sexta-feira, 29 de julho de 2016

Maurício: o Início - Os Primeiros Livros do Criador da Turma da Mônica


Nessa postagem faço uma resenha sobre o livro "Maurício: o Início - os Primeiros Livros do Criador da Turma da Mônica", lançado em 2015 pela Editora WMF Martins Fontes.

O livro é uma compilação de 3 livros infantis que o Mauricio lançou pela Editora FTD em 1965. Foi a primeira coleção de livros que ele lançou na carreira e por isso a importância histórica. Cada livro original tinha capa dura e era composto de 2 histórias, uma de cada personagem: no livro do "Niquinho e caixa da Bondade" tinha junto uma história do Chico Bento; o livro "O Astronauta no planeta dos homens sorvete" tinha também  "Zé da Roça... e o dragão que não existia"; e o do Piteco, tinha "Penadinho contra o Caçador de Cabeça". Todas as histórias foram roteirizadas e desenhadas pelo próprio Mauricio e arte-final de paulo Hamasaki.

Capas dos livros originais de 1965

Então, agora para comemorar os 80 anos do Mauricio, foi criado uma reedição desses livros, reunindo todos em um só, com processo de restauração para que o público possa ter acesso a esse material. "Mauricio: O Inicio" tem capa dura, papel de miolo offset, 212 páginas no total, com formato 19 x 27,5 cm, igual aos livros originais de 1965. A capa eles tiraram da contracapa que vinham nos livros originais, colocando agora um fundo azul.

Agora o preço que é muito caro, custando atualmente R$ 104,90. Na verdade, custava R$ 99,80 e teve esse reajuste depois de alguns meses. Eu só comprei agora porque consegui 50% de desconto, pesquisando na internet. Com isso, paguei R$ 52,45 pelo preço de capa mais um frete de R% 5,00. Sem desconto não dá para comprar com esses preços absurdos que insistem em colocar nesses livros.

Suporte da página traseira da capa dura

Cada livro original ocupou 32 páginas, mostrando para cada livro a capa original e logo a seguir sua história, seguindo a sequência de lançamento. Tipo, depois da história do Niquinho veio a do Chico Bento que pertencia ao livro original, e assim por diante. Infelizmente tiveram alteração de erros de cores e colocaram ortografia atual. Tiveram muitos erros primários como personagens com rosto laranja, amarelo, por exemplo. Apesar de nos "Extras" do livro, mostrar algumas imagens de erros de cores dos originais, ainda acho que deviam ter mantido todos os erros para gente ver exatamente como era que saiu.

O livro tem suporte nas capas duras mostrando tirinhas que sairam em jornais dos aos 60. Nos livros originais eram assim e preservaram isso agora.  abre com um prefácio escrito pela pesquisadora de quadrinhos Sônia Maria Bibe Luyten, falando sobre o livro e por ser a primeira coleção de livros infantis do Mauricio. Logo em seguida vem a reedição dos livros. cada um colocando a sua capa original e em seguida as histórias. Normalmente, uma ilustração gigante em cada página e um texto breve inserido, bem semelhante a livrinhos infantis comuns. Mas em alguns tiveram texto em uma página e ilustração na outra e em outros duas ilustrações em algumas páginas. Curioso também que palavras em aspas, colocavam o símbolo  "<<  >>." entre as palavras.

No geral, são histórias bem simples, de fácil leitura para crianças pequenas, seguindo o estilo do Mauricio de mostrar fantasias, imaginação e mensagens positivas em suas histórias. Muitos também serviram para apresentação de personagens, de conhecer personalidade de forma mais ampla, porque eles só eram visto brevemente em tiras de jornais na época.

Contracapa da edição

O livro do Niquinho é o mais interessante de todos, afinal ele é um personagem esquecido e que não vemos material dele por aí. Em "Niquinho e a caixa da bondade" descobrimos que ele é um menino muito pobre que mora em favela que pedia dinheiro na rua porque a mãe estava desempregada. Ou seja, um personagem politicamente incorreto e sem chance de ver em gibis infantis hoje em dia. Ele também gosta de praticar bondade com os outros, sempre pronto para ajudar. Mauricio não quis continuar com o personagem por ter achado muito sofredor.

Na história, enquanto o Niquinho pedia dinheiro na rua, ele encontra 2 bandidos que dão uma caixa velha para ele dizendo que tinha muita bondade nela. Mas, de repente tudo começa a dar certo na vida do Niquinho, desde que ele passou a ter posse dessa "caixa da bondade". Curioso que nos anos 60 já era discutido desemprego e pobreza e presença de bandidos, tudo de forma aberta em livrinho infantil. Outros tempos. O texto da história apareceu nas próprias ilustrações.

Trecho da HQ "Niquinho e a caixa da bondade"

Em "Chico Bento" mostrou o cotidiano do personagem, como era sua vida na roça e sua ida até a casa da Vó Dita para contar histórias de assombração pra ele. Uma típica de apresentação solo do Chico, para o público conhecer melhor o personagem, já que na época ele era coadjuvante nas tiras de jornais do Zé da Roça, que era o personagem principal do núcleo caipira. Texto apareceu em uma página e ilustração na outra. De curiosidade vemos que o pai do Chico se chamava "Nhô Zé Bento" e sua mãe, "Nhá Zefa". E teve um amigo negro chamado Jeremias, mas que não era o Jeremias da Turma da Mônica.

Trecho da HQ "Chico Bento"

"O Astronauta no planeta dos homens-sorvete" mostra uma história de um planeta com habitantes sorvetes e picolés que ficam ameaçados com a chegada de dois seres de fogo, que fazia derreter todos sempre que se aproximavam. Texto inserido nas próprias ilustrações, sendo que algumas páginas tinham 2 ilustrações. Vemos que o Astronauta era desenhado bem diferente e tinha cor de uniforme bem diferente do que se tornou a partir dos anos 70.

Essa história depois foi republicada, sendo redesenhada com estilo de gibis dos anos 70, que saiu em 'Mônica Nº 28', (Ed. Abril, 1972). Ou seja, uma história clássica do Astronauta.

Trecho da HQ "O Astronauta no planeta dos homens-sorvete"

"Zé da Roça... e o dragão que não existia", mostrou a história do zé da Roça e Hiro que viram um dragão na mata e eles mesmo ficam com dúvida se estavam vendo o dragão mesmo ou se era imaginação deles. Daqueles tipos de histórias que o Mauricio gostava de fazer de despertar imaginação, deixando dúvida se aconteceu mesmo ou foi tudo imaginação dos personagens, deixando o leitor fazer a sua própria interpretação.

É do tempo em que o Zé da Roça e o Hiro eram os personagens principais. vemos que o Hiro tinha camisa azul e se chamava Hiroshi, só algumas páginas que colocaram Hiro. Apareceu o pai do Zé da Roça nela, que se chamava "Nhô Nito". O texto foi inserido nas próprias ilustrações, sendo que algumas páginas tinham 2 ilustrações.

Trecho da HQ "Zé da Roça... e o dragão que não existia"

Em "Piteco", o povo da Aldeia passa fome e Piteco vai à caça de um dinossauro. No caminho, ele salva um dinossauro dócil com o pé cravado com espinho e ai o dinossauro agradecido o segue até à Aldeia, mas o povo cheio de fome quer comer o dinossauro. Os textos da história foi inserido nas próprias ilustrações, sendo que em algumas páginas tinham 2 ilustrações. De personagem fixo da Turma do Piteco, só a Thuga que apareceu. Interessante ver o Piteco e a Thuga com cores de roupas bem diferentes do que dos gibis. Mais tarde fizeram histórias parecidas nos gibis, com o Piteco adotando dinossauros que ele encontrava em suas caçadas. 

Trecho da HQ "Piteco"

"Penadinho contra o caçador de cabeça" vemos o cotidiano do personagem no cemitério, junto com seus amigos fantasmas e monstros e o perigo de um caçador de cabeça que queria a cabeça do Cranicola. Basicamente, a metade da história foi apresentação dos personagens, mostrando a origem e como foi que eles surgiram no cemitério e até algumas piadinhas em cima deles e a outra metade que mostrou a sinopse da história do caçador de cabeça. Curioso do Zé Vampir sendo apresentado como um garotinho. Texto em 1 página e ilustração na outra, com falas em balão na maioria das ilustrações.

Foi a primeira vez que personagens como Zé Vampir, Muminho, Cranicola e Frank apareceram em histórias do Mauricio. Depois nos gibis, quando tinha histórias do Penadinho, os monstros apareciam de vez em quando nos anos 70, sendo que prevaleciam histórias do Penadinho contracenando com fantasmas. Eles só passaram a ter características próprias, inclusive cada um protagonizando histórias solo com o lançamento do gibi do Cascão em 1982, quando a Turma do Penadinho passou a ter histórias frequentes nos gibis.

Trecho da HQ "penadinho contra o caçador de cabeça"

No final tem "Extras" mostrando algumas páginas dos originais escaneadas, mostrando alguns erros de cores que sairam, além de falar como foi o processo de criação do livro e uma entrevista com o Mauricio de como ele criou os livros na época e suas curiosidades e miniaturas das propagandas originais dos livros que sairam no suplemento "Folhinha de São Paulo".

Como podem ver, mesmo sendo livros infantis para crianças pequenas, tem muitas raridades dos primórdios da carreira do Mauricio, tudo produzido por ele, seguindo o seu estilo de histórias do estilo de despertar imaginação e mostrar uma mensagem positiva por cima delas. Para quem gosta de raridade e saber como foram os primeiros trabalhos do Mauricio, vale a pena comprar esse livro, mas claro pesquisando bem descontos na internet porque o preço é muito caro pra comprar em livrarias físicas.

terça-feira, 26 de julho de 2016

Capa da Semana: Chico Bento Nº 58

Nessa capa, o Chico colocando uma placa de proibido caçar na mata e ironicamente acaba acertando com o martelo uma onça que estava atrás dele. Ou seja, sem querer acabou caçando a onça que não era para ser.

Curioso que como a etiqueta de preço ficou fora do lugar, deu para ver que teve um desconto no preço da revista na época. Pelo certo, era mais caro em relação ao preço de capa quando tinham etiqueta.

Capa dessa semana é de 'Chico Bento Nº 58' (Ed. Globo, Abril/ 1989).


sábado, 23 de julho de 2016

Cebolinha: HQ "De novo, Seu Juca?"

Nessa postagem mostro uma história de quando o Cebolinha e a Mônica perturbaram o Seu Juca quando ele foi jardineiro. Com 5 páginas no total, foi publicada originalmente em 'Cebolinha Nº 70' (Ed. Abril, 1978).

Capa de 'Cebolinha Nº 70' (Ed. Abril, 1978)

Nela, a Dona Cebola, mãe do Cebolinha, pede para ele levar um café para o jardineiro da casa. Quando o Cebolinha chega lá, ouve o jardineiro cantando enquanto faz poda na moita e o Cebolinha reconhece pela voz e jeito de dançar que era o Seu Juca. Com a animação de tê-lo visto, Cebolinha faz derrubar o café quente na bunda do Seu Juca e ainda sobe em cima dele, perguntando o que ele faz lá, já que na última vez estava com uma camisa engraçada (camisa de força).


Seu Juca, já desesperado por ter visto o Cebolinha, fica pensando como foi a última vez que eles se encontraram, pensando que quando saiu do hospital ia trabalhar como jardineiro para ter descanso e acaba caindo lá. Cebolinha pergunta se ele está triste e logo emenda que ele está triste porque está com saudades da turma e trata logo de ir chamá-los. Seu Juca impede, falando que não precisa porque está alegre.


Mônica aparece, perguntando para o Cebolinha qual era a piada. Seu Juca ao vê-la trata logo de se esconder na moita. Mônica estranha, corta a moita e vê que era o seu Juca, sendo que ela acabou cortando o cabelo dele, deixando careca. Mônica pergunta desde quando ele resolveu ficar careca, e aí o Seu Juca percebe que perdeu o cabelo e começa a chorar. Mônica pensa que está chorando de felicidade em vê-los e diz que estão felizes também e vão ajudá-los a cuidar do jardim. 

Foi só Seu Juca aceitar a ajuda deles que na mesma hora é derrubado pela escada que o Cebolinha carregava e faz com que ele caia dentro do saco de folhas que havia cortado. Mônica pergunta aonde está o seu Juca, ele aparece dentro do saco e Cebolinha trata de bater com a escada e Mônica dá pauladas, pensando que era um monstro-folha. Aí descobrem que era o Seu Juca, pensando que ele estava dormindo dentro do saco.


Depois de um tempo, Cebolinha estranha estar cuidando do jardim a 1 quilômetro de distância do Seu Juca, que fica aliviado por ter se livrado dos pestinhas. Mônica faz o alicate soltar da mão e com a sua força vai parar em uma árvore que estava uma coruja, que acaba voando tonta e se choca com um pássaro, que cai no lago em que estava um sapo, que voa e acaba batendo uma pedra gigante que estava em uma ladeira e acaba se chocando direto no Seu Juca.

No final, passa um tempo, Seu Juca está internado no hospital todo quebrado, com gesso no corpo inteiro. O médico comenta com a enfermeira que Seu Juca está se recuperando bem, mas logo ele começa a dar umas risadas de louco, e o médico estranha que ele estava bem até agora pouco. Na verdade, Seu Juca passou a enlouquecer quando viu da janela que a turminha estava indo visitá-lo no hospital.


Muito engraçada essa história, bem voltada aos absurdos típicos dos quadrinhos e desenhos animados. Seu Juca sofreu muito dessa vez, Cebolinha e Mônica pegaram pesado com ele, com direito a ficar careca e ser espancado com escada e paulada, inclusive. Eles eram bem mais perversos com o seu Juca do que atualmente, sem comparação. Seu Juca fica doido só com a presença de alguém da turminha, só avistar é como se visse assombração, coisa típica esquizofrênica. Eles aprontam muito com ele, sem intenção, mas se soubesse se controlar, conseguiria contornar os pestinhas.

Gosto de quando eles veem e já gritam logo "Seu Juca" com sorriso de orelha a orelha. Eles gostam do Seu Juca, mas ele tem pavor da turminha e com o jeito de tratar logo de se livrar deles, acaba se complicando mais. A turminha, por sua vez, não se manca que Seu Juca não gosta deles, e fazem as coisas sem querer só para "ajudá-lo", mas acabam o atrapalhando ainda mais as atividades. Nessa postagem AQUI falei mais sobre o personagem Seu Juca.


Interessante também que mostravam a última aparição que teve, como que aconteceu na história passada. Por ser uma das primeiras histórias do Seu Juca e suas aparições eram ocasionais, costumavam muito colocar títulos como "De novo, Seu Juca?", "Seu Juca novamente", "Mais uma vez Seu Juca", etc. Depois que passou a ser um personagem frequente, passaram a colocar títulos mais elaborados.

Os traços típicos do final dos anos 70, com uma característica muito marcante da língua dos personagens ocuparem quase toda a boca deles. Achava engraçado esses traços. E teve alguns erros de cores de deixarem de pintar a língua dos personagens. Na postagem a coloquei completa.  Ela foi republicada depois no 'Almanaque do Cebolinha Nº 5' (Ed. Globo, 1989). Abaixo, a capa desse almanaque:

Capa do 'Almanaque do cebolinha Nº 5' (Ed. Globo, 1989)

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Capa da Semana: Magali Nº 176

Uma capa muito criativa com a Magali animada em seu Jet Ski só que em vez de ser um tradicional, é todo de banana, bem a sua cara. Afinal, com a Magali tudo dela tem que lembrar comida.

A capa dessa semana é de 'Magali Nº 176' (Ed. Globo, Março/ 1996).


domingo, 17 de julho de 2016

Tirinha Nº 40: Cascão

Uma tirinha do Cascão sem envolver banho e sujeira, com Cascão e Cascuda namorando e a Cascuda falando que não para de pensar no Cascão o tempo todo, mas apenas no interesse de cobrar do Cascão o dinheiro que está devendo para ela. Muito engraçada.

Tirinha publicada originalmente em 'Cascão Nº 226' (Ed. Globo, 1995).


quinta-feira, 14 de julho de 2016

Magali Nº 29 - Editora Globo



Em julho de 1990 chegava nas bancas o gibi 'Magali Nº 29'. Nessa postagem faço uma resenha de como foi esse gibi.

A capa ficou muito bacana, com a Magali tomando várias bolas de sorvete. De curiosidade foi uma ilustração que já existia, tirada mais precisamente do álbum de figurinhas "Turma da Mônica" de 1979. Com muita produção de gibis, às vezes eles aproveitavam desenhos que já existiam para criarem as capas e aí faziam só algumas adaptações no cenário se fosse necessário. No caso, o desenho da Magali já existia e foi inserido uma árvore para ilustrar a capa.

O gibi teve 7 histórias no total, incluindo a tirinha final. Todas bem curtas, variando até 6 páginas, ou seja, bem objetivas e direto ao ponto. Nos gibis da Magali tinha a particularidade de histórias como secundários do Dudu e Mingau, às vezes com Quinzinho, com participação ou não da Magali. Ou seja, só personagens da turma da Magali que haviam sido criado com o lançamento da revista dela e esse gibi seguiu esse estilo.

A história de abertura foi "Gente fina é outra coisa", com 6 páginas. Nela, a Magali exibe a sua bermuda nova par ao cebolinha, que fala que a bermuda é legal, mas as pernas dela são finas demais. Magali fica uma fera e começa a xingá-lo de desaforado, trocador de letras e cabelo de espeto. Logo depois, encontra o Jeremias, que fala que as pernas dela pra ficarem finas têm que engordar bastante e a Magali o xinga de desaforado, bonezudo e chatonildo.

Trecho da HQ "Gente fina é outra coisa"

Magali vê o Cascão, pergunta se as pernas dela são finas e ele diz que não, porque ela que é magrinha por inteiro. Logo depois, chove e a Magali não se molha de tão magra que é. Ela chega em casa chorando e telefona para Mônica contando a situação. Mônica dá conselho que o importante é a gente gostar do jeito que a gente é porque ninguém é perfeito. Diz ainda que não chora quando a chamam de dentuça, que o Cebolinha fala errado, o Jeremias tem pernas tortas e o Cascão não sabe como ele é de tão sujo que anda e nenhum deles ligam para isso. No final, Magali fica aliviada e as duas colocam as suas bermudas novas para sair na rua. Então, os meninos olham e começam a gritar que a Mônica tem perna grossa e ela fica com muita raiva.

Tem uma boa mensagem para as pessoas não ligarem para provocações, não mudar só por causa dos outros e se sentir bem do jeito que é. É curta para uma história de abertura e mesmo assim não deixou de mostrar o seu recado. Mostra também tipo de característica da Magali magrinha, que come e não engorda nem um grama. Até foi desenhada mais magra de costume para realçar isso. Hoje em dia evitam histórias assim por causa de bullying, por outro lado deixam de transmitir mensagens como essa. Eles até ainda colocam os meninos xingando a Mônica de vez em quando por ser essência da turminha, mas evitam o máximo e só deixam porque a Mônica reage dando coelhada nos meninos (ou só correndo atrás, sempre que possível, para evitar violência).

Trecho da HQ "Gente fina é outra coisa"

Em seguida vem Mingau com "Gato novo na casa", de 6 páginas. Nela, o Mingau encontra um gatinho dormindo na sua cestinha e chega até pensar que estava na casa errada. Ele vê que está na casa certa e tenta agredir o gatinho, quando Magali aparece e diz que o encontrou na rua que nem como achou o Mingau e o Pompom é o novo gato da casa. Mingau fica com ciúme e quer avançar nele e Magali diz que eles têm que ficar amigos.

Mingau passa a maltratar Pompom, mostrando regras que ele é o dono do pedaço e que na cesta só cabe um, que Pompom não pode tomar o leite dele, não pode brincar com os brinquedos e só o Mingau que pode ficar no colo da Magali. Pompom começa a chorar e Mingau com pena cede a sua bolinha para elebrincar. Os 2 acabam brincando juntos na casa toda, tomam leite juntos e dormem juntos na cestinha.No final, Magali aparece que vai doar o Pompom para Denise porque ela não tem nenhum gatinho e percebeu o ciúme dele com o Pompom. Aí, Mingau corre para frente pra cesta rosnando para impedir que a Denise leve o Pompom.

Trecho da HQ "Gato novo na casa"

Mostra o Mingau ciumento por encontrar um outro gatinho dividindo o espaço dele. Sem contar que é o que acontece na realidade quando um dono arruma outro bichinho de estimação para casa, deixando o primeiro com ciúme. Deu pena do gatinho Pompom sendo maltratado pelo Mingau, mas pelo menos no final ficaram amigos. Engraçada a parte do Mingau olhando para o lado de fora da casa, olhando o número, para saber se entrou na casa certa. Como gato sabe ver número? São absurdos que faziam toda a diferença. Nessa história , a Magali mora na casa nº 766, mas isso não era padrão e sempre mudavam os números das casas dos personagens. E Denise apareceu como sempre desenhada diferente a cada história que aparecia.

Em "Missão divina", de 4 páginas, Noé recebe uma missão de construir uma arca e reunir um casal de cada espécie de animais. mas, Magali, como sua filha na história, acaba reunindo pares de frutas, verduras e legumes, sempre aproveitando pra comer as outras que restaram das plantações, com noé informando isso no final. Histórias com temas bíblicos eram bem explorados nos gibis, sempre adaptados na versão da Turma da Mônica.

Trecho da HQ "Missão divina"

"O gato comeu?" foi uma história de 2 páginas em que a vizinha comenta com a mãe da Magali que o filho arrumou um gato, mas que sempre rouba e come toda a comida que deixa na mesa quando ela se destrai. Dona Lili diz que o Mingau até tenta, mas a Magali sempre é que chega antes dele. Essa vizinha não apareceu mais nas histórias. Abaixo, a história completa:

HQ "O gato comeu?"

Dudu aparece em "O Chorão", com 5 páginas. Nela, o Dudu chora por qualquer coisa. Primeiro porque Franjinha não quis jogar ludo com ele, depois que Magali aceita jogar, chora porque queria ficar com as pedras vermelhas e porque perdeu o jogo. Chegando em casa, faz birra para a mãe, Dona Cecília, porque não quer tomar banho. Já na banheira chora porque a água está fria, depois porque está gelada e faz escândalo na hora do banho tão alto que o pessoal na rua pensa que ele está sendo torturado. Chora também na hora de sair do banho, reclamando de frio e na hora de colocar a roupa. Aí, na hora da janta, chora que não quer comer e a Dona Cecília aproveita que está com boca aberta e taca comida na boca dele e ele para de chorar com medo da mãe fazer isso de novo.

Foi criada para fugir um pouco da característica do Dudu não querendo comer e estavam querendo inserir característica do personagem como um pestinha, apesar que a piada final foi envolvendo comida. Não era muito comum o Dudu como pestinha, só de vez em quando.

Trecho da HQ "O chorão"

Termina com "Cinema a dois", de 5 páginas, com Quinzinho levando a Magali para o cinema, mas sempre sai da sessão para comer algo. Na porta de entrada, ela come pipoca, depois sai da sala pra comprar chocolate, depois refrigerante e por fim no banheiro. Como o Quinzinho sempre saia atrás para saber onde a namorada foi, acabou perdendo o filme. No final, eles resolvem alugar um filme para assistir na casa da Magali, mas quando o filme começa ela sai do lado dele para jantar.

O Quinzinho ainda não era visto como namorado oficial porque nas primeiras edições da Magali apareciam outros namorados para ela ou garotos que ela ficava a fim de ficar fora o Quinzinho. Isso só normalizou em meados de 1991.

Trecho da HQ "Cinema a dois"

A Tirinha final com Magali pintando restos de frutas enquanto Mônica e Cebolinha pintam frutas inteiras. Quando não tinha a Marina, qualquer personagem podia ser pintor.

Tirinha da edição

Então muito legal esse gibi. Interessante que a Magali apareceu em todas as histórias, até as dos secundários, fazendo participação. Traços excelentes em todas as histórias e dá para notar que foi bem explorado o universo da Magali. Sem dúvida vale a pena ter na coleção.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Capa da Semana: Cebolinha Nº 15

Nessa capa, a Mônica controla o Sansão por controle remoto para que ele crie vida para dar uma surra no Cebolinha por ter dado um nó na orelha dele. O Cebolinha ficou sem entender nada como o Sansão criou vida. Provavelmente esse controle foi uma invenção do Franjinha.

A capa dessa semana é de 'Cebolinha Nº 15' (Ed. Globo, Março/ 1988).


sexta-feira, 8 de julho de 2016

Uma história do Rei Leonino e o seu primo Leopoldo


Mostro uma história de quando o Rei Leonino recebeu a visita do seu primo que estava em busca de moradia e um emprego no Palácio Real. Com 7 páginas no total, foi publicada originalmente por volta de 1982, mas que eu li primeiro republicada no 'Almanaque da Mônica Nº 13' (Ed. Globo, 1989). 

Capa de 'Almanaque da Mônica Nº 13' (Ed. Globo, 1989)

Rei Leonino está descansando quando ouve uma barulheira. Ele quer saber quem ousa interromper a sua meditação real e descobre que eram os guardas impedindo um leão de invadir o Palácio. Era o seu primo Leopoldo, que diz que os tempos estão difíceis, abandonou a vida do circo e resolveu procurar o Rei Leonino para morar no Palácio, prometendo que iria trabalhar enquanto estivesse lá, mas com interesse mesmo de um emprego como ministro. 


A princípio, Rei Leonino diz que não sabe, mas diante do lamento do Leopoldo, chorando que o próprio primo não o aceita, Rei Leonino fica com pena, vasculha o arquivo real e arruma um emprego de secretário para o primo e avisa ao ministro Luís Caxeiro Praxedes que o primo vai trabalhar com eles a partir de agora.


Depois passa um tempo e Rei Leonino pede ao Luís Caxeiro para ler os relatórios. Quando ele lê, era uma receita de bolo. Rei Leonino quer saber que diabo era aquilo e o ministro fala que deve ter pegado o papel errado. Com outro papel, Luís Caxeiro lê uma história da Chapeuzinho vermelho. Rei Leonino, irritado, quer saber quem separou aqueles papeis e o Luís Caxeiro diz que foi o primo dele, o novo secretário.

Rei Leonino vai até onde estava o Leopoldo e quer satisfação por que trocou os papéis do relatório. Leopoldo diz que eram monótonos e trocou por algo mais interessante, aí Rei Leonino exige que ele entregue os relatórios, mas Leopoldo fez aviõezinhos com todos eles. Rei Leonino diz que foi um engano ter dado um cargo de secretário e agora o primo a ser o vigia do Palácio Real, substituindo o outro que está gripado.


Leopoldo fica na entrada do Palácio, falando que é um cargo de responsabilidade e precisa ficar atento, porém acaba dormindo de repente. Rei Leonino vai conferir como ele estava se saindo e encontra o primo dormindo em pé. Rei Leonino o acorda e dá uma bronca de como ele ousa dormir na hora do serviço. Leopoldo diz que se distraiu e que é chato ficar parado o tempo todo sem fazer nada.


Diante disso, o Rei Leonino dá ao primo um cargo de cozinheiro real. Chega a hora da janta, a comida demora e Rei Leonino diz que está com uma fome de leão e quer saber onde está o cozinheiro. Ele vai até á cozinha e vê o Leopoldo com barriga cheia por ter devorado toda a despensa, alegando que estava com fome atrasada e tinha muita coisa gostosa lá. Rei Leonino fica uma fera e Leopoldo diz para ele arrumar outro emprego mais de acordo com as aptidões dele. Rei Leonino fala que não há mais empregos e Leopoldo diz que ele é o rei e pode inventar um servicinho especial para o seu querido primo.


Rei Leonino, se convence que o Leopoldo tem razão e fala que tem algo com o talento dele. Então, a partir de agora ele será ministro. Na verdade, Leopoldo se transformou no "ministro da ventilação" e passou a abanar com folha de bananeira o Rei Leonino, que exige que o Leopoldo o abanasse mais rápido e diz que é mais agradável trabalhar com ar condicionado, conseguindo, assim, dar o troco no primo interesseiro, terminado assim a história. 


Muito engraçada essa história com o primo do Rei Leonino querendo se dar bem e ter mordomia com um emprego fácil por saber que ele era o rei da mata. Arruma muita confusão até o Rei Leonino colocá-lo no seu devido lugar. A MSP gostava de colocar histórias com parentes dos personagens, principalmente criar um primo ou prima para eles, que causavam muitas confusões. Normalmente apareciam apenas em uma história e, então, o Leopoldo só apareceu nessa.

Legal o Rei Leonino falar a expressão "Que diabo é isso?". Provavelmente, hoje em dia essa expressão seria mudada para algo do tipo "Que é isso?", "Que palhaçada é essa?" nos gibis para evitar a palavra "diabo" em vão.


Traços muito bons, por sinal, bem característicos dos anos 80. Na postagem a coloquei completa. Acabou sendo sem título, apenas colocando "Rei Leonino". Era muito comum ter histórias de personagens secundários colocando só nome do personagem, principalmente com o Astronauta.

terça-feira, 5 de julho de 2016

Capa da Semana: Mônica Nº 35

Uma capa bem simples e muito legal com a Mônica como um quadro de "Monalisa" e de repente o quadro cria vida e dá uma surra no Cebolinha, que fica com olho roxo. Com certeza  a "Mônicalisa" deu uma coelhada nele. 

A capa dessa semana é de 'Mônica Nº 35' (Ed. Globo, Novembro/ 1989).


sábado, 2 de julho de 2016

Pockets L&PM: O Amor Está No Ar / Ê, Soneca Boa! / Procurando Diversão


Em 2015 foram lançados os pockets L&PM "O Amor Está No Ar", "Ê, Soneca Boa" e "Procurando Diversão". Comprei esses e nessa postagem faço uma resenha como foram essas edições.

Em comum nos 3 pockets, eles têm 128 páginas, formato de bolso 10,5 x 17,5 cm, papel de miolo off-set e reúnem tiras que saíram nos jornais, com 2 por página em preto e branco, na horizontal, seguindo cronologia. Os textos seguem a ortografia atual e as imagens das capas foram retiradas de alguma tirinha publicada na edição. 

Os preços tiveram reajuste e os 3 custam agora R$ 16,90, contra R$ 14,90 pelo pocket "Turma do Penadinho - Alguém viu uma assombração?" e R$ 13,00 pelos demais pockets anteriores. Ou seja, estão ficando caros. Eu consegui esses com desconto comprando na internet e então saíram mais em conta. "O amor está no ar" paguei R$ 8,55, "Ê, soneca boa" por R$ 11,90 e "Procurando diversão" por R$ 10,90, em livrarias diferentes. Até os livros recentes "Coleção Histórica Mauricio - Bidu Zaz Traz" consegui comprar com descontos bem consideráveis, sendo "Bidu Zaz Traz" paguei R$ 69,50 (preço normal R$ 102,00) e "Mauricio, O Início" paguei R$ 52,45 (preço normal é 104,00). Por causa dos fretes, tudo ficou por R$ 161,00 e se comprasse pelo preço de capa, pagaria R$ 256,70. Por isso tem que pesquisar bastante e não ter pressa para comprar logo para não pagar esses preços absurdos.

Exemplares lançados em 2015

A seguir comento o que pode encontrar em cada um desses 3 pockets, pela ordem de lançamento:


Turma da Mônica: O amor está no ar

Esse pocket teve 242 tiras no total da turma toda. Apesar de aparecer a Magali na capa, as tiras não são só dela nem com tema romance ou só com personagens apaixonados. A maioria são do Cebolinha. A imagem da capa, sempre tirada de alguma tirinha da edição, foi tirada da tira da página 82. Como foram 2 tirinhas a mais (o normal é ter 240 tiras), eles tiraram do final da edição a seção "sobre o autor", falando sobre o Mauricio de Sousa.

Uma página do pocket "O amor está no ar"

Reúne tiras em ordem cronológica, do número 5300 até 5545, que saíram originalmente em jornais de 1982 e 1983, com poucas puladas. Nelas, em muitas constam outros anos sem ser o ano original que saiu, variando até 1995, mas prevalecendo 1989. Isso é porque eles colocaram as tiras dos jornais que elas foram republicadas e não dos jornais de quando saíram pela primeira vez. Até porque impossível uma tira nº 5310 ser de 1990 e uma de nº 5311 ser de 1987, por exemplo. Em algumas omitiram o ano. Os traços a gente vê bem nítido que são do inicio dos anos 80, e não do final da década.

Nas tiras, no geral, vemos situações cotidianas da Turma da Mônica, mexendo com suas principais características. envolvendo trocadilhos, politicamente incorreto e as vezes fazendo alguma crítica social, como poluição, por exemplo. Além dos 4 personagens principais tem tiras com o Anjinho também. Curiosidade, que aparece o pai da Magali com visual diferente do que estamos acostumados. Na época, ele raramente aparecia e não tinha traços definidos, e quando surgia, sempre era desenhado completamente diferente.

Uma página do pocket "O amor está no ar"

Muitas delas são conhecidas pelo grande público, já que primeiro saíram nos pockets "As Melhores Piadas" da Editora Abril e "As Grandes Piadas" da Editora Globo e logo depois aproveitadas em gibis da Editora Globo dos anos 80 e 90. Afinal, as tiras que saíam nos gibis daquela época eram republicações das de jornais, principalmente as que tiveram 3 quadros. As que são formadas por 1 ou 2 quadros dificilmente saiam em gibis e aí sim são mais raras porém quem os pockets da Editora Abril e Globo irão lembrar de algumas. 

Então, se você olhar gibis da Globo dos anos 80 e 90 que compreende essa sequência de numeração, conhece essas tiras. Na contracapa mesmo já dá para perceber isso, que a gente já viu aquela tirinha republicada no gibi 'Magali Nº 60' da Editora Globo, 1991.

Contracapa do pocket "O amor está no ar"


Chico Bento: Ê Soneca Boa!

Esse é o 3º pocket L&PM do Chico Bento, dessa vez reunindo 240 tiras entre 1978 e 1979, seguindo sequência cronológica, com poucas puladas. As tiras, compreendidas entre número de 3449 a 3720, não alcançaram a época dos gibis e dos pockets "As Melhores Piadas" da Editora Abril e "As Grandes Piadas" da Editora Globo, então são mais raras de se ver por ai. A imagem da capa desse pocket foi tirada da tirinha da página 54.

Uma página do pocket "Chico Bento: Ê. soneca boa!"

Não são tirinhas só com o Chico preguiçoso, como parece ser na capa e sim com todas as características dele e da sua turma. Não mudaram os textos, deixando os personagens sem falar caipirês como era na época. De caipirês, só a palavra "você" que colocavam "ocê" nas tiras pra indicar que eles eram da roça, só para ter uns traços caipiras nas falas dos personagens. 

Tiveram muitas tiras com o Zé Lelé, personagem criado em 1974 e que só agora passou a ter destaque maior. Mesmo assim o Chico também tinha o seu lado lerdo em muitas tiras em que o Zé Lelé não aparecia. Hiro e Rosinha aparecem bastante também. Muitas piadas com o Chico preguiçoso, que não queria trabalhar na roça, burro na escola, enganando os pais, etc. Ou seja, repleto de situações incorretas. Tem também críticas sociais, principalmente relacionadas a Ecologia.

Uma página do pocket "Chico Bento: Ê. soneca boa!"

De curiosidade a professora (que ainda não tinha nome) aparecia com traços diferentes a cada aparição, era morena, loira, mais velha, mais nova, de acordo com o desenhista. E o Nhô Lau era chamado de Seu Juca e o Chico roubava de preferência maçãs, e não goiabas. Ou seja, tinha muita diferença as histórias do Chico dos anos 70.

Contracapa do pocket "Chico Bento: Ê. soneca boa!"


Turma da Mônica: Procurando diversão

Esse pocket teve capa e contracapa em papel couché em vez de ser cartonada como foram todos os pockets anteriores. A imagem da capa foi tirada da tira da página 87. Reúne 238 tirinhas entre 1983 e 1984, mas mostra datas até 1995 porque eles colocaram do jornal que elas foram republicadas (em algumas o ano foi omitido). 

Foram puladas poucas tiras desse período, colocando as tiras de nº 5550 até 5798. Bem semelhante ao "O amor está no ar", com os traços consagrados que estamos acostumados, sendo que com muito mais tirinhas que foram aproveitadas depois em gibis e nos pockets "As Melhores Piadas" da Editora Abril e "As Grandes Piadas" da Editora Globo, principalmente as que tem 3 quadros. Para quem tem gibis da Editora Globo com tiras nessa sequência de numeração conhece com certeza.

Uma página do pocket "Procurando diversão"

São tirinhas com a turma toda, com vários temas, sendo que a princípio seria um pocket do Cebolinha por ter imagem dele na primeira página antes de começar. Notei também mais tirinhas com o Cascão do que o costume. Vemos tirinhas com as características clássicas dos personagens, trocadilhos, com muitas cenas incorretas e críticas sociais em algumas. Tem também tiras semelhantes, que se não vimos no próprio pocket, já havia saído no pocket "O amor está no ar". Ou seja, mesma piada, só que redesenhadas.

Uma página do pocket "Procurando diversão"

O pai da Magali apareceu 1 vez e com o cabelo e estilo de traços que estamos acostumados, então pode dizer que foi em 1983 a primeira vez que apareceu assim em alguma publicação, mas que nos gibis a estreia dele nos traços assim somente na história da Magali chamada "Baita fome", de 'Mônica Nº 193', de 1986.

Contracapa do pocket "Procurando diversão"

Então, os 3 pockets são muito bons,  tirinhas muito engraçadas que dão gosto de ler. Pena que os da Turma da Mônica já estão nos anos 80 e essas tirinhas não são raras, mesmo assim são divertidas do mesmo jeito. Para quem busca raridades, e dar prioridade por enquanto a um só, recomendo o do Chico por ter tiras mais raras. Já quem não gosta dos traços dos anos 70 e não tem os últimos gibis da Editora Abril e primeiros da Globo, os da Turma da Mônica vão ser melhores. De qualquer forma,  todos os 3 pockets valem a pena ter na coleção.

Para finalizar, deixo um guia atualizado de todos que foram lançados até agora, para quem se interessar em colecionar os pockets da L&PM e tem dúvidas quais foram reedições da Panini de 2008. Eu expliquei melhor sobre isso AQUI. Foram lançados 19 pockets até agora e estão dispostos assim:
  • Pockets que seriam lançados pela Panini:
  1. "Mônica tem uma novidade"
  2. "Cebolinha em apuros"
  3. "Os Sousa - Desventuras em família"
  4. "Bidu arrasando"
  5. "Nico Demo - Aí vem encrenca"

  • Pockets que são reedições da Panini:
  1. "Mônica está de férias"
  2. "De quem é esse coelho"
  3. "Bidu - Diversão em dobro"
  4. "Chico Bento - Plantando confusão"
  5. "Penadinho - Quem é morto sempre aparece"

  •  Pockets novos da L&PM:
  1. "Pintou sujeira"
  2. "Chico Bento - Histórias de pescador"
  3. "Coleção 64 páginas - 120 tirinhas da Turma da Mônica" (reedição das tiras já lançadas em números anteriores até então)
  4. "Cadê o Bolo?"
  5. "Bidu - Hora do Banho"
  6. "Penadinho - Alguém viu uma assombração?"
  7. "O amor está no ar"
  8. "Chico Bento - Ê soneca boa!"
  9. "Procurando diversão"

Na dúvida de quais tem o mesmo conteúdo, esqueça os da Panini e compre só os da L&PM.