sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Capas Semelhantes (Parte 6)

Nessa postagem mostro 5 capas semelhantes do Chico Bento, sendo todas da Editora Globo, com exceção da primeira original, que envolve a época da Editora Abril. Como de costume, gostei mais da primeira versão em todas.

Chico Bento Nº 89 X Chico Bento Nº 248

Chico enrosca o fio da vara de pescar no logotipo da sua revista, em uma excelente piada de metalinguagem. Na 1ª versão de 'Chico Bento Nº 89', de 1986, o fio enrosca apenas na primeira letra "C", o Chico faz força para tirar em pé e são 3 peixes rindo da cara dele, enquanto que na 2ª versão, de 'Chico Bento Nº 248', de 1996, o fio se enrosca em todas as letras do logotipo, ele está sentado e aparece só um peixe. 



Chico Bento Nº 2 X Chico Bento Nº 184

Giselda faz ninho bem no chapéu do Chico Bento. Na capa da revista original de 'Chico Bento Nº 2', de 1987, a cena acontece fora do galinheiro, a Giselda está deitada, os pintinhos já nasceram e o chapéu está ao contrário. Já na versão de 'Chico Bento Nº 184', de 1994, eles estão dentro do galinheiro, o Chico aparece no momento que os ovos estão se chocando e o chapéu está em sua posição normal.



Chico Bento Nº 44 X Chico Bento Nº 327

Chico e Rosinha namoram no meio da ponte, empatando a passagem dos outros. Na versão original, que saiu em 'Chico Bento Nº 44', de 1988, a ponte está a beira de um penhasco e tem várias pessoas querendo passar, inclusive uma vaca, enquanto que na segunda versão, de 'Chico Bento Nº 327', de 1999, estão à beira de um rio e só 2 pessoas estão querendo passar, um em cada lado.



Chico Bento Nº 169 X Chico Bento Nº 304

Os peixes pulam para a vara de pescar do Chico para se livrarem da poluição do rio, mostrando uma boa crítica social. Saiu primeiro em 'Chico Bento Nº 169', de 1993, sendo que na ocasião foram 8 peixes que pularam na vara e o Chico estava sentado, e fizeram outra capa semelhante em 'Chico Bento Nº 304', de 1998, sendo dessa vez foram só 4 peixes e o Chico ficou em pé. Uma coisa interessante que dessa vez nas 2 versões, o fundo ficou rosa em degradê e o logotipo ficou azul. 



Chico Bento Nº 239 X Chico Bento Nº 393

Chico usando os livros da escola para pegar goiaba. A maior diferença entre elas é que na versão original de 'Chico Bento Nº 239', de 1996, aparecem o Nhô Lau e professora Marocas brabos com ele, afinal, o Chico está roubando as goiabas do Nhô Lau, e na 2ª versão, de 'Chico Bento Nº 393', de 2002, só aparece a professora Marocas. Agora, a grande coincidência entre elas foi a roupa da Marocas que ficou igual nas 2 versões. Muito legal.



Só para constar, as capas do 'Chico Bento Nº 89' da Editora Abril, assim como as de 1999 em diante dessa postagem, eu tirei da internet porque eu não tenho as originais. As outras, são da minha coleção. Em breve, posto mais capas semelhantes aqui no Blog.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Coleção L&PM: As Melhores Histórias da Turma da Mônica


Em 1991, foi lançada a coleção de 8 livros "As Melhores Histórias" pela Editora L&PM. Nessa postagem mostro como foi essa coleção como um todo.

Vendido em livrarias, o formato de cada um deles era 21 X 28 cm, 52 páginas e papel de miolo off-set. Tiveram 2 versões: uma em capa cartonada e outra em cada dura, com preço mais caro que a cartonada. O público também podia comprar cada exemplar separadamente ou adquirir uma caixa personalizada com todos os livros juntos. Abaixo, a propaganda que saía nos gibis da época, com essa caixa:

Propaganda tirada de 'Cascão Nº 128' (Ed. Globo, 1991)

Essa coleção teve o propósito de reunir histórias de todos os tempos, para o público acompanhar a evolução dos traços desde os anos 70 e ver as características marcantes dos personagens. Então, criaram 8 livros diferentes, um para cada personagem. Tiveram livros com a Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali, Chico Bento, Tina, Bidu e Penadinho.

Todas as capas seguiram o mesmo estilo, com uma moldura azul e uma ilustração bem caprichada com os personagens com algo característico da sua personalidade. Curiosamente, nessa coleção de 1991 foi a primeira vez que foi visto o logotipo "Mauricio de Sousa Editora" e o Bidu no centro em uma obra da Turma da Mônica e que depois resolveram colocar nos gibis do ano seguinte, continuando assim até hoje.

Capas dos livros: Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali

Cada exemplar abre com frontispício, falando sobre os personagens, mas o texto não foi escrito pelo Maurício, e, sim por um editor. Normalmente falando da ideia que inspirou o Mauricio a criar os personagens, suas principais características e dos personagens que participam do seu núcleo. Por exemplo, ao falar da Tina, falaram também das características do Rolo, Pipa e Zecão.

Depois mostra uma evolução dos traços, desde que o personagem foi criado até como estão na atualidade, que no caso foi até os anos 80. Normalmente mostravam 3 imagens, mas em alguns mostraram só 2, como foi com o Chico Bento, Tina e Penadinho.

Capas dos livros: Tina, Chico Bento, Bidu e Penadinho

A seguir vem as histórias, todas republicações dos anos 70 e 80, sendo no máximo até 1985, já que o livro foi de 1991 e tinha que ter um tempo de ter passado no mínimo 5 anos para republicarem as histórias. O único livro que isso foi exceção foi o da Magali, que tiveram histórias mais novas que 1985. Histórias clássicas e maravilhosas, por sinal, muito bem selecionadas, mostrando as verdadeiras características dos personagens e evolução dos traços, sem sombra do politicamente correto, e muitas delas raras, sobretudo as dos anos 70. Acompanhamos histórias como "A flauta" ('Cebolinha Nº 6', de 1973), "Borboleta Cascuda" ('Cascão Nº 38', de 1984), Como atravessar a sala" ('Mônica nº 186', de 1985), entre tantos outros clássicos.

Em cada exemplar, tiveram entre 5 a 11 histórias no total, dependendo da quantidade de páginas. Alguns livros investiram em histórias maiores, como do Cascão e em outras em histórias mais curtas, como da Tina, permitindo assim maior número de histórias. 

Evolução dos traços no livro "As Melhores Histórias do Cascão"

Uma coisa muito boa é que não tiveram alteração nenhuma em relação às originais, deixando, inclusive, o Chico Bento falando certo nas histórias dos anos 70 e o caipirês antigo do Chico Bento exatamente igual como foi nas revistas originais. Os almanaques da Editora Abril e Globo não mudavam o texto das historias em função do politicamente correto, mas quando republicavam histórias da Turma do Chico Bento dos anos 70, eles mudavam, colocando os personagens falando caipira aonde falavam certo e o caipirês do inicio dos anos 80 era mudado para ficar igual ao atual. Mas, nessa coleção de livros "As Melhores Histórias" não mudaram nada disso, deixando tudo igual. 

Outra coisa legal que mantiveram inclusive os códigos das revistas originais exatamente como eram quando tinham. Então, nas histórias a partir de 1975, quando começou a sair os códigos nos gibis, dava para saber em qual gibi original foi determinada história. Além disso, mantiveram também o "19XX Mauricio de Sousa Produções" que vem no rodapé de todos os gibis nas histórias de abertura, e, com isso, mais nítido de saber o ano da história. Ou seja, o que fizeram mesmo foi um scan das revistas originais, só que em tamanho ampliado, e jogaram no livro, mantendo tudo nas revistas, assim como tem que ser. A única coisa que ficou diferente foi a colorização, afinal, o papel do livro é em off-set e merecem uma colorização mais forte. Mesmo assim quando tiveram erros de cores nas originais, mantiveram.

Trecho da HQ "Como atravessar a sala", da Mônica

Curiosamente, com exceção do livro da Magali e em algumas da Tina, as histórias republicadas nessa coleção não foram republicadas depois nos almanaques da Globo. Com isso, se tornam histórias raras e quem não tem as revistas originais e nem esses livros não as conheciam. Só agora é que as histórias originais dos primeiros números é que o pessoal está conhecendo pela Coleção Histórica. 

No final de cada livro, em ambas as versões, tem uma biografia do Mauricio de Sousa, contando a sua trajetória. Na versão capa dura de cada um teve uma ilustração em preto e branco com todos os personagens reunidos, como forma de reforço da capa e contracapa, sendo que, curiosamente, colocaram o Jotalhão e o Horácio nela. Talvez tinham a intenção de ter livros com eles, totalizando, então, 10 livros, mas mudaram de ideia e deixaram só com os 8 mesmo. Nos livros com capa cartonada não tiveram essa ilustração.

Ilustração dos personagens nos livros de capa dura

Todos os livros em ambas as versões, a contracapa mostrava os 8 livros reunidos, só que os da versão capa dura não apareciam o texto que podia encontrar essa coleção nas livrarias no rodapé. Interessante é que na contracapa de todos os livros, a Tina teve uma capa diferente do que a capa real. Apesar da Tina estar segurando um diário nas 2 versões, o desenho ficou diferente, mas mesmo assim já com os traços dos anos 90, com cabelos compridos. Ficou parecendo que resolveram mudar a capa de última hora, mas esqueceram de mudar na contracapa com a nova versão. Tanto os livros com capa cartonada e capa dura a Tina teve a mesma capa.

Uma pequena desvantagem que eu achei é que na maioria dos livros as histórias republicadas não seguiram uma sequência cronológica, e, às vezes, depois de colocarem uma história dos anos 80, colocavam outra dos anos 70. Além disso, podia ter mais páginas porque 52 páginas dá um gosto de quero mais e podiam ter criado também livros com o Astronauta, Turma da Mata e Papa-Capim, sempre esquecidos em edições especiais.

Eu não comprei essa coleção na época porque não encontrei em lugar nenhum, não tinha livraria perto de onde eu morava. Depois de muitos anos, consegui encontrar aos poucos em sebos por R$ 10,00 cada um. Primeiro, de uma vez só encontrei o da Mônica, Cebolinha e Cascão. Depois de um tempo encontrei o do Bidu, em seguida o Penadinho. Já os do Chico Bento, Magali e Tina encontrei na site "Estante Virtual". Os do Chico e Magali comprei juntos com o mesmo vendedor por R$ 15,00 cada, mais frete de R$ 5,00; e o da Tina com outro vendedor, também por R$ 15,00 e frete por R$ 5,00, só que em versão capa dura. Então, todos eu tenho a versão cartonada e só o da Tina em capa dura.

Contracapa dos livros versão capa cartonada: Tina com capa diferente da capa real

Como podem ver é uma coleção excelente, histórias sensacionais e sem nenhuma modificação que, mesmo com estrutura simples e algumas particulares em alguns livros, consegue ser melhor que a recente coleção "50 Anos" da Editora Panini. Se tivesse mais páginas seria perfeito,  Enfim, verdadeiros itens de colecionadores, vale a pena procurá-los em sebos ou na internet. 

Bem que podiam relançar essa coleção, com mesmas capas e conteúdo, ainda mais que a MSP está com parceria com a editora L&PM com os pockets de tirinhas. Com tantos relançamentos de livros infantis da Turma da Mônica  recentemente, essa coleção mereceria também ser relançada em versões capa dura e cartonada. Só não podia ter alteração em relação às originais e deixar exatamente como foi nesses livros. Em breve vou falar de cada exemplar com mais detalhes e suas curiosidades, falando de 1 ou 2 livros em cada postagem.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Capa da Semana: Mônica Nº 38

Mostro uma capa muito legal e impublicável com o Cebolinha e o Cascão tirando sarro da Mônica. Eles desenham no muro só o corpo da Mônica como gorducha, para que quando ela suba no muro, só sua cabeça de fora completa o desenho da Mônica gorducha. Ela fica sem entender nada, mas sabe que coisa boa não é. Traços excelentes, por sinal.

A capa dessa semana é de 'Mônica Nº 38' (Ed. Globo, Fevereiro/ 1990).


quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Coleção Histórica Nº 45


Nessa postagem comento sobre a 'Coleção Histórica Nº 45', formada pelas 5 revistas números 45: Mônica (1974), Cebolinha (1976), Chico Bento e Cascão (1984), e Magali (1991).

Dessa vez, é a Vó Dita quem está na capa do box, que marca sendo o primeiro gibi da Mônica de 1974. E continuará assim nos próximos 2 anos, se a periodicidade permanecer bimestral.

Em relação à distribuição, continua precária, chegou bem tarde aqui, no dia 9 de fevereiro, continuando a chegar de um mês para o outro, já que o box é original de janeiro. E, como sempre, sendo 1 exemplar por banca que vende. Eles nunca melhoram essa distribuição.


Histórias de abertura e comentários gerais:

Mônica - "Limonada da confusão" - Mônica vai a venda do Seu Joaquim para comprar limão e acaba levando um limão plástico onde estava um diamante roubado pelo irmão do Seu Joaquim, que faz de tudo para recuperar o diamante.

O que chamou a atenção nesse primeiro gibi de 1974 é que foram reservadas só 3 páginas de comentários, correspondendo a 3 páginas de propagandas da revista original, resultando mais páginas com histórias. O normal são 6 páginas de propagandas. Por causa disso, os comentários foram bem curtos e objetivos, falando mais da sinopse das histórias. Com isso, a imagem da propaganda do livro de tirinhas ficou microscópica, não dando para ler absolutamente nada. Se normalmente já colocam as propagandas bem pequenas, com comentários reduzidos, ficam menores ainda.

O gibi teve 15 histórias no total, a maioria curtas de até 5 páginas, sendo que a de abertura e "O gopa da Mônica" (em que a Mônica arruma um bichinho de estimação invisível), tiveram mais páginas. De 11 histórias comentadas (as de 1 página não foram comentadas, como de costume), em 3 não informaram crédito nenhum de roteiro, desenhista e arte-final. Das comentadas, todas foram historias do Mauricio, mas desenhos, nem sempre.

De destaque, esse gibi teve a volta da Gilda, a sósia da Mônica que havia aparecido em 'Cebolinha Nº 2', de 1973, na história "Qualquer semelhança é mera coincidência". Na ocasião, a Mônica e a Gilda não se encontraram, só com o Cebolinha achando que a Gilda era a Mônica. Já nessa história de ' Mônica Nº 45', "Ah, Gilda, Gilda", que foi a sua 2ª aparição, elas se encontram e a Mônica se faz passar pela Gilda para dar uma lição nos meninos valentões que estavam perturbando a Gilda na rua dela. Era muito comum na época histórias com sósias dos personagens, um se encontrando com o outro e essa foi uma delas.

Trecho da HQ "Ah, Gilda, Gilda!"

Na história "Táááááá" do Chico Bento (em que o Chico procura uma buzina para dar um susto no Zé da Roça, que estava dormindo embaixo de uma árvore), aparece a Dona Cotinha, mãe do Chico, desenhada bem diferente, parecendo a Vó Dita. Como os comentários na revista foram curtos, nem deu para o Paulo Back falar disso.  Já na história da Mônica de 1 página, que se encontra na página 20, teve uma nostalgia legal de revelação de filme de fotografia em loja, coisa que era bem comum até uns 10 anos atrás.

Como curiosidade, a história "Xiii... ocupado!", em que mostra desencontro da Mônica e do Cebolinha para se falarem ao telefone, teve uma história semelhante a essa publicada, com o título "Só dá ocupado", em 'Mônica N º 55' (Ed. Globo, 1991), com as mesmas falas praticamente, só que protagonizada pelo Titi e Aninha.

Cebolinha - "Aquele sorriso" - Cebolinha e Cascão tentam a vaga de garoto-propaganda para gravar um anúncio de pasta de dentes para a TV.

De 12 histórias comentadas, em 6 não tiveram crédito nenhum, já em outras mostram só roteirista e desenhista ou arte-final. Só não foi comentada história de 1 página, como de costume. A história "Os chefes", em que a turma brinca de índios americanos, eu conhecia, já que foi republicada na Globo, precisamente no 'Almanaque do Cebolinha Nº 2', de 1987. Agora uma ou outra história do Cebolinha vou começar a lembrar.

Na história "Cebolinha e um clubinho só de meninos" teve um erro curioso na época com o Humberto falando. Ele tinha roupa diferente da camisa rosa e bermuda branca que a gente está acostumado (ainda não tinha roupa definida), mas o que ficou estranho foi ele falar. Talvez a intenção inicial nem era para ser o Humberto, e, sim, um secundário qualquer, mas o desenhista acabou desenhando o Humberto e ficou esse erro bizarro.

Trecho da HQ "Cebolinha e um clubinho só de meninos"

A história "Tina e a ligação" é bem legal, em que o Rolo, na falta do que fazer, telefona para a Tina às 3 da madrugada para dizer que está com telefone em casa e jogar conversa fora. O que foi interessante é que na história toda mostra só a linha telefônica na rua, aparecendo os balões das falas deles e o que acontece no lado de fora e a Tina e o Rolo aparecem só no final. Ficou muito bem bolada. Uma pena que não colocaram crédito de roteirista nos comentários. É incrível que nas melhores histórias é que não mostra quem escreveu. Pelo menos mostrou quem a desenhou.

Esse gibi teve também a história "Vinda diretamente do interior... Parvínia!" com a Parvínia, prima do interior da Mônica. Outro tipo de roteiro comum nos gibis antigos aparecer parentes dos personagens, com características semelhantes ou opostas, mas que aparecem em só uma história e depois nunca mais vistos, principalmente primos. Eu gostava de histórias assim.

Uma coisa interessante é que teve um erro na colorização na história do Bidu (em que um cientista troca de corpo com o Bidu através de uma invenção, para saber como é uma vida de cachorro), só que dessa vez o erro foi na CHTM, e, não, na original. Na revista de 1976, a camisa do Franjinha apareceu vermelha normal, e nessa CHTM, deixaram verde em um quadrinho. Finalmente aconteceu um erro na colorização da Panini. Gostei disso, apesar de ficar diferente da revista original. Abaixo a comparação:

Comparação da HQ "Bidu": erro na colorização da CHTM

A seção de cartas "Coleio do Cebolinha" nunca é mostrada na Coleção Histórica. Eles não colocam, provavelmente por causa do endereço dos leitores que escreveram na época. Acho que deviam republicar as seções de cartas, só omitindo o endereço e, quem sabe, nome completo, só colocando "Roberta", "Sergio", "Sandro", etc. Nas seções de cartas antigas tinham muitas coisas interessantes, que valem a pena.

Como dessa vez eu tenho a revista original de 1976, mostro como foi o "Coleio do Cebolinha" nessa edição, que eles insistem em não republicar. Dá pra perceber que tinha gente de 15 anos de idade que ainda lia gibis, hoje no alto de seus mais de 50 anos.

"Coleio do Cebolinha" publicada em 'Cebolinha Nº 45', de 1976

Chico Bento - "Viva o concreto" - João Concreto da Silva, fabricante de cimentos, inconformado com a onda ecológica nas histórias do Chico Bento, invade a MSP e resolve apagar todo o verde da história do Chico.

Esse gibi teve 3 histórias mudas, algumas de até 5 páginas no total, com as 3 histórias juntas ocupando 10 páginas do gibi. Era raro ter muitas histórias mudas nos gibis daquela época. Não gostei muito disso, mas justiça seja feita, até as histórias mudas antigas conseguem ser melhores que as dos gibis atuais. Em relação a créditos, de 6 histórias comentadas, a muda "Cai, cai folhinha!" (que mostra o sufoco do Chico para pegar uma folha na árvore), não teve crédito nenhum (pior que tinha espaço para falar) e só 3 histórias tiveram créditos completos.

Mais uma vez tiveram as terríveis alterações no caipirês do Chico nessa edição. Dessa vez palavras com o gerúndio "-ano", como "apagano", "desceno", "assistino", entre outras, não foram mudadas, deixando igual à revista original, como destaco abaixo:

Trecho da HQ "Viva o concreto"

Porém, outras palavras do caipirês do Chico foram mudadas. Nos primeiros anos, certas palavras do caipirês eram diferentes de hoje ou senão nem era caipira, só passando a ser depois de 1985 que foi consolidado do jeito que a gente conhece. Com isso, palavras "pur" e "nenhuma" da história "Castigo demais para um cabulador só" do gibi de 1984 foram  mudadas agora para "pru" e "ninhuma", sem explicação nenhuma.  

É revoltante, porque eles mudando assim a gente não compara como era o caipirês nos seus primórdios. O que custava manter igual à original. Pelo visto só não teve mais alterações porque a maioria das histórias do gibi foram mudas, senão teriam mais. Como eu tenho a original, mostro abaixo a comparação de uma cena dessa história com essas alterações:

Comparação da HQ "Castigo demais para um cabulador só": caipirês alterado

Fora essas alterações ridículas, essa história "Castigo demais para um cabulador só" é legal, com o Chico matando aula na escola e se dando mal por isso, com um final surpreendente e muito bom.

Outra alteração foi a colorização do brilho do cabelo do Papa-Capim que insistem em deixar azul na Coleção Histórica, sendo que na original era branco ainda. Abaixo a comparação:

Comparação de cores da HQ "Maloca muito bagunçada"

De curiosidade, esse foi o primeiro gibi sem a promoção da "Cartela Milionária", desde que foi lançada em novembro de 1983, na edição do 'Chico Bento Nº 32'. Com isso, a capa dessa edição Nº 45 não teve o selo de pontos da cartela Milionária na lateral direita e por isso não teve alteração da capa em relação a original.

Cascão - "O rei dos sete desertos" - Cascão e Cebolinha brincam de piratas, mas o Cascão quebra a espada do Cebolinha começando a confusão entre eles, com direito a plano infalível contra a Mônica, sem querer.

De 6 histórias, só 3 com créditos completos e a história "Atchim", em que todos se afastam do Cascão porque estava resfriado, ficou sem créditos. A história "O Dom Juan do Cemitério" é legal, com o Penadinho paquerando uma fantasminha, mas tem que se esconder quando vê no caminho outras fantasmas que também paquerava, inclusive a Alminha. Interessante que os personagens foram desenhados com boca toda branca, sem língua. E não ficou ruim.

História de destaque, "O cão de um milhão de cruzeiros", do Bidu, em que um balde de tintas cai n Bidu e 2 malandros confunde com um cão azul milionário que havia sumido. Interessante o cara chamar o outro de idiota e imbecil, coisa proibida nos gibis atuais e  são alterados nos almanaques convencionais. Ainda bem que não alteram isso nessa Coleção Histórica.

Trecho da HQ "O cão de um milhão de cruzeiros"

Foi o último gibi do Cascão com o selo da promoção "Cartela Milionária" na capa. Não coincidiu com o Chico, porque a promoção começou em 'Cascão Nº 33' enquanto que a do Chico foi na Nº 32. Em ambos os títulos a promoção durou 13 edições.

Magali - "O gato comeu! E cadê o gato?" - Mingau some e a Magali e o seu pai tentam de tudo para encontrá-lo.

Na edição original, essa história teve um erro de colorização no gato que encontraram primeiro. Ele apareceu amarelo no último quadrinho que apareceu na original e agora corrigiram deixando branco. Pelo menos avisou sobre esse erro nos comentários, mas se a cena de destaque foi justamente essa, era para terem colocado a cena original escaneada do gibi de 1991 para gente ver a diferença. Na verdade, o ideal mesmo não era pra corrigir nada e deixar exatamente como saiu  na original. Abaixo, a comparação da cena:

Comparação da HQ de abertura: gato apareceu amarelo na original de 1991

De 5 histórias, só abertura e encerramento com créditos completos. Em "A justiceira" (em que a Magali resolve ser a justiceira do bairro) e "O Romântico" (em que o Quinzinho tenta arrumar flores para agradar a Magali) só informaram roteirista. Como história de destaque, "Delícia de palmito" em que a Magali deixa de comer tudo que tem palmito, depois do Dudu dizer que palmito são caules de árvores derrubadas.

A capa teve as suas diferenças. O logotipo ficou menor em comparação a de 1991, que ocupou a largura toda na época, e os tons ficaram diferentes, com o logotipo era um rosa mais claro e agora ficou um rosa choque bem forte e o tom do verde ficou ficou um verde mais escuro, com o degradê diferente, quase imperceptível. Ou seja, foi uma capa totalmente restaurada, sem lembrar nada as cores de 1991. As capas dos outros gibis desse box as mudanças não foram tão grandes como essa.

 Eles gostam mesmo de mudar as capas da Magali. Mesmo que as cores agora são digitais e não têm o tom artesanal da época, mas podiam ver um tom mais parecido da original. Aliás, inexplicavelmente, eles nunca colocam o logotipo ocupando a largura toda que nem os outros e o contorno sempre fica mais fino. Não dá para entender. Pelo menos não colocaram o selo da CHTM ao lado do logotipo. Abaixo a comparação das capas:

Comparação das capas de 1991 e da CHTM # 45

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Capa da Semana: Cebolinha Nº 105

Uma capa engraçada com o Cebolinha e a Mônica em uma casa de espelhos divertidos, com o reflexo do Cebolinha como alto e fortão e a Mônica baixinha, como nas caricaturas que ele faz nos muros. Legal a cara que ele fez, se sentindo o verdadeiro dono da rua.

A capa dessa semana é de 'Cebolinha Nº 105' (Ed. Globo, Setembro/ 1995).


sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Dona Morte: HQ "A Morte ataca outra vez"

Mostro uma história em que mostra a Dona Morte passando sufoco em um baile a fantasia no Carnaval ao tentar levar as pessoas da festa para o além. Ela tem 6 páginas e foi publicada em 'Cascão Nº 3' (Ed. Globo, 1987).

Capa de 'Cascão Nº 3' (Ed. Globo, 1987)

Começa o narrador apresentando a Dona Morte, falando que ela era infalível, implacável e ceifadora de vidas humanas e alertando o leitor que ele poderia ser a próxima vítima. Dona Morte tranquiliza que não vai levar o leitor ainda e que a sua missão era em uma casa que estava acontecendo uma baile a fantasia.


Dona Morte entra pela janela na casa, usando a sua entrada nº 84, que sempre deixa as suas vítimas impressionadas. Ninguém acredita que era a verdadeira Dona Morte e pensam que era alguém fantasiado. Por isso, o pessoal da festa dá um  fora nela, reclamando de que como entra daquele jeito. Um cara vestido de coelho pensa que era seu amigo Francis fantasiado. Dona Morte diz que não é o Francis e o "coelho" não acredita, continuando a pensar que era o amigo.


Fabiana, a namorada do Francis pede para Dona Morte dançar com ela e se divertir, mas ela diz que não pode porque está de serviço. Ela acha graça, afinal eles estavam em uma festa. O jeito foi a Dona Morte dançar com ela e fica preocupada em perder o emprego por causa disso.

Nisso, chega o verdadeiro Francis fantasiado de Dona Morte. O "Coelho" estranha outra pessoa com a mesma fantasia, mas logo reconhece que era mesmo o Francis, que não gosta nada de ver outra pessoa dançando com a sua namorada e vai tomar satisfações e querendo briga. O "Coelho" impede, falando que foi só uma confusão. Francis aceita para não estragar a festa.


O "Coelho" oferece bebida a Dona Morte. Ela recusa e revela que foi ao baile para levá-los por chegou a hora deles. Mas, coincide ser meia noite, a hora de todos tirarem as máscaras. Todos tiram e o "Coelho" pergunta se a Dona morte não vai tirar o capuz. Ela fala que não pode, o cara tira assim mesmo e então todos descobrem que era a verdadeira morte.

Todos ficam assustados e perguntam se vão morrer. Dona Morte confirma, falando que um avião vai cair sobre a casa dentro de instantes. O pessoal fica triste, achando uma tragédia e o "Coelho" achando ridículo morrer com aquela fantasia e pergunta se não pode quebrar o galho deles dessa vez. Dona Morte diz que é impossível, afinal ela é cruel, implacável, tem um nome a zelar e que já perdeu muito tempo lá.


Todos começam a chorar muito e a Dona Morte se comove com a situação. No final, com a Dona Morte saindo da festa, o narrador volta a falar que ela era invencível, infalível, quando estranha e pergunta a ela aonde estão as vítimas dela. Ela dá um fora nele, dizendo que não interessa e até ela pode ter coração mole de vez em quando, confirmando que dessa vez ela se deixou levar pela emoção e não levou ninguém.


Acho essa história legal, mostrando uma Dona Morte meio atrapalhada e dessa vez ela ficou com pena de levar suas vítimas justamente no Carnaval. Achei bom para variar um pouco. Eles sempre tratavam a morte nas histórias de forma divertida e leve, muitas vezes a Dona Morte se dava mal durante a história ou no final. Na postagem a coloquei completa. Como era de costume nas histórias da Turma do Penadinho, essa história teve vários personagens secundários que apareceram uma vez e nunca mais foram vistos. Tinham, inclusive, muitas histórias protagonizadas por esses secundários e a Dona Morte só aparecia no final. Gostava muito de histórias assim.

Muito bom o recurso do narrador no início e no final, interagindo com a Dona Morte. Era comum colocarem um narrador-observador interagindo, com os personagens conversando com o narrador, discutindo, dando bronca. Achava engraçado essa metalinguagem. Já os traços são maravilhosos, bem grossos e ficou fantástica a arte da Dona Morte sombria no primeiro quadrinho.


Teve um erro de colorização na última página inteira, onde a sombra azul da Dona Morte ficou verde, a fantasia de coelho do homem ficou amarela em vez de rosa, a lua ficou rosa em vez de amarela e assim por diante. E visualmente não ficou ruim assim. Pelo que deu para entender, as cores foram invertidas. Acontecia isso de vez em quando nos gibis antigos e eu, particularmente, adorava quando acontecia. Só não sei se foi em todos os gibis assim ou se foram só determinado lote. O meu pelo menos ficou assim. Nos almanaques das editoras Abril e Globo, normalmente esses erros eram mantidos nas republicações, mas agora na Panini infelizmente sempre são corrigidos, inclusive na Coleção Histórica. 

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Tirinha Nº 23: Cascão

Uma tirinha incorreta do Cascão em que ele elogia a fantasia de diabinho do Cebolinha, mas como faltou os chifres, Cascão dá seu toque especial e dá 2 pauladas na cabeça do Cebolinha. Muito engraçada.

Essa tirinha eu tirei de 'Cascão nº 232' (Ed, Globo, 1995), com o degradê em todos os quadrinhos, típicos dos gibis do segundo semestre de 1995. Mas, originalmente é bem mais antiga, saindo primeiro em tiras de jornais e em gibis anteriores a esse. Eles tinham costume de republicar tirinhas do final do expediente dos gibis, só mudando a colorização. 


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Capa da Semana: Magali Nº 71

Uma capa em clima de carnaval, bem animada, com a Magali como Carmen Miranda, e o Cebolinha e o Cascão como sambistas a reverenciando. A piada fica com o exagero da cesta de frutas na cabeça da Magali, bem típico dela. Resta saber por quanto tempo duraram as frutas na cesta.

A capa dessa semana é de 'Magali Nº 71' (Ed. Globo, Março/ 1992).


sábado, 7 de fevereiro de 2015

Turma da Mônica: HQ "Baile a fantasia"

Nessa postagem compartilho a clássica história "Baile a fantasia", em que a turma, fantasiada de super-heróis, participaram de um assalto sem querer e tiveram que provar sua inocência. Ela tem 10 páginas e foi publicada em 'Mônica Nº 97' (Ed. Abril, 1978).

Capa de 'Mônica Nº 97' (Ed. Abril, 1978)

Começa alguém batendo na porta da casa de cada um da turminha, deixando uma carta anônima para cada um. Inclusive o Bidu recebeu deixada na sua casinha. Tratava-se para comparecerem a um baile a fantasia na Rua Jururu, nº 31, às 15 horas.


Chegando a hora, enquanto o dono da joalheria está olhando o movimento na rua, aparece a turminha fantasiada de super-heróis um a um e param ao lado da loja. Mônica como "Garota Maravilha", Cebolinha como "Cebolandrake", Magali como "Super-Magali", Franjinha como "Fantasmo", Bidu como "Capito" e Cascão como "Tarzinho". O dono da joalheria comenta ao amigo que acha que a freguesia mais estranha que poderiam ter.

A turma reclama que a festa estava desanimada, sem música e que o cara que convidou nem tinha aparecido. Até que de repente, aparece o sujeito mascarado, com confete, serpentina e sanduíches, começando o maior Carnaval. Todos caem na folia, muito animados com o Carnaval e nem se dão conta que o sujeito mascarado entra na joalheria, rouba tudo e vai embora. Assim que ele se vai, a música para de repente e a turma fica sem entender nada, achando que a festa foi muita rápida.


Nessa hora, o dono da joalheria grita que foi roubado e a culpa cai em cima da turminha, que estavam em frente. O jeito foi eles fugirem e se esconderem no clubinho, afinal estavam sendo procurados pela polícia. Lá,se dão conta que foram usados pelo cara para assaltar a joalheria e ainda acham uma vergonha os maiores heróis das histórias em quadrinhos escondidos. Mônica , então, dá ideia de eles irem atrás do bandido par aprovarem inocência deles.


Eles seguem a trilha de serpentinas e confetes que o bandido deixou no caminho e conseguem achar o esconderijo do bandido, que era uma casa toda feita de revistas. A turma se surpreende e acha bacana ter um gibi do "Mandraki" e Super-Homi", até que aparecem revistas voadoras que os carregam para dentro da casa.

Lá dentro, o bandido, com a cara do Mauricio de Sousa, dá boa vinda a eles, chamam a turma de seus filhos e mandam ajoelhar perante ao pai, o maior gênio dos quadrinhos. Franjinha pergunta por que ele acha que é pai deles e o bandido responde que foi ele quem os criou. Quando a Mônica pergunta se não foi outros caras, "Mauricio" se exalta, falando que roubaram as ideias dele e que o chamaram de louco e ao mesmo tempo dá risada de louco mesmo, falando também que casaram o seu "Fantasmo" e ainda o chamam de louco.


"Mauricio" explica que para se vingar, usa os super-heróis para ajudá-lo nos seus assaltos e como eles tentam impedi-lo de continuar com seus planos, ele prendeu todos os super-heróis. Quando a Mônica diz que ele está enganado se pensa que conseguir prendê-los, o bandido puxa uma alavanca e consegue. O Franjinha e o Bidu ficam presos em uma caveira gigante, o Cebolinha em cartola gigante, o Cascão em cipó, Mônica em uma corda de borracha e a Magali em um "S" gigante do logotipo de Super-Homem.


Enquanto estão presos, "Mauricio" resolve fazer seu plano mais diabólico de destruir todos os primeiros exemplares de revistas que estão no museu. Nessa hora, Bidu rói os ossos da caveiras e consegue soltar todo mundo. Já livres, Mônica resolve dar uma lição ao "paizinho" deles.

A turma chega ao museu, na maior folia e o "Mauricio" manda eles dançarem enquanto ele pega as revistas do museu. Até que ele se dá conta que veio sozinho e que eles se soltaram. Então, ele resolve lançar uma bomba especial de traças comedoras de revistas. Mas, eles conseguem tacar dezenas de roupas de super-heróis nele, que o deixam preso até a bomba explodir, conseguindo assim, derrotar o bandido.


No final, a polícia chega e o leva preso e a turma comemoram a vitória. Na empolgação, eles se mostram de valentes na possibilidade do bandido voltar, e acabam batendo na Mônica sem querer. Cebolinha taca a varinha na cabeça dela, Franjinha dá soco nela, Cascão dá um berro ensurdecedor perto do ouvido dela e a Magali dá um tapa ao estender os braços. Mônica fica furiosa e corre atrás deles, inclusive da Magali, falando muito palavrões, e os velhinhos vendo a cena, falam que não fazem mais heróis como antigamente.


Sem dúvida é uma história sensacional, uma grande aventura muito envolvente e bem elaborada pelo roteirista que a criou. Legal ver a turma fantasiada de super-heróis famosos e as paródias ficaram muito boas. Apesar de não ser exatamente uma história de Carnaval, tem tudo a ver com o clima carnavalesco, já que eles se apresentam fantasiados a história toda em um suposto baile á fantasia, caem na folia com serpentina e confete. Na postagem a coloquei completa. É completamente impublicável, já que temas assim com bandidos e as crianças sendo acusadas de crime e que nem cometeram ainda por cima não é politicamente correto.


Além do roteiro excelente, os traços são espetaculares da fase  superfofinha, junto com uma arte-final maravilhosa, dá um resultado incrível como esse. Muitos detalhes, ângulos diferentes. Só olhar e ficar admirando esses desenhos já valem a pena.

Boa sacada o bandido louco com a cara do Mauricio, e falando que era o criador dos super-heróis, e, consequentemente o pai da turma. O arte-finalista Sidney Salustre (Sidão) também apareceu e, provavelmente o outro cara também na 7ª página era alguém da MSP. Isso a tornou mais divertida, Nos anos 70, adoravam colocar o Mauricio, outros roteiristas e o pessoal do estúdio como os vilões das histórias. Ou seja, não eram eles realmente, mas desenhavam com a caricatura deles. O roteirista Reinaldo Waisman foi quem mais apareceu como vilão das histórias e até também como o garoto fofo que a Mônica se apaixonava, sendo chamado de Reinaldinho.


Legal ver o Bidu interagindo com a turma. Nos anos 70 era muito comum inclui-lo nas histórias de aventuras junto com a turma, como um simples cãozinho, e normalmente ajudava também de alguma forma a se livrar da confusão. Nessa, o Bidu foi importante pra roer os ossos da caveira para desprender todos e se livrarem do bandido.

Teve uma curiosidade da Mônica correr atrás da Magali no final. Nos anos 70, a Mônica batia em qualquer um que a provocava, mesmo que sem intenção, seja lá quem fosse, e, com isso, acontecia da Mônica bater ou correr atrás da Magali também, como nessa história. Depois, isso foi mudado e a Mônica não bate mais nas meninas, principalmente na Magali. Só faz cara feia quando a chama de gorda, por exemplo, mas não bate.


Essa história foi republicada 2 vezes. A  primeira foi no 'Almanaque da Turma da Mônica Nº 26' (Ed. Abril, 1985) e depois novamente em 'Almanaque da Mônica Nº 7' (Ed. Globo, 1988). Em 1988, inexplicavelmente, muitas histórias que haviam sido republicadas em 1985/ 1986 foram republicadas de novo, em 2, 3 anos depois. Para quem não colecionava gibis em 1985, assim como eu, achou muito bom ler essas histórias pela primeira vez, mas para quem acompanhou a mudança da fase Abril para Globo, não deve ter gostado disso de ler as mesmas histórias depois de tão pouco tempo. 

Abaixo, as capas desses almanaques, sendo que as imagens da história na postagem foram tiradas do almanaque de 1988, que foi onde a li pela primeira vez. 

Capa de 'Almanaque da Turma da Mônica Nº 26' (1985)
Capa de 'Almanaque da Mônica Nº 7' (1988)

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Propagandas alimentícias (Parte 4)

Nessa postagem, relembro propagandas de alimentos da Turma da Mônica que saíram nos gibis em 1995 e 1996. A partir dessa época, foram criados muitos produtos com a Turma da Mônica. É que com os personagens em evidência, passou a vender tudo deles, alguns produtos que você nunca imaginou que fariam. Em muitas, em vez de criarem uma ilustração dos personagens, junto com o produto, só a imagem do produto formava a propaganda.

Em 1995, foram lançadas as caixas com doces e miniaturas da Turma da Mônica da marca "Sonric's". Em cada caixa, vinham 10 doces variados, como pirulitos, balas, chicletes, entre outros, e de brinde uma miniatura dos personagens. Tinha miniatura da Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali e Bidu, vindo um em cada pacote. Hoje essas miniaturas são raras de encontrar e custando bem caras na internet. E cada um desses doces também foram vendidos separadamente, só que nem todos tiveram propagandas.

Propaganda tirada de 'Cebolinha Nº 99' (Ed. Globo, 1995)

O iogurte Turma da Mônica da "Danone" mudou de embalagem em 1995, dessa vez com um tema oriental, com os personagens no Japão. A versão anterior teve tema de esportes olímpicos. Para mostrar a novidade, fizeram essa propaganda abaixo, falando que com o iogurte da Turma da Mônica ficar forte vira uma brincadeira deliciosa. Foi ilustrada apenas com a embalagem do iogurte. De tão bonita a imagem, não precisava de mais nada mesmo. 

Propaganda tirada de 'Almanaque da Mônica Nº 49' (Ed. Globo, 1995)

Em 1996, circulou a propaganda dos pirulitos da "Sonric's", que vinham também nas caixas de doces com miniaturas. Esses pirulitos tinham duas versões: um tradicional e outro com recheio de chiclete. Em ambas versões, podia escolher nos sabores de morango, cereja e uva. Mais uma propaganda que também só foram mostrados os pirulitos, sem fazer ilustração dos personagens ao fundo.

Propaganda tirada de 'Parque da Mônica Nº 44' (Ed. Globo, 1996)

As maçãs da Turma da Mônica da "Portobello Pomelle" tiveram propaganda a partir de 1996, mostrando que as maçãs eram pré-lavadas, embaladas sem contato manual e eram do tamanho ideal para as crianças. E aproveitaram para anunciar que a "Portobello" ganhou um prêmio "Top de Marketing do ano" por causa do lançamento das maçãs da Turma da Mônica. Bonita a ilustração da Mônica com um troféu de maçã. O bom disso é que incentiva as crianças a comerem maçãs.

Propaganda tirada de 'Magali Nº 194' (Ed. Globo, 1996)

Os cornflakes da Turma da Mônica, cereais matinais vitaminados da "Nutrifoods" foram lançados em 1996. Vinham em 3 sabores diferentes: tradicional, açúcar e chocolate, sendo cada embalagem com uma ilustração dos personagens diferentes.

Propaganda tirada de 'Almanaque da Mônica Nº 57' (Ed. Globo, 1996)

Os refrescos em pó da Turma da Mônica, da "Allegro" saíram também em 1996. Tiveram 7 sabores diferentes e em cada um vinha um personagem diferente. Cascão, Anjinho, Cebolinha, Chico Bento, Mônica, Magali e Louco ilustravam as embalagens nos sabores de limão, uva, tangerina, laranja, abacaxi, morango e maracujá, respectivamente. Dessa vez incluíram o Chico Bento em um produto industrializado, coisa que não era muito comum. Legal foi a ilustração de todos os personagens tomando o refresco juntos.

Propaganda tirada de 'Cebolinha Nº 120' (Ed. Globo, 1996)

Ainda em 1996, anunciaram os refrigerantes da Turma da Mônica nessa propaganda. Tinham 4 versões, com cada personagem estampado nas latas. O refrigerante da Mônica era guaraná; do Cebolinha, de limão, representando Sprite; do Cascão, Frapette ou de uva, representando Fanta Uva; e da Magali, de laranja, representando Fanta Laranja. Só não teve com o Chico Bento porque não combina com o mundo rural dele.

Propaganda tirada de 'Parque da Mônica Nº 50' (Ed. Globo, 1997)

O catchup da Turma da Mônica, da "Cica" foi lançado em 1996, com uma embalagem menor que a versão tradicional e com sabor diferenciado para o paladar das crianças, afinal era preparado com mais produtos naturais como tomate, açúcar, vinagre, sal, especiarias e cebola, como diz na embalagem. Nessa propaganda foi só mostrada a embalagem, com a Mônica e Cebolinha falando que o catchup era radical e do tamanho certo para as crianças.

Propaganda tirada de 'Magali Nº 207' (Ed. Globo, 1997)

Para constar, as propagandas de 1996 que mostro nessa postagem também circularam bastante nos gibis de 1997, ou seja, ficaram bastante tempo nos gibis. Em breve, posto mais propagandas alimentícias.