo... meio esquisito, mas é assim. É claro que sou bem flexível, mas procuro evitar ao máximo algum material que não esteja de acordo com minhas exigências pessoais. Não gosto de revistas massadas, com orelhas grandes, páginas amareladas e cores ruins, por exemplo.

    Voltando a essa revista da Mônica... Não tenho nada contra a fase PANINI, só acho que a MSP se preocupa demais com coisas nada a ver e, por isso, tudo fica muito mais chato. Sobre essa revista, achei a HQ boba, não tem nada demais nela. O Capitão Feio está sendo imbecilizado,assim como o Louco que nem apronta tanto com o Cebolinha quanto antes. Já faz muito tempo que a revista Mônica anda assim - uma revista pra menininhas. Mas eu tenho material da Panini aqui com a turma da Mônica, do qual gosto muito. As HQs estão mesmo diferentes, mas ainda penso que pode encontrar coisa interessante atualmente. Mas é aquela coisa, gosto é algo muito individual. A turma da Mônica sempre teve mudança de tempos em tempos, estamos em uma fase que não nos identificamos muito. Quem sabe, um dia, voltará uma fase em que nos identificaremos mais.

    Seu blog é muito interessante e espero que continue sempre nos mostrando o que você pensa. É muito ruim quando entramos em um lugar e vemos elogios que estão lá apenas para agradar pessoas vinculadas a editora ou a seus funcionários. Ao contrário do que eles pensam, é fácil reconhecer esse tipo de coisa e acho lamentável. Prefiro ler opiniões sinceras, que as vezes eu discordo, mas que eu sei que são honestas e desprovidas de qualquer interesse. Seu blogue é assim, da mesma forma como alguns outros que sigo. Espero que continue assim.

    Abraços. Bom domingo.

    Fabiano Caldeira.

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  9. Fabiano, sobre: "Acho que se a Rosana estivesse viva, ela não iria gostar dessa Denise de agora. "

    Tbm penso assim, mas tbm se ela estivesse viva a Denise não seria assim, acho q ele faria algo parecido, mas com outra personagem. Aliás, se ela estivesse viva, a MSP poderia estar um pouco melhor hj. Tbm acho q as hqs deveriam ter crédito nas hqs, pelo menos do roteirista, mas o Mauricio nao quer né?

    Não q eu goste do título "Mônica". Pode parecer pq é o título q mais tenho das mensais da fase panini (10 exemplares com esse), mas é q eles reservam mais edições especiais com ela. Eu considero todos os títulos iguais. E essa edição realmente não foi dos melhores.

    Valeu pelo elogio, realmente procuro colocar minha opinião mesmo. Se é bom a gente elogia, se é ruim critica, simples assim. E normal, a não ser q esteja ganhando dinheiro deles pra falar bem, aí é diferente rsrs.

    Bom domingo. Abraços

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  10. llpsdll, curiosamente, a maioria dos gibis q tenho da Panini tem hqs do Emerson. Eu não acho tão ruim, só acho q as tiradas fogem do contexto das hqs. Apesar disso é o roteirista q mais salva as hqs atuais da TM. Gosto mais das primeiras hqs dele. As dos anos 90 são bem melhores.

    Dessas q vc citou, eu tenho da Denise com o Chico e a dos ajudantes do papai noel q consegui recentemente no último almanaque de natal. São boas sim. Já a hq do Mingau eu não tenho, mas como o Heri disse já se enquadra nas primeiras histórias do Emerson, ainda nos anos 90, e as hqs dele dessa fase eram bem melhores.

    Não tem problema de discordar, é normal. Costumo dar minha opinião sobre as revistas e podem concordar ou não.

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  11. Kleiton, sobre: "quando vc falou em quatro requadros por páginas, notei que o negócio foi encher linguiça, mesmo. "

    Isso é muito normal nas hqs do Emerson e é um fato q desaprovo. Se reparar na página q destaquei são sempre assim nesse estilo.

    Sobre eu gostar mais das hqs antigas dele, tem tbm o fato de serem mais incorretas, como de qualquer artista da época. Eles tinham mais liberdade para criar, mas hj tem limitações q a gente conhece. Não culpo os artistas das hqs serem assim. É aquele dizer: se o chefe manda, tem q obedecer.

    Eu tbm não gosto da Denise, é futil e insossa mesmo. Isso desagrada tbm nas hqs dele da denise ser o centro das atenções, sempre está nas hqs dele. e quanto a metalinguagem é bom na medida certa. Tudo q é exagero estraga.

    Legal q gostou da postagem. Abraços

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  12. É, Xandro, realmente a era digital chegou às revistas da MSP. O jeito é se conformar. Eu acho estranho, acho q serve só pra adiantar o trabalho deles. E quanto as hqs eles tem q agradar as crianças mesmo pq são o público alvo. Resta só escolher se compra ou não. Mas do jeito q tá cada vez compro menos.

    Sobre os traços dessa hq de abertura, lembra as dos anos 90 só o fato dos traços grossos, pq o estilo todo desses desenhos são dos anos 2000, com careta e tudo.

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    1. Por isso estou cada vez mais apaixonado e me afundando(no bom sentido)nos 'Quadrinhos Disney'...o alvo não é agradar só as crianças mas sim a TODOS!(dos 8 a 80 anos)! :p

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  13. Assim, sem querer abusar da sua boa-vontade, BUT já abusando: eu fico muito curiosa quando você fala das diferenças entre a arte digital e a antiga, pois não consigo compreender muito bem, dava pra fazer uma postagem com alguns comparativos? Sou da área do design e essa parte me interessa bastante. Thanks ;)

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    1. Daniela é q as hqs antigas era tudo artesanal, tudo feito à mão, inclusive as cores... e nos gibis novos eles estão colocando os traços perfeitos, letras diferentes do padrão, ou seja, tá tudo feito por computador.

      Quando der, eu faço uma postagem sobre isso, sendo q vc pode comparar vendo o estilo dos desenhos das hqs antigas q eu posto aqui, como a hq "A fina" da magali dessa postagem mesmo. E aí vc folhear um gibi novo, vc vai notar muita diferença.

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  14. Ontem mesmo estive pensando como as histórias do Emerson de 1997 - 1999 eram boas, como a "Monstros da noite" que você citou. Naquela época as histórias dos gibis da Mônica e do Cebolinha, principalmente, eram muito boas.

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    1. Pois é, acho as hqs dele muito melhores naquela época. E não tinha excesso de caretas, olhos redondos arregalados. Era só língua de fora e olhe lá... e gostava da língua daquele jeito. Abraços

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  15. Acho q os roteiristas podiam ser mais facilmente identificáveis (mauricio podia facilitar kkkkk). Vou reparar mais nos traços dos desenhos tb! Bj

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    1. Natália, eu tbm acho... o problema é q o Maurício não gosta de colocar créditos nas hqs das suas revistas. Acho bobagem, era só mostrar o nome do roteirista e não a ficha completa. Bjs

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  16. Realmente, Marcos! Tem muitas histórias do Capitão Feio que são melhores do que O Resgate do Cebolinha. Em destaque, você podia até falar de Mônica Contra o Capitão Feio (MN # 31, Ed. Abril, 1972), pois como é histórica e a primeira HQ dele, queria muito que você falasse dela. Mas não sei se já republicada. Mas relaxa, pois também tem E Novamente... Capitão Feio! (MN # 39, Ed. Abril, 1973), O Terrível Titio Capitão Feio (MN # 113, Ed. Abril, 1979), Lá Vem o Noivo, Todo Sujinho (MN # 118, Ed. Abril, 1980), Um Fim de Ano Difícil (CB # 36, Ed. Abril, 1975), No Reino do Bueiro (CB # 41, Ed. Abril, 1976), A Terrível Volta do Capitão Feio (CB # 64, Ed. Abril, 1978), O Capitão Feio Volta a Atacar (CB # 82, Ed. Abril, 1979), Ele Voltou! Capitão Feio Voltou!! (CB # 94, Ed. Abril, 1980), O Capitão Feio Ataca o N° 100 (CB # 100, Ed. Abril, 1981), Capitão Feio (Ou Limpo?) (CC # 19, Ed. Abril, 1983) Cascão e o Capitão Feio (A Conspiração) (CC # 71, Ed. Globo, 1989), Comida para o Capitão Feio (CC # 24, Ed. Abril, 1983), O Testamento do Capitão Feio (CC # 27, Ed. Abril, 1983), O Terrível Capitão Bebê Feio (CC # 47, Ed. Abril, 1984), A Diabólica Volta do Capitão Feio (CC # 3, Ed. Abril, 1982), O Terrível Capitão Feiozinho (CC # 4, Ed. Abril, 1982), O Monstro do Lixo (CC # 263, Ed. Globo, 1997), O Monstro DNA (MN # 217, Ed. Globo, 2004), Bicho-Papão Sujão (CC # 281, Ed. Globo, 1997), O Amor Transforma (MN # 62, Ed. Globo, 1992), Ano Novo? Baah! (CC # 285, Ed. Globo, 1997), Hora da Bóia, Capitão Feio (MG # 83, Ed. Globo, 1992), O Sumiço dos Pais do Cascão (CC # 226, Ed. Globo, 1995), O Mundo do Cascão (CC # 72, Ed. Abril, 1985), entre outras HQs que tem o Capitão Feio. A maioria das HQs citadas (principalmente as da Ed. Abril) já foram republicadas em Um Tema Só # 12 - Cascão e o Capitão Feio (Ed. Globo, 1995). Aliás, a HQ do sumiço dos pais do Cascão me faz lembrar de uma HQ da Mônica chamada Quem São Meus Pais? (MN # 103, Ed. Globo, 1995). Essa HQ eu nunca li na minha vida, mas você podia falar dessa HQ e também falar se essa HQ foi republicada. Não esqueça de falar se você conhece a maioria das HQs da turma (a maioria é do Cascão) que tem o Capitão Feio e sabe se a maioria, além de ser republicada em Um Tema Só # 12 - Cascão e o Capitão Feio (Ed. Globo, 1995), já foram republicadas pelo menos nos almanaques convencionais, como o do Cascão. Falou!

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    1. Conheço muitas hqs dessas aí. Algumas hqs do Um Tema Só # 12 foram republicadas novamente, ou até já haviam sido republicadas antes, como "O Terrível Capitão Feiozinho", q já havia sido republicada no Almanaque do Cascão # 4 (Ed. Globo, 1988).

      A HQ "Quem São Meus Pais?" eu conheço. Não sei qual almanaque q foi republicada. Com certeza, a partir do ano 2000 quando era permitido. republicada.

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  17. Pra mim uma das melhores HQs do Capitão feio foi "A conspiração" de Cascão 71 da editora Globo. Muito boa essa história, bem contado e com um ótimo roteiro. Adorei o Sargeta, ele é um bom vilão.

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    1. Eu adoro essa hq "A conspiração". O Sargeta foi um vilão inesquecível.

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    2. A HQ A Conspiração deve ser uma HQ excelente, né? Uma das melhores do Capitão Feio.

      Infelizmente, eu não tenho o Cascão # 71, nem o Um Tema Só # 12, de 1995, que foi a republicação da HQ, mas eu conto com vocês dois pra me desejar sorte na procura de um dos gibis.

      E Marcos, espero um dia você falar dessa HQ, que eu prometo que será uma HQ bárbara. Abraços!!!

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    3. É uma excelente hq, pena q vc não leu. Quando der falo dela aqui. Abraços

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  18. eu curto as histórias do emerson abreu porque pelo menos ele não faz histórias no computador como os atuais roteristas da MSP (se é que tem roteristas).

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    1. Os roteiristas fazem os roteiros das hqs a mão, mas quando os roteiros vão para os desenhistas, agora estão sendo por computador. Esse último gibi do Cebolinha nº 98 mesmo, a hq de abertura é do Emerson mas os traços foram de PC.

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    2. realmente e parece que eles tem imagem PNG Para cada situação do personagem que chega a ficar ridículo

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    3. Muito ridículo. As imagens prontas, aí só vão encaixando a melhor de acordo com a cena. Lamentável.

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  19. Turma da mônica Panini é igual Lillelest pet shop g3
    Todo mundo não gosta, mas compra

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  20. Nossa, você conseguiu expressar tudo o que eu acho do Emerson. Tenho certeza que seria bacana um gibi autoral dele, mas esse estilo que ele impôs na Mônica foi o que estragou pra mim. As histórias cada vez mais ridículas e careteiras (em especial quando é o Sidão que desenha, ele era um dos melhores artistas da MSP mas depois que assimilou os storyboards do Emerson cagou tudo), personagens entrando e saindo da história do nada (em especial a Mônica), aquelas falas todas floreadas e cheias de palavras inventadas que criança nenhuma diria naturalmente (o Cascão é um exemplo enorme disso), e isso quando não são burras além da conta (novamente Mônica - sério, o Emerson sacaneia tanto com ela que parece até que ele delega as cenas dela pro Cebolinha - mas a Magali e o Dudu também são horríveis nesse aspecto, no caso do Dudu ele fala abobrinha demais até pra um garoto de 4 anos)... Tudo isso foi fator pra eu parar de ler os gibis da Mônica, lá pelos idos de 2000 (e isso ainda foi antes das caretas começarem a correr soltas).

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    1. Sim, ele mudou muito o estilo das histórias pra pior. Até que as histórias dele de 1997 e 1998 eram na medida certa, no máximo era uma língua de fora de vez em quando e eram bem mais desenhadas. Depois teve um exagero total e saiu do contexto da Turma da Mônica. Se pega um gibi de 2003, 2004 já tava completamente diferente, um horror de caretas, personagens parecendo monstros, diálogos sem pé nem cabeça, gírias. Não dá.

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  21. Muda de editora(Abril, globo, Panini) mas há uma coisa que nunca muda na Mônica: bancar a brutona como se deu no resgate do Cebolinha. Ele tá lá preso, ela só liga de se vingar pelo xingamento(nem soltando o coitado) e quando ele e o Xaveco voltam ao normal, ele desce o braço neles(e os dois nem tinham ideia do que faziam como monstros). Mesmo sendo contra a política do correto, a Mônica bem que merecia umas chineladas ou um puxão de orelha da mãe pra aprender a não usar a força pra tudo.

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    1. Nisso ela sempre foi mostrada assim, até tá bem menos que era, mas ainda aparece esse lado brutona dela.

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