terça-feira, 28 de junho de 2016

Capas Semelhantes (Parte 21)

Nessa postagem comparo capas semelhantes que saíram em gibis do Chico Bento, Magali e Cascão, todos da Editora Globo.

Chico Bento Nº 53 X Chico Bento Nº 432

Chico Bento ouvindo um canto de uma ave no lugar de um rádio de pilha. Foi publicada primeiro em 'Chico Bento Nº 53', de 1989, onde a ave foi um papagaio e o menino que apareceu foi um figurante. Depois fizeram outra, publicada em 'Chico Bento Nº 432', de 2004, agora com a ave sendo um passarinho e foi o primo Zeca ouvindo o rádio. Tiveram outras versões, mas essas são mais parecidas visualmente.




Magali Nº 48 X Magali Nº 278

Mingau subindo na cabeça da Magali para se proteger dos cachorros. Na 1ª versão de 'Magali Nº 48', de 1991, eles estão em uma exposição de cães e o Mingau aparece tremendo de medo dos cachorros e a Magali tentando controlá-los. Já na 2ª versão, de 'Magali Nº 278', de 2000, quando estão passeando na rua, o Mingau deita na cabeça da Magali e fica calmo diante dos cachorros se sentindo seguro e ela não gosta de ter subido sua cabeça.




Magali Nº 231 X Magali Nº 350

Um dentista mostrando uma fruta para fazer a Magali abrir a boca. A diferença entre elas é que na versão original, de 'Magali Nº 231', de 1998, o dentista pendura uma maçã no aparelho, enquanto que na versão de 'Magali Nº 350', de 2002, o dentista aparece segurando uma melancia.




Cascão Nº 220 X Cascão Nº 349

Cascão em uma festa junina pulando em uma água em vez de uma fogueira. Na versão original de 'Cascão Nº 220', de 1995, o Cascão pula uma poça d'água assustado e aparecem Mônica e Cebolinha rindo dele. Já na versão de 'Cascão Nº 349', de 2000, ele pula um chafariz até gostando da brincadeira e Mônica e Cebolinha é que ficam espantados.

Tiveram muitas capas a partir do final dos anos 90, com o Cascão gostando do perigo de estar perto da água, diferente das mais antigas que ele costumava aparecer com cara de assustado. Já era o politicamente correto começando a predominar nos gibis. Gostava mais com ele com cara de medo diante do perigo.



Cascão Nº 301 X Cascão Nº 405

Cascão fazendo apresentação de equilibrista em uma água segurando um guarda-chuva. Na versão de 'Cascão Nº 301', de 1998, apareceram Cebolinha, Magali, Mônica e Franjinha como plateia e o Cascão aflito com a situação se equilibrando diante de um balde d'água. Já na versão de 'Cascão Nº 405', de 2002, mais uma vez Cascão com cara feliz  diante do perigo de estar perto da água, dessa vez se equilibrando diante de um copo d'água e aparece o só o Cebolinha ao fundo. 



Como podem ver, dessa vez mudaram pequenos detalhes de instrumentos nas capas, mas as piadas foram as mesmas. Em todas eu preferi as primeiras versões de cada uma. Em breve, posto novas capas semelhantes aqui no Blog.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Chico Bento: HQ "Cai, cai, balão... Aqui na minha mão!"

Dia de São João e nada melhor que uma história do Chico Bento curtindo uma festa junina com o Zé Lelé. Com 10 paginas, foi publicada em 'Chico Bento Nº 142' (Ed. Globo, 1992).

Capa de 'Chico Bento Nº 142' (Ed. Globo, 1992)

Na festa junina de Vila Abobrinha, Chico Bento está animado cantando música "Cai, cai balão... Aqui na minha mão!" quando um balão de verdade quase cai mesmo e cima dele e acaba pegando fogo. Ele comenta com o Zé Lelé que os balões são um perigo e pede que o primo vá correndo buscar água para apagar o fogo.


Zé Lelé volta e joga o balde d'água em cima do Chico. Ele pergunta se tem cara de fogo, fica uma fera, com cara muito vermelha e Zé Lelé entende que tem que pegar mais água rápido. Enquanto busca, o fogo vai diminuindo, até que o Zé Lelé volta, joga a água  e de repente o fogo fica maior do que era antes. É que ele tinha colocado quentão no lugar de água. Então, Chico providencia logo uma mangueira para acabar com o incêndio.


Enquanto dá bronca no Zé Lelé, Chico não vê que o fogo já tinha acabado e estava molhando o Nhô Lau. Ele quis saber quem acendeu o fogueirão lá na festa e Chico diz que foi um balão e Nhô Lau pergunta quem soltou. Zé Lelé responde que não sabem, mas sabe quem roubou as goiabas dele para fazer a torta de goiaba que estava lá na festa.


Chico dá um pisão no pé do Zé Lelé, que grita, e Nhô Lau quer saber porque ele gritou. Quando Zé Lelé fala do pisão, Chico dá desculpa que estão atrasados para a pescaria e vão embora para o Zé Lelé não acaguentar que foram eles que roubaram as goiabas.


Chico Bento fica animado para pescar e Zé Lelé diz que àquela hora da noite só se for peixe com insônia e Chico explica que é pescaria de quermesse. Lá, Zé Lelé enrosca o anzol na calça do Chico, e o Zé Lelé pensa que pescou um peixe com a cara dele e ainda pergunta para o moço qual era o prêmio. Chico fica uma fera e corre atrás do primo na quermesse toda.


Enquanto corre, Rosinha e as meninas ficam rindo e Chico pensa que a calça dele rasgou. Zé Lelé diz que elas estão rindo do correio elegante. Chico pensa que é um carteiro bem vestido e Zé Lelé explica que é um bilhete que os meninos mandam para as meninas e vice-versa pra fazer declaração de amor e poesia. Chico fica interessado e pede para a menina responsável pelos bilhetes mandar um para a Rosinha. Ela recebe o bilhete, dá risada e grita para o Chico que gracinha não é com "ç". Zé Lelé avisa que não era para colocar o nome e inventar um.


Chico, então, manda outro bilhete, mas nota que vários outros meninos da quermesse também enviaram bilhete para ela. Chico vai até a Rosinha para tomar satisfação e ela diz que não foram tantos assim, com ela em volta de vários bilhetes, e pergunta se ele está com ciúmes.


Rosinha diz que o que escreveram nos bilhetes não interessa, como um bobo que escreveu que era doidinho por ela e a espera no hospício. Chico sabe que é o dele e fica calado. Logo ela emenda com outro bilhete bonito que dizia que ela é a flor mais formoso do arraial. Chico quer saber quem foi o sem-vergonha quem enviou e descobre que foi o Zé Lelé porque ele acabou colocando o nome por engano. Então, Chico volta a correr atrás do Zé Lelé na quermesse toda e Rosinha rindo deles, terminando assim.


Essa história muito bacana, mostrando uma típica festa junina. O roteirista quis mostrar situações cotidianas de uma festa junina, sabendo interligar muito bem um gancho com outro, para fazer sentido. Olhando pelo título e a primeira página podia dar impressão que se tratava de uma história sobre balão e alertar os problemas em soltá-lo, mas foi bem rápido e logo mostrou outras coisas que acontecem na festa. Tudo tratado com muito bom humor e foi como se a gente estivesse mesmo em uma festa junina. Genial!


Os traços muito bons e bem caprichados e dessa vez a Rosinha pareceu com cabelos todo pretos, sem brilho branco. Acontecia isso de vez em quando, de acordo com o desenhista. Assim como as vezes ela aparecia de chapéu, com laços nas orelhas, tudo pra variar traços e não se tornar padrão. Na postagem a coloquei completa. Impublicável hoje em dia por ter balão e incêndio na quermesse.


Era comum títulos das história serem a fala do personagem. Nessa história foi a música do "Cai, cai balão!" cantada pelo Chico. Outra curiosidade é que tinham histórias do Chico de festa junina fora de época de junho, sendo chamada de quermesse por eles. Nessa até que saiu em revista de junho, mas, por exemplo, a história "Simpatia para arrumar namorada", de 'Gibizinho do Chico Bento Nº 4', saiu em novembro de 1991.

terça-feira, 21 de junho de 2016

Capa da Semana: Cascão Nº 220

Compartilho uma capa bacana em clima de festa junina, com o Cascão pulando uma poça d'água no lugar da fogueira. Para ele, pular uma poça é mais perigoso que uma fogueira.

A capa dessa semana é de 'Cascão Nº 220' (Ed. Globo, Junho/ 1995).


sábado, 18 de junho de 2016

Tirinha Nº 39: Anjinho

Uma tirinha incorreta com o Anjinho em que ele estava com muito frio no céu e a solução foi ir ao inferno para bater um papo com o Diabo para poder se aquecer.

Nos gibis de 1986 da Editora Abril era normal ter tirinhas de outros personagens sem ser o da revista principal e Anjinho era um deles. Na 'Revista Parque da Mônica' isso voltou a acontecer de ter também tirinhas de vários personagens.

Uma pena o crédito no alto da tirinha fazer referência à 'Revista Parque da Mônica' em vez de colocarem Anjinho. É que era por padrão, a partir de 1995, eles colocarem no topo o nome da revista em vez do personagem que a tirinha faz referência.

Tirinha tirada de 'Parque da Mônica Nº 54' (Ed. Globo, Junho/ 1997).


quarta-feira, 15 de junho de 2016

Cascão Nº 110 - Editora Globo


Em abril de 1991 foi lançado o gibi 'Cascão Nº 110' pela Editora Globo. Nessa postagem relembro como foi essa edição e suas curiosidades.

A capa dessa vez não teve alusão à banho, medo de água, fugindo de chuva ou sujeira, apenas com o Cascão voando na vassoura de uma bruxa pela qual o Cascão trocou com ela pelo seu cavalinho de brinquedo. 

Teve 7 histórias no total, incluindo a tirinha final. Todas bem curtas e objetivas, até porque o gibi era quinzenal de 36 páginas. Como também era de praxe nos gibis do Cascão, histórias de secundários foram com Bidu e Turma do Penadinho. Sempre tinha histórias do Bidu e Penadinho nos gibis dele, a maioria dos 2 núcleos juntos e algumas vezes ou 1 ou outro. Raramente não tinham histórias deles.

A história de abertura foi "Coração sujinho!", com 11 páginas. Começa com o Cascão enfrentando vários perigos para fugir de tomar banho. Ele está na cama e começa a cair uma goteira do nada, na rua quase pisa em uma poça, corre de uma chuva inesperada, tem que voar para atravessar um rio enquanto foge da chuva até que encontra uma lata de lixo e fica lá até a chuva passar.

Trecho da HQ "Coração sujinho!"

Depois o Cascão descobre que foi seu próprio anjo da guarda que causou isso tudo para dar banho nele porque não estava mais aguentando o mau cheiro. Cascão manda o anjo ir embora e ele vai, falando que vai pedir demissão para São Pedro. Em seguida, aparece o diabinho da guarda do Cascão e põe na cabeça dele que os amigos não gostam dele por causa do mau cheiro e incentiva o Cascão a maltratá-los.

Então, o Cascão xinga o Cebolinha de bobão, cara-de-cebola, fala-errado e bocó, além de apertar o nariz dele, ignora a Mônica, deixando ela falar sozinha e não pega a bola que o Jeremias chutou. Aparece o anjinho da guarda e diz ao Cascão que é para não seguir o que o diabinho fala. Cascão manda o anjo cair fora e o diabinho ainda taca fogo em direção ao anjinho. Cascão não gosta do que o diabinho fez e sente arrependimento do que fez com os seus amigos. O diabinho diz que os amigos não gosta do jeito que ele é ainda queima o rabo do Mingau e é o Cascão quem leva a culpa de ter maltratado o mingau, afinal os amigos dele não veem o diabinho.

Trecho da HQ "Coração sujinho!"

Cascão, arrependido, manda o diabinho cair fora e diz que não quer amigos como ele. Cascão vai se desculpar com seus amigos, agora convencido que eles só querem o bem dele quando mandam tomar banho e quando ele vai embora aparece o anjo da guarda também arrependido falando que vai voltar ao trabalho, que não agiu bem com o Cascão, afinal, segundo ele "um bom coração vale mais que um mau cheirinho", mas com um pregador no nariz pra não sentir o mau cheiro dele.

Essa história foi muito boa, discute de uma forma leve se deve seguir o caminho do bem ou do mal e uma bonita mensagem de aceitar os outros do jeito que são. Eles gostavam de colocar um anjo e um diabinho da guarda com a cara do personagem, sendo o anjo representando a boa consciência e o diabo a tentação. Sempre rendiam boas histórias assim. Tem os seus absurdos como o Cascão voar para desviar do rio e seus momentos incorretos como Cascão dentro da lata de lixo e o diabinho queimar o rabo do Mingau, que atualmente seria censurado, fora o tema da história de ter diabo.

Trecho da HQ "Coração sujinho!"

Em seguida vem "Presente de amigo" de 3 páginas, com o Cascão saindo de uma loja com um presente para o Cebolinha, mas no caminho ameaça chuva e para fugir acontece de tudo. Cascão pisa no skate de um menino, derruba os pães de um padeiro, cai em um cesto de roupas limpas de uma lavanderia que o cara estava levando na moto até chegar na casa do Cebolinha derrubando a parede.

Cascão entrega o presente para o Cebolinha, que pensa que era um aviãozinho de montar porque chegou todo quebrado. Cascão não diz que não era aviãozinho de montar. Já na rua, Jeremias pergunta ao Cascão se o aviãozinho que ele deu ao Cebolinha foi caro, e Cascão diz até que não, mas que o transporte é que sai caro, com o menino do skate, o padeiro e o cara da lavanderia cobrando os prejuízos que ele deu. De curiosidade, não era aniversário do Cebolinha. O Cascão só deu presente por dar porque queria presentear o amigo.

Trecho da HQ "Presente de amigo"

Depois vem Bidu com "Papos perigosos", com 4 páginas, tipo de história que ele contracena com objetos. Nela, começa a cair de repente tudo em cima do Bidu, deixando todo machucado. Primeiro foi um cofre, que diz que tem vários segredos para contar que eram combinações de números de cofres, mas que ele não lembra do número dele e por isso o dono o jogou fora. depois cai uma samambaia e um piano. Bidu, cheio disso, fala para um aquário, armário e televisão não cairem em cima dele e queria só o fim agora. Então, cai um "Fim " grandão em cima da cabeça dele, pensando que o Bidu queria que caisse na sua cabeça.

Trecho da HQ "Papos perigosos"

Em "O aniversário", de 2 páginas, Cascão aparece com uma vela querendo treinar pra apagá-la para o seu aniversário que seria daqui 6 meses. Ele não consegue assoprar e acaba o Cebolinha atirando com um revolver d'água para apagar a vela, fazendo o Cascão correr por causa disso. Na época os personagens não tinham data fixa de aniversário e podia ser comemorado em qualquer mês, então em 1991 ele fez aniversário em outubro. Embora não coincidiu ser no dia 25 de novembro, data que é comemorado o aniversário dele atualmente, até que ficou bem próximo. Abaixo, a história completa.

HQ "O Aniversário"

A história com a Turma do Penadinho dessa edição foi estrelada pelo Cranicola. Em "Uma namoradinha para o Cranicola", com 4 páginas, conhecemos Marina, uma fantasma que estava a fim de namorar o Cranicola, mas como ela é muito ativa e adora esportes, faz o Cranicola de bola em todos os jogos. Então, Cranicola vira bola de basquete, futebol, polo aquático, boliche, com ele sempre se dando mal em todas a situações. Ele se enche e termina o namoro com Marina. No final, Cranicola diz que tem que ficar atento ao escolher uma namorada quando aparece uma "lobismulher" querendo namorá-lo, que ele logo trata de dizer não.

Trecho da HQ "Uma namoradinha para o Cranicola"

O gibi termina com a história "O aprendiz de futebol", com 4 páginas, em que o Zé Luís apresenta o Massaki, um japonês que veio ao Brasil aprender futebol. Cascão pensa que ele vai ensinar o futebol para ele, mas é o Massaki que surpreende e dá várias dribles, agarra todas bolas quando goleiro e dá um chute forte que faz o Cascão parar longe. No final, Cascão inconformado por ter encontrado um menino que joga melhor que ele, resolve jogar beisebol com o Cebolinha.

Curiosidade do jogador Maradona não ter nome parodiado. Na época nem sempre os famosos tinham nome parodiado. Tinham também muitas histórias de futebol com o Cascão. Quando o gibi do Pelezinho foi cancelado, histórias de futebol passaram a ser com o Cascão. Ele passou a torcer pelo Corinthians (era Santos nas tiras de jornais antigas dos anos 60) e era apaixonado pelo "Timão" e por jogar futebol, rendendo várias histórias assim.

Trecho da HQ "O aprendiz de futebol"

A tirinha final foi com a Mônica arremessando o Sansão no Cascão cheio de moscas em volta, o Cascão se abaixa e ela acaba acertando uma mosca, com um bom trocadilho da expressão popular "Na mosca!". Detalhe que Mônica fala "Droga!" e atualmente isso seria mudado em possível republicação recente.

Tirinha da edição

Então, sem dúvida 'Cascão Nº 110' foi um gibi muito legal, histórias curtas e sem enrolação, com traços muito bons em todas as histórias e com direito até de futebol com o Cascão. Enfim um gibi padrão para a sua época e que vale a pena ter na coleção.

domingo, 12 de junho de 2016

Capa da Semana: Chico Bento Nº 33

No Dia dos Namorados, uma capa romântica e muito caprichada com o Chico e a Rosinha namorando embaixo de chuva, com os coraçõezinhos apaixonados deles protegendo o casal de se molhar na chuva. Tudo a ver com a data.

A capa dessa semana é de 'Chico Bento Nº 33' (Ed. Globo, Maio/ 1988).


quinta-feira, 9 de junho de 2016

Titi: HQ "Jogo duro"


Mostro uma história de quando o Titi tentou paquerar uma menina, mas não contava que ia se esbarrar com a Aninha no meio do caminho. Com 6 páginas no total, foi publicada em 'Mônica Nº 90' (Ed. Globo, 1994). 

Capa de 'Mônica Nº 90' (Ed. Globo, 1994)

Nela, o Titi telefona para Aninha falando que não vai poder ir ao encontro deles porque vai jogar futebol com a turma no campinho. Quando desliga comemora que conseguiu enganá-la e logo o telefone toca e era a Bárbara, a menina com quem ele ia sair no lugar da Aninha, para confirmar o encontro deles.


Tudo certo, Titi toma banho e se arruma todo para sair com a Bárbara. No caminho, perto do campinho, se assusta quando vê a Aninha e pergunta o que ela estar fazendo lá. Aninha diz que foi torcer por ele no jogo e pergunta se sempre joga tão bem vestido daquele jeito. Titi diz que foi distração dele e que vai voltar para casa vestir o uniforme do jogo.


Titi  volta e diz que a turma ainda não chegou e que eles já deviam estar lá. Aninha fala que se eles não vierem, eles vão passear. Titi diz que a turma virá porque é jogo de campeonato, só que sempre se atrasam e aí se ela quiser ir embora, mas Aninha faz questão de esperar e vê-lo jogar e fazer um gol pra ela. Titi diz que vai fazer uma dúzia de gols.


Ele esperam um tempão até que Aninha diz que está tarde e precisa ir embora. Se despede dele, pedindo para contar depois como foi o jogo. Quando ele avista Aninha de longe, ele volta correndo para casa se trocar e vai ao encontro da Bárbara. Quando chega no local do encontro, encontra Bárbara com outro menino, o Leandro. Titi toma satisfações e ela diz que Leandro é o seu novo namorado. Titi quer saber desde quando ela tem namorado e Bárbara responde que há uns 30 minutos porque ele demorou demais. 

Titi fica uma fera e volta para casa emburrado. Aninha telefona para saber como ficou o jogo. Titi grita que foi 1 a 0 para ela e Aninha fica sem entender nada, terminando assim.


Essa história é legal, mostrando o lado paquerador do Titi. Como enganou a Aninha teve o seu merecido castigo no final, mas até que dessa vez não se separou da Aninha porque ela não descobriu a verdadeira intenção dele, Os traços muito bons, bem característico dos anos 90. Engraçada a cara que ele fez quando deu de cara com a Aninha no campinho. na postagem a coloquei completa.


Apesar de ter a Aninha como namorada fixa, ele não era fiel com ela, gostava de pular a cerca com outras meninas, jogar charme para elas, tudo escondido da Aninha. As vezes ela descobria, outras vezes não, mas de qualquer forma o Titi sempre se dava mal nas histórias assim.

Era muito comum ter histórias solo do Titi nos gibis. Quase todos da Mônica e do Cebolinha tinham,. Jeremias e Humberto também tinham bastantes histórias solo nos gibis. Quando não mostrando esse lado do Titi paquerador versão mirim do Rolo, mostravam conflitos típicos da transição de criança para adolescente, afinal, ele é mais velho que a turminha e ora agia como criança ora como adolescente. 


Uma curiosidade em relação a capa desse gibi da Mônica, foi o único com o preço como "URV" na capa, assim como os outros gibis de junho/ 1994. A partir da edição 'Nº 91', de julho/ 1994 passou a ser o "Real" a moeda brasileira.

terça-feira, 7 de junho de 2016

Capa da Semana: Magali Nº 161

Uma capa com a Magali mostrando ao Quinzinho coraçõezinhos desenhados com a melancia que ela comeu e o Quinzinho todo sem graça com o gesto dela. Muito bacana. Dessa vez até que ele ficou com um cor de camisa diferente da vermelha tradicional, mas foi pra dar contraste ao fundo da capa.

A capa dessa semana é de 'Magali nº 161' (Ed. Globo, Agosto/ 1995).


sábado, 4 de junho de 2016

Propagandas anunciando brinquedos (Parte 7)

Nessa postagem mostro propagandas de brinquedos que sairam nos gibis entre 1997 a 1999.

Em 1997 foi lançada pela marca "Lionella" a Dalila, uma coelha de pelúcia rosa para ser namorada do Sansão. A marca já havia lançado Sansão e Bidu de pelúcia e agora fizeram a Dalila. Para divulgar até tiveram algumas histórias da Mônica com a Dalila, com estreia em 'Mônica nº 129', de 1997. Na propaganda, além de aparecer a foto real da Dalila e destacar que é macia, lavável e atóxica, tem ilustração do Cebolinha e Cascão escondidos atrás da moita e assustados com a nova coelha da Mônica.

Propaganda tirada de 'Chico Bento Nº 283' (Ed. Globo, 1997)

Já nessa propaganda de 1997 mostra todos os bonecos da "Lionella" lançados até então, incluindo o novo lançamento da Dalila. Ilustrada com imagens dos bonecos e com a Mônica querendo pegar a Dalila e o Cebolinha assustado com o Sansão gigante.

Propaganda tirada de 'Cebolinha Nº 133' (Ed. Globo, 1997).

As bikes da Turma da Mônica da "Sundown" foram lançadas em 1997. Foram lançadas 4 bicicletas diferentes (Mônica, Cebolinha, Tina e Louco), variando para crianças de 3 a 12 anos, sendo da Mônica e do Cebolinha para crianças menores e as bicicletas da Tina e do Louco para crianças maiores. Na propaganda, uma tirinha com Cebolinha provocando a Mônica na bicicleta dele e depois que apanhou aparece o Cascão como enfermeiro para fazer curativo nele, vindo de bicicleta. 

Propaganda tirada de 'Magali Nº 216' (Ed. Globo, 1997).

Os bonecos Turma da Mônica Baby da "Multibrink" tiveram anúncio nos gibis de 1997. Tiveram bonecos da Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali , Chico Bento e Rosinha como bebês, com material fofo que dava para as crianças dormirem agarradas com os bonecos na hora de dormir. Cada boneco era vestido com um pijama a ver com sua personalidade, com destaque para o Cascão que teve um babador com estampa de guarda-chuva e a Magali que teve um babador com estampa de melancia.

Propaganda tirada de 'Cascão Nº 283' (Ed. Globo, 1997)

Em 1998 a "Multibrink" lançou a Mônica baby gigante. Semelhante com a versão original anterior, só que em um tamanho muito grande. Na propaganda tem uma ilustração de uma menina com a boneca para ter a noção do tamanho da boneca. 

Propaganda tirada de 'Cascão Nº 300' (Ed. Globo, 1998)

As massinhas de modelar Turma do Chico Bento da marca "Fij" foram lançadas em 1998. Foram 3 versões diferentes: uma embalagem com 6 massinhas de cores diferentes, outra com 12, além de uma embalagem com 6 massinhas fluorescentes. Na propaganda, o Chico Bento exibindo o seu peixe gigante, mas que foi feito pela massinha de modelar.

Propaganda tirada de 'Parque da Mônica Nº 64' (Ed. Globo, 1998)

A "Lionella" lançou o Jotalhão de pelúcia em 1998. Não é muito comum personagens secundários virarem bonecos e então foi uma grande surpresa um boneco do Jotalhão. Esse teve 52 centímetros de altura. No anúncio, tem uma ilustração da Rita Najura admirando o boneco e segurando o logotipo dele.

Propaganda tirada de 'Parque da Mônica Nº 66' (Ed. Globo, 1998)

Os novos bonecos "Multibrink" da Turma da Mônica Baby foram lançados em 1999. Esses bonecos, diferentes da versão anterior de 1997, davam apra ficar em pé, os pijamas eram diferentes e vinham com chupeta e mamadeira. No anúncio só mostraram da Mônica e da Magali, mas também deve ter tido pelo menos do Cebolinha e Cascão. Foram mostrados no anúncio, imagens das bonecas, além de ilustrações dos personagens bebês bocejando no rodapé.

Propaganda tirada de 'Cascão Nº 328' (Ed. Globo, 1999)

A série continua e em breve posto novas propagandas anunciando brinquedos com a Turma da Mônica.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Chico Bento: HQ "Coisa Séria"

Compartilho uma história de quando o Chico Bento e Rosinha resolveram se casar escondido na igreja. Com 6 páginas no total, foi história de abertura publicada em 'Chico Bento Nº 85' (Ed. Globo, 1990).

Capa de 'Chico Bento Nº 85' (Ed. Globo, 1990)

Nela, Rosinha sonha que está se casando com o Chico na igreja com muitos convidados, quando o Chico a acorda, perguntando por que ela estava com cara de boba. Rosinha diz que é porque estava pensando no casamento deles. Chico fala que eles ainda são muito crianças, mas que um dia vão se casar sim.


Eles ficam de mãos dadas continuando a namorar e o pai da Rosinha aparece reclamando por que eles estão de mãos dadas. Rosinha tenta explicar, mas o pai a leva para casa porque não quer ver a filha namorando. Chico Bento fica brabo, mas logo tem uma ideia e corre para a casa da Rosinha, que estava triste na janela.

Rosinha fica feliz em ver o Chico e ele diz que estava pensando. Rosinha interrompe dizendo que ele é maluco, mas logo completa que é por causa do pai pegá-lo lá. Chico diz que é para eles se casarem e o pai não precisa saber. Com isso, eles vão a igreja falar com o Padre Lino.


Eles falam que querem se casar. O Padre Lino dá uma gargalhada e pergunta para quando vai ser. Eles falam que é para agora porque eles fugiram e vão se casar escondidos. Padre Lino pergunta aonde estão as testemunhas e Chico diz que vão arrumar. Logo depois, eles voltam com Zé Lelé e Ritinha, que serão os padrinhos. 

Padre Lino fica sem graça e diz que vai começar o casório, mas lembra que o casal não fez cursinho. Chico fala que ainda estão no primário e Padre Lino responde que é um cursinho  de casamento com outros casais para saber se conhecem um ao outro. Ele pergunta se a Rosinha sabe que o Chico ronca, já que a mãe dele havia falado, e diz ainda que não pode sair para roubar goiaba e deixa a esposa em casa, não pode gastar todo dinheiro em doces, que tem que ter uma casa, sustentar os filhos.


Chico Bento e Rosinha ficam assustados com o que o padre falou e Rosinha dá desculpa que esqueceu de fazer o dever de casa da escola e o Chico que tem que ajudar o pai na roça e vão embora, levando Zé Lelé e Ritinha. Padre Lino pergunta pelo casamento e eles falam que fica para outra vez. Quando vão embora, Padre Lino comenta que as crianças não sabem o que é casamento, mas dá uma olhada na janela, vendo tantos casais na rua discutindo até na frente do filho, se separando e até galo e galinha brigando, ele fica se perguntando se são só as crianças que não sabem o que é casamento.


História muito bacana, mostrando a inocência das crianças em relação ao casamento, que pensam que é só ir na igreja e receber bênção do padre. E, através do Padre Lino, mostra que não é só isso, mas claro, explicando sob a ótica das crianças para que possam entender. E ainda terminou com uma lição de moral e reflexão que muitos adultos não sabem também o valor de um casamento. Coloquei completa na postagem.


Eu gostava de histórias do Chico aprontando com o Padre Lino. Curiosamente, ele foi só chamado de "seu vigário" em vez de ser chamado pelo nome, mas na época, ele já era chamado de Padre Lino. As vezes tinham histórias com o pai da Rosinha implicando com o namoro da filha com o Chico, rendendo boas histórias assim. Essa história marcou a volta da Ritinha aos gibis, mesmo que como uma participação. Ela estreou em alguma história dos anos 70, como mostrou o álbum de figurinhas de 1979 e ficou sumida até voltar nessa. A partir de 1991, na história "Intrigas da oposição", de 'Chico Bento Nº 104', ela começou a fazer participações mais significativas, não sendo só uma participação como amiga deles.


Os traços muito bons também, com contornos bem grossos como eu gosto. Na época era muito comum ter histórias começando com uma cena de um fato que ia acontecer nela e um narrador se perguntando como aconteceu isso e que só lendo a história para saber como aconteceu. Por exemplo, em "Não sou cachorro, não", de 'Magali Nº 38', de 1990, aparece o Mingau transformado em um cachorro no primeiro quadrinho, e pra saber como foi que ele virou cachorro, só lendo a história. Normalmente, essa cena em destaque de primeiro quadrinho poderia ser a capa do gibi, caso fosse com alusão à história de abertura.