segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Edições Nº 500


O Blog completa 500 postagens. Então eu mostro como foram as edições "Nº 500" da turma. Nenhum teve 500 gibis na Editora Globo, por isso vou mostrar as edições que foram as verdadeiras 500, juntando todas as editoras se não tivesse reiniciado numeração.

Cascão e Chico Bento foram os primeiros a conseguiram alcançar essa marca histórica em 2001, ainda na Editora Globo, ambos nas suas edições  de "Nº 386". Na ocasião, a data passou em branco e as edições dos dois foram normais, já que na Globo eles não tinham essa preocupação de contagem com as 2 editoras e bem capaz de nem terem lembrado disso na época. Já os gibis da Mônica, Cebolinha e Magali, que alcançaram a marca pela Editora Panini em 2011, 2014 e 2015, respectivamente, tiveram edições especiais, feitas especialmente para comemorar a marca, cada um com sua particularidade. A seguir comento como foi cada edição individualmente:

Cascão:

A edição "Nº 386" da Editora Globo foi a que correspondeu ao "Nº 500", juntando 2 editoras (114 gibis da Ed. Abril e 386 da Globo, levando 19 anos para atingir a marca). Foi lançada em outubro de 2001 e uma edição absolutamente normal, com capa com piadinha do Cascão correndo atrás do Chovinista, que havia roubado o cofrinho de porquinho do Cascão para ele não quebrar.

A história de abertura foi "O truque das bolinhas", com 14 páginas, em que o Cascão faz malabarismo com 4 bolas e procura alguém para ver a sua façanha. Ele encontra o Cebolinha, mas sempre que o Cascão faz malabarismo, Cebolinha não está vendo, seja porque está lendo gibi do capitão Pitoco, ou desenhando, ou bolando plano infalível ou comprando sorvete, sempre está virado de costas. No final, Cascão se enfeza, taca as bolinhas no chão, que acabam fazendo um espetáculo de movimentos sincronizados e Cebolinha pede para o Cascão fazer aquilo de novo.

Trecho da HQ "O truque das bolinhas"

As demais histórias foram simples e tiveram várias histórias mudas, que predominavam os gibis daquela época. Nos últimos gibis quinzenais eram quase todo só com histórias sem palavras. Em alguns até as de abertura eram assim, ou senão só a abertura tinha texto e as demais mudas. Uma verdadeira encheção de linguiça, até porque muitas delas eram longas demais. Para ter uma ideia, de 6 histórias no total dessa edição do Cascão, incluindo a tirinha final, 3 delas foram mudas. Para ser mais preciso ainda, nesse gibi foram 17 páginas com texto e 12 páginas mudas. Um absurdo.

Histórias com secundários foram com Penadinho e Bidu, como sempre acontecia nos gibis quinzenais do Cascão de ter sempre histórias desses núcleos. A do Penadinho com texto e a do Bidu muda, para variar. E a última história muda também com intermináveis 7 páginas no total, cheia de enrolação ao extremo. Definitivamente não foi um bom gibi.

Trecho da HQ "O truque das bolinhas"

Chico Bento:

A edição "Nº 386" da Editora Globo, também lançada em outubro de 2001, foi a "Nº 500" (114 gibis da Ed. Abril e 386 da Globo, também levando 19 anos para atingir a marca, afinal Cascão e Chico tiveram lançamentos juntos de suas revistas em 1982). A capa com piadinha do Chico pensando em pescar um peixe enorme, mas no rio só tem peixes pequenos, e, assim como aconteceu com Cascão, uma edição normal, repleta de histórias mudas.

A história de abertura foi "História de pescador", com 8 páginas no total. Embora a capa com tema de pescaria, foi apenas piadinha mesmo e não teve nada a ver com a história. Nela, Seu Peixoto, comendador e magnata da indústria pesqueira vai tirar dia de folga em Vila Abobrinha. Ele ensina empreendedorismo para o Chico e como ganhar dinheiro com a pesca e depois de ter explicado, Chico diz que ele já se diverte pescando e não precisa de geringonça e de dinheiro. No final, Seu Peixoto pede para secretária vender tudo que ele tem e compra rum sítio em Vila Abobrinha.

Trecho da HQ "História de pescador"

O gibi teve 8 histórias no total, todas bem curtas, sendo que foram impressionantes 5 mudas. Ou foram completamente mudas, ou inserindo texto simples em quadrinhos avulsos. Para ter uma ideia, esse gibi teve 13 páginas com texto contra 16 páginas mudas. Ou seja, mais páginas sem palavras do que com texto. Quanto desperdício. Pior que a maioria dos gibis da época seguiam essa linha. Para mim, uma ou outra história curta sem texto tudo bem, mas gibi quase inteiro não dá.

De conteúdo, outro ponto curioso desse gibi foi que 5 histórias mostrando mensagem bonita e de reflexão, sem sombra de cenas incorretas que marcaram os gibis do Chico Bento. Dentre história de secundários, dessa vez foi do Piteco em vez do tradicional Papa-Capim. Sempre era o Papa-Capim que tinha histórias nos gibis quinzenais do Chico Bento, e sempre era de estranhar quando fugia disso. Nessa história do Piteco foi protagonizada por mamutes e só uma participação dele em 3 quadrinhos. Na de encerramento, foi outra muda, com texto só no último quadrinho. Esse gibi conseguiu ser pior do Cascão.

Trecho da HQ "História de pescador"

Mônica:

Lançada em junho de 2011, a edição "Nº 54" da Panini correspondeu a "Nº 500", juntando as 3 editoras (200 gibis na Ed. Abril, 246 na Globo e 54 da Panini, levando 41 anos para atingir a marca). Foi uma edição especialmente feita para a ocasião, toda pensada na marca histórica de 500 edições. A capa com referência a edição "Nº 1" da Editora Abril de 1970 e abre com frontispício com os personagens de mãos dadas e explicando que aquela era uma edição especial.

Frontispício da edição da 'Mônica Nº 500'

A edição teve 2 histórias principais, sem serem interligadas uma com a outra. A de abertura foi "As 500 edições da Mônica", com 32 páginas no total, dividida em 3 partes, em que a Mônica se dá conta que sua revista chegou ao "Nº 500", mas descobre que todas a suas 499 revistas anteriores sumiram misteriosamente da "Biblioteca das 500 edições", uma sala especial onde fica as memórias e lembranças de todo leitor. Na primeira parte, a Mônica é levada para a biblioteca pelo Jotalhão e a turminha e descobre do sumiço dos gibis.

Trecho da HQ "As 500 edições da Mônica"

Na 2ª parte, eles usam o lápis mágico da Marina, no estilo de histórias "Fuga pelos Infinitos Gibis" e vão percorrer os diferentes núcleos da MSP atrás dos gibis perdidos. Eles encontram vilões (que não apareceram em gibis anteriores) e cada vez que eles brincam com os vilões, representando situações de capas passadas, surge um gibi antigo. Tipo, quando brincam de piratas em uma jangada de madeira, aparece o gibi da 'Mônica Nº 3', de 1970; se brincam de bombeiros, aparece a capa do gibi da 'Mônica Nº 31', de 1972, e assim por diante. Ou seja, as referências não foram a histórias, e, sim a capas antigas.

Na 3ª parte, tem o mistério desvendado de quem foi que roubou os gibis. Descobre-se que o culpado foi a vida adulta de um leitor que cresceu e perdeu as lembranças da infância. Os gibis estavam em armário de vidro atrás dele, mas que nem a Mônica não conseguia quebrar. Eles conseguem fazer o adulto a lembrar da sua infância perdida, ele se transforma em criança depois de tudo lembrado e finalmente o armário se quebra, recuperando, assim, os gibis. No final, Mônica corre atrás do Cebolinha ao descobrir que sua revista "Nº 500" só ele aparecia.

Trecho da HQ "As 500 edições da Mônica"

Em seguida, vem uma página "Por que 500?" explicando o motivo daquela edição ser de "Nº 500", mostrando as numerações que tiveram em cada editora e capas das primeiras e últimas edições. Depois os passatempos, em 2 páginas, fizeram referência a histórias e capas antigas, só a seção de cartas normais.

A outra história foi "Outros 500!", com 34 páginas, em que o Xaveco altera o passado e se torna o personagem principal e a Mônica secundária, com ele tendo seu próprio gibi, inclusive. Então, Cebolinha viaja no tempo para consertar isso, através da máquina do tempo que usou na história "De volta para a historinha" ('Cebolinha Nº 60' - Ed. Globo, 1991).

Chegando no passado, ele sempre encontra Xaveco encarnando situações que eram da Mônica e o Cebolinha sempre consegue reverter, voltando a Mônica ser a principal. As passagens são da tirinha de 1963 e histórias "Mônica é daltônica?" (MN # 1, de 1970, que virou "Xaveco é daltônico?"), "Os Azuis" (MN # 15, de 1971, que virou "Os Amarelos"), "Romeu e Julieta" (MN # 115, de 1979), "Sansão! Esse é o nome do meu coelhinho!" (MN # 161, de 1983, que virou "Chavão, chaveiro azul de pelúcia"), "Mônica.,.. 100 forças" (MN# 100,de 1995) e "Rainha por um dia" (MN # 287, de 2002, que virou "Rei por um dia"). Em cada história, procuraram colocar traços parecidos como eram da época retratada.

Trecho da HQ "Outros 500!"

Chegando no presente, com Mônica já voltando a ser personagem principal, descobre-se que não era o Xaveco, e, sim a boneca Tenebrosa que queria dominar o mundo e ter a sua própria revista. Mônica consegue derreter a boneca Tenebrosa quando canta a sua música-tema. No final, o Sansão começa a falar e eles correm , pensando que ele estava "tenebroso". Mas era apenas o Gnomo do coelhinho que vive dentro dele, que havia aparecido nas edições "Nº 5" de 1971 e "Nº 92", de 1977.

Teve erro nessa "Outros 500!" com o Cebolinha falando que faltavam 2 anos e 2 meses para o o gibi dele chegar ao 500. O certo era 2 anos e 8 meses. E quando falaram que "Sansão! Esse é o nome do meu coelhinho!" é de outubro de 1983, mas na verdade é de setembro. Após essa, tem ainda uma história de 1 página sem título, com a Mônica ter lido essa última história, achando absurdo aquilo tudo e Cebolinha mexe com a Mônica, falando que está caduca por não lembrar das suas histórias antigas e ela sai correndo atrás dele. E a tirinha final também comemorativa.

Trecho da HQ "Outros 500!"

Achei um gibi legal, até os traços foram bacanas, só pecou no fato de na primeira história não mostraram os números das edições das capas retratadas. Além disso, em ambas histórias, foram poucas referências aos gibis da Globo. Prevaleceram gibis da Editora Abril e até os da Panini tiveram mais que da Globo. Nas miniaturas de capas mesmo pouquíssimas da Globo, e muitas delas, escondidas, como na cena da 2ª página da de abertura com a Mônica no quarto e as capas no alto, por exemplo. Podia ter também a Mônica batendo no cebolinha, e não, só correndo atrás dele. Coisas do politicamente correto.


Cebolinha:

Lançada em fevereiro de 2014, a edição "Nº 86" da Panini correspondeu a Nº 500, juntando as 3 editoras (168 gibis na Ed. Abril, 246 na Globo e 86 da Panini, levando 41 anos para atingir a marca). Com capa fazendo referência a Nº 1 da Editora Abril, 1973, esse gibi abre com um frontispício mostrando que é especial e a história de abertura foi "Cebolinha 500" com 37 páginas, dividida em 4 partes.

Nela, o Capitão Feio, inconformado que não teve uma história com ele na revista do Cebolinha "Nº 1" da Editora Abril, deseja reverter isso, voltando no tempo através do lápis mágico da Marina, que o Cebolinha havia roubado dela para fazer um plano infalível. Com o lápis mágico na mão, eles entram nos gibis antigos do Cebolinha e reencontram vários personagens antigos de todas as épocas. A partir daí, mostra personagens ou objetos pertencentes a histórias que marcaram época. No final, Capitão Feio se conforma que a história do gibi "Nº 500" foi com ele e a Mônica fala que a edição dela chegou à marca primeiro que a dele e então cebolinha abre a porta mágica para ele conseguir que sua revista seja lançada primeiro que a dela.

Trecho da HQ "Cebolinha 500"

Todas as demais histórias do gibi são interligadas entre si com o lápis mágico da Marina, com o Cebolinha sendo perseguido pela Mônica através das histórias. A 2ª história foi com Mister B; a 3ª, com o Penadinho; a 4ª, com o Louco; e na 5ª, com Seu Juca. Na última história, Cebolinha põe em prática o seu plano infalível que ele estava desejando lá na primeira história, quando ele pegou o lápis mágico da Marina e o Capitão Feio interrompeu. Ele desejava entrar na primeira tirinha de jornal que a Mônica apareceu, publicada de 1963, para ele não apanhar da Mônica e, com isso, ele se tornar o personagem principal. E a tirinha final também comemorativa á data.

Assim como a 'Mônica Nº 500', os passatempos dessa edição do Cebolinha também fizeram referência a data. Um ponto ruim do gibi foram as letras digitalizadas, sem as tradicionais feitas a mão. Gostei mais desse gibi foram lembradas histórias de todos os tempos e de todas as editoras enquanto que no gibi da 'Mônica Nº 500', as referências ficaram mais restritas às histórias da Editora Abril. Ou seja, o do Cebolinha ficou mais diversificado. Para mais detalhes dessa revista, entre AQUI.

Trecho da HQ "Cebolinha 500"

Magali:

Foi lançada em janeiro de 2015, com sua edição "Nº 97" da Panini correspondendo a "Nº 500", juntando 2 editoras (403 gibis da Ed. Globo e 97 da Panini, levando 26 anos para atingir a marca). A capa dessa vez não foi baseada na "Nº 1" da Ed. Globo, mostrando Magali comemorando a sua revista "Nº 500" com a turma, sua mãe e o Mingau. O gibi já começa direto com a história de abertura e não teve um frontispício anunciando que é comemorativa. Só história de abertura que foi especial, com 26 paginas, e as demais tudo normais.

A história de abertura foi "Magali 500 edições", com 26 páginas no total, em que a Bruxa Viviane aparece na casa da Magali reclamando que não foi convidada para a festa da 'Magali Nº 500'. Como a Magali não aceita a Bruxa Viviane participar da festa, ela lança um feitiço para a Magali dormir 500 edições, só que ela se engana com o feitiço e faz todos que estavam na festa dormirem. Com isso, foi o gancho para a Magali percorrer edições passadas para pegar ingredientes para preparar o elixir que irá desfazer o feitiço. No final, Magali consegue todos os ingredientes, todos acordam e comemoram as 500 edições da Magali, e ela deseja que o primeiro pedaço do bolo seja pra Bruxa Viviane e  o pedaço aparece aonde ela está.

Trecho da HQ "Magali 500 edições"

A personalidade da Bruxa Viviane ficou diferente, apareceu na casa da Magali só porque não foi convidada para a festa e ainda ajudou a Magali a desfazer o feitiço que ela fez errado. Foram poucas referências a histórias antigas, que começam só a partir da página 11. Tudo de forma breve e passageira. Colocaram referência à história "A Melancia", publicada em 'Mônica Nº 47' (Ed. Abril, 1974), ocupando 2 páginas com passagem dessa história e que no lugar podia colocar outras marcantes que saíram em gibis da Magali. E ainda erraram o número da edição, colocando "Nº 74" no lugar de "Nº 47". Faltou mesmo mostrar vilões, extraterrestres, comidas falantes, bruxas, fadas que marcaram os gibis da Magali.

O resto do gibi tudo normal, com 10 histórias no total, incluindo a tirinha final, sendo 5 histórias curtas de 1 ou 2 páginas (4 delas foram com a Magali), e 4 histórias mudas no total, incluindo essas curtas e a tirinha. Histórias de secundários com Penadinho, Tina, Piteco e Dudu. Nem os passatempos foram fazendo alusão á histórias antigas. Ou seja, foi uma edição feita às pressas, mais por obrigação mesmo pra não passar a data em branco. Para mais detalhes dessa revista, entre AQUI.

Trecho da HQ "Magali 500 edições"

Lembrando que os gibis da Mônica, Cebolinha e Magali tiveram uma edição especial para colecionadores com capa metalizada e miolo com papel couché, com o mesmo conteúdo das versões originais, com tiragem limitada e custando R$ 1,00 mais caro cada uma. Abaixo, a capa delas:

Capas das edições especiais comemorativas

Então, com certeza, mesmo com suas particularidades são edições especiais porque não é sempre que gibis conseguem atingir marca de 500 edições. Desses, Cebolinha foi melhor com mais referncias a todas as épocas, com Mônica também sendo legal. Magali podiam ter caprichado bem mais, já que foi pensada na ocasião especial, e Cascão e Chico, mesmo não sendo da Panini e não ter tido nada de especial, mas pelo menos podiam ter menos histórias mudas cansativas. Apesar de tudo, todas valem a pena ter na coleção pelo valor histórico de serem as verdadeiras "Nº 500".

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Gibizinhos Nº 1



Em agosto de 1991 eram lançados os "Gibizinhos", uma série de minigibis que marcou época. Em homenagem aos exatos  25 anos de lançamento, nessa postagem faço uma resenha como foram os 4 'Gibizinhos Nº 1'.

A cada número vinham 4 exemplares diferentes, um para cada personagem, sendo pelo menos um deles era de algum dos 5 personagens principais. Cada Gibizinho tinha formato 13,5 X 9,5 cm, 32 páginas, com capa e miolo todos em papel couché com cores bem vivas e sem propagandas no miolo, apenas nas página 2 e 32 da contracapa. O enquadramento das histórias foi inovador, em média 2 quadros por páginas para manter uma boa visão de leitura.  Foi uma grande novidade esse formato de histórias na época. Para saber mais detalhes dá pra conferir AQUI E AQUI.

Nessas edições "Nº 1" tivemos Gibizinhos da Mônica, Piteco, Anjinho e Bidu. De comum, em todos tiveram capa fazendo alusão à história de abertura (a maioria dos Gibizinhos tinham capas com alusão à história) e também uma página de passatempos na página 30. Todos com 2 histórias no total, com exceção do Piteco que foram 3. A seguir comento como foi cada exemplar individualmente.

Gibizinho da Mônica Nº 1

A história de abertura foi "Mônica-robô", com 14 páginas. Nela, o narrador se pergunta se são esboços da Mônica vindo dos estúdios Mauricio de Sousa. O inventor responde que era a sua nova criação, a menina-robô, que canta, dança, corre e faz tudo o que menina normal pode fazer, só não fala. Enquanto ele está falando, a Mônica-robô vai para a rua, para desespero do inventor.

Trecho da HQ "Mônica-Robô"

Na rua, Cebolinha encontra a Mônica-robô e, sem saber que era um robô, cumprimenta. Como ela não responde, ele grita se não vai falar com ele, a chama de mal-criada e pergunta se a mãe não lhe deu educação. Nota que ela está estranha, achando que está com um olhar de peixe-morto e sorriso meia-lua, que só poderia estar apaixonada e pergunta se o louco era o Robertinho ou o Armandinho.

Ela não responde nada e ele grita pra falar com alguma coisa e chama de dentuça. Nisso, surge uma coelhada por trás, pela Mônica verdadeira, que acaba atingindo a robô. Eles ficam assustados com a robô e saem correndo. Nessa hora, surge o inventor e vê a sua robô destruída. Mas, ele não liga, porque ele criou outros, apontado para os robôs do Cebolinha, Cascão e Magali, terminando assim.

Trecho da HQ "Mônica-Robô"

A seguir vem a história "Negócios", em que surge o Diabo disfarçado. Mônica fala em Deus e ele manda não repetir essa palavra. Mônica pergunta se ele é um mágico porque ele apareceu do nada. O Diabo diz que é o príncipe das trevas, o senhor do mal e propõe a ela fama, poder e riqueza. Ela diz em troca de quê e ele diz que bastava ela assinar um papel. Mônica diz que as letras são muito miúdas, que não dá pra ler. O Diabo diz que é para confiar nele, que está escrito que ela vai ganhar muitos brinquedos, riqueza.

Mônica diz que assina, mas antes vai falar com o empresário. O Diabo pergunta quem é e aí surge o Anjinho. O Diabo se assusta e vai embora sem Mônica assinar o papel. No final, Anjinho avisa que ele era o Diabo e ela diz que já sabia, rasgando o papel que era para vender a sua alma e provando que ela só estava se fazendo de desentendida.

Trecho da HQ "Negócios"

Deu pra ver que enquanto a primeira história foi bem simples, a segunda foi bem interessante com Diabo querendo comprar a alma da Mônica. Eles gostavam de criar histórias de Diabo e com esse tema  dos personagens assinarem contrato para venderem a alma para ele. Hoje é altamente incorreto e impublicável, mas na época de tão  comum que saiu em um Gibizinho mais voltado a crianças em fase de alfabetização. Outros tempos.


Gibizinho do Piteco Nº 1

Esse foi primeiro Gibizinho que comprei da série porque estava sendo vendido separado em uma banca. Pensava que até que estavam lançando um gibi mensal do Piteco, só que em outro formato. Só em outro dia que fui descobrir os outros sendo vendidos juntos com esse do Piteco em outra banca e aí fui entender o que era a coleção. 

Esse Gibizinho do Piteco teve 3 histórias no total. A história de abertura foi "Mamãe ursa", com 14 páginas. Um raio cai em cima da caverna do Piteco e destrói tudo. Piteco fica desabrigado e procura outra caverna para ficar. Ele encontra uma, mas tinha um urso morando lá e, com isso, luta com o urso e consegue expulsá-lo a pauladas.

Quando entra na caverna, Piteco vê que tinha 3 filhotes de urso chorando e ele percebe que era uma ursa que estava protegendo seus filhotes. Piteco vai lá fora e encontra a mamãe ursa e a leva de volta para os seus filhotes. Quando ele vai embora, a ursa vai atrás do Piteco e leva para sua caverna, por gratidão. No final, Piteco comenta que é um cara de sorte porque ganhou uma caverna e uma família com casacos de pele e tudo, com os 3 ursos agarrados nele protegendo do frio.

Trecho da HQ "Mamãe ursa"

A seguir vem "Historinha da idade da pedra", com 6 páginas, que mostra esboços de desenhos do Piteco caçando, sendo que o animal dá umas chifradas nele e vai parar dentro do rio e aí é perseguido por um dinnossauro aquático. Chega em casa sem comida nenhuma e a esposa corre atrás dele por causa disso. Então, a gente descobre que os desenhos era de um menino, ancestral do Mauricio de Sousa, que desenhou nas paredes da caverna. Mauricinho pergunta se ele tem sucesso com os desenhos e Piteco diz que vai, nem que demore 6 mil anos para isso.

Trecho da HQ "Historinha da Idade da Pedra"

Termina com a história "Adversários", com 7 páginas, em que mostra o Piteco valente, enfrentando dinossauros, tigres pré-históricos. O narrador comenta que o Piteco é forte, corajoso, destemido, invencível, até que uma mosca o atinge e derruba, terminando ele de cama com a Thuga comentando que as moscas passam uma febre terrível que ninguém aguenta. Ou seja, um ancestral do mosquito da Dengue.

Trecho da HQ "Adversários"

Então, esse Gibizinho privilegiou a característica do Piteco caçador, enfrentando dinossauros e bichos. na primeira história teve uma bonita mensagem de solidariedade, e as outras também simples, mas que mostrou uma versão criança do Mauricio de Sousa e um alerta sobre a Dengue.


Gibizinho do Anjinho Nº 1

A capa apesar de ter a ideia de fazer alusão à história de abertura, mas a cena não aconteceu na história, então foi apenas uma piada em cima da história. A história de abertura foi "Um artista no céu", com 14 páginas. Nela, o Anjinho vê nuvens no céu e resolve fazer esculturas com elas. Faz violão, estrelas, frutas, entre outros e até chega a queimar mãos com raio quando encosta em uma nuvem de chuva. 

São Pedro chama o Anjinho e diz que não gosta das esculturas, mas por ver o Anjinho triste volta atrás e deixa ele fazer as suas esculturas de nuvem. Então, no final, ele faz uma caricatura da Mônica na nuvem. Ela na Terra vê a nuvem com sua caricatura e joga o Sansão no alto e acaba acertando o São Pedro, que fica uma fera, colocando a culpa no Anjinho.

Trecho da HQ "Um artista no céu"

A seguir vem a história "O conselheiro", com 13 páginas, em que o Anjinho tenta dar conselhos a um menino que só sabe fazer maldade e fazer com que ele siga o caminho do bem. O menino amarra latas no rabo do cachorro que estava dormindo e acaba levando uma mordida como castigo. Tenta roubar uma maçã do vendedor português só que acaba caindo tudo no chão e o menino teve que limpar tudo. O vendedor dá um saco de maçãs como pagamento do serviço e ele dá para um mendigo falando que perdeu a vontade de comer maçãs.

Depois procura arrumar briga com o primeiro garoto que vê, mas não sabia que ele era faixa-preta de caratê e acaba levando uma surra. Cansado de sofrer tanto, o menino resolve fazer só boas ações e começa ajudando uma velhinha a atravessar a rua. mas, aí aparece um Diabinho fazendo cara feia, que não é certo ajudar os outros, terminando assim.

Trecho da HQ "O conselheiro"

A primeira história bem simples, com a metade dela muda. Já a segunda mais elaborada, com várias cenas incorretas, principalmente do menino malvado querer amarrar latas no rabo do cachorro. Quis mostrar que fazer coisas ruins pode dar consequências ruins, tudo de forma leve, com direito a um Diabinho no final, querendo desviar o menino do lado bom para dar contraste do bem e do mal. Na época era normal ter histórias do Anjinho protegendo personagens secundários, sem ser as crianças da turminha. Antes qualquer um via o Anjinho, até os adultos. Ele protegia qualquer um. Agora ele só protege as crianças da turminha e só eles o veem.


Gibizinho do Bidu Nº 1

A história de abertura foi "O meu gibizinho", com 14 páginas. Trata-se de uma história especial de "Nº 1", não muito comum nos gibis da MSP, e metalinguagem desse título que estava sendo lançado. Nela, todos os personagens estão reunidos em uma noite de gala para prestigiar o lançamento do 'Gibizinho do Bidu'. Ele é o apresentador agradece a presença de todos, quando de repente aparece o Bugu no alto assobiando e o chamando de lindo e aterriza de para-quedas bem em cima do Bidu. Bugu reclama que não é hora do Bidu dormir e ainda fala que quer fazer alguns de seus números de apresentação e Bidu manda cair fora.

Bugu fala que então não vai mostrar o que tem no envelope. Bidu responde que não é curioso e Bugu vai embora. Só que o Bidu não para de pensar no envelope e o chama de volta, que vem fantasiado de "The Flash". Bugu diz que só mostra o envelope se for o apresentador da festa e Bidu aceita. Bugufaz encenação de Oscar, que logo é cortado pelo Bidu. Logo em seguida, mostra o conteúdo do envelope: era o 'Gibizinho do Bugu'. Com isso, Bidu fica uma fera e corre atrás pelo teatro inteiro, falando que foi longe demais e Bugu manda tchau pra mãe e que fez o comercial dele.

Interesssante eles fazerem essa metalinguagem de lançamento do Gibizinho, não é muito comum história especial de "Nº1". Já fizeram várias "Nº 100" e"Nº 200", mas de primeira edição é raro. Então, se torna uma história especial. Nessa história, o Bidu ficou com medo que o Gibizinho do Bugu fizesse mais sucesso que o dele. `Para constar, nunca teve 'Gibizinho do Bugu', bem que podia ter tido se a série continuasse nesse estilo depois de 1993. 

Trecho da HQ "O meu gibizinho"

A seguir vem a história "O cão mais inteligente do mundo", com 13 páginas. Um menino mostra para ao Franjinha que o seu cachorro Rinti é o mais inteligente do mundo e sabe uma porção de truques. Primeiro, Rinti pega um graveto lançado bem longe, encontra uma bola que estava em uma lata de lixo, salva uma menina que caiu num bueiro com uma corda, derrota os 2 maiores ladrões das histórias em quadrinhos e ajuda uma velhinha a atravessar a rua.

O menino pergunta ao Franjinha o que o Bidu sabe fazer. Franjinha diz que ele é paradão e vai pra casa. Chegando lá, dá bronca no Bidu que poderia parar de mexer no microcomputador e aprender alguns truques.

Como o Franjinha acha que mexer em computador é banal, acha que o Bidu não está fazendo nada demais. O nome desse cachorro fez referência ao famoso Rin Tin Tin. E ainda presença de bandidos tão comum na época, que colocaram tranquilamente no 'Gibizinho'. Hoje impublicável.

Trecho da HQ "O cão mais inteligente do mundo"

Como pode ver, esse título misturava histórias bem simples par acrianças que estavam aprendendo a ler, junto com outras bem maduras, com lição de moral com todas as cenas incorretas comuns em qualquer gibi da MSP. Sem contar os desenhos muito bem caprichados em todas as histórias. Não é a toa que o título virou uma febre na época. Valeu a pena relembrar essas edições nos exatos 25 anos de seu lançamento.

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Capa da Semana: Chico Bento Nº 263

Dia do Folclore e em homenagem uma capa com o Chico Bento na mata à noite reunido com as figuras folclóricas, contando histórias de terror para eles com homens derrubando árvores e mata e caçando animais. 

Ou seja, uma inversão de papeis, já que eles é que são considerados assombrações para os homens, mas que na vida real são os homens que são as verdadeiras assombrações. Curiosidade da mula-sem-cabeça não aparecer com fogo como de costume. Deve ter sido para não atrapalhar a arte da cena.

A capa dessa semana é de 'Chico Bento Nº 263' (Ed. Globo, Fevereiro/ 1997).


quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Mônica: HQ "Pequena atleta, mas só no tamanho"

A Mônica já foi atleta das Olimpíadas. Nessa postagem mostro como isso. Com 7 páginas no total, foi publicada originalmente por volta de 1984 e que eu li pela primeira vez republicada no encerramento de 'Almanacão de Férias Nº 10' (Ed. Globo, 1991).

Capa de 'Almanacão de Férias Nº 10' (Ed. Globo, 1991)

Nela, o atleta Brutus está treinando arremesso de disco para as Olimpíadas, quando dá um mal jeito no braço. O técnico fica uma fera mandando um bem feito para ele. Brutus diz que o técnico falava que ele ia longe e o técnico responde que ele vai longe quando mandar para sabe para onde. O técnico vai embora, abandonando Brutus, e fica lamentando que na véspera das Olimpíadas ele perde o melhor e o único arremessador de disco do país.


No caminho, ele encontra a Mônica correndo atrás do Cebolinha e arremessa o Sansão longe. O técnico diz que o lançamento foi maior que o do disco do Roberto Carlos e vai atrás. Quando ele viu que ela acertou a cabeça do Cebolinha em cheio, ficou impressionado e pergunta para Mônica se ela quer fazer isso com algo mais pesado e ela diz que aí quer acabar com o Cebolinha. O técnico fala que não é para acertar, só lançar e ai ele vai buscar os discos, com Mônica perguntando se tem um da Blitz.


O técnico volta depois de muito tempo, a ponto da Mônica dormir em pé, não aguentando carregar a sacola pesada de discos olímpicos. Mônica, então, lança tranquilamente um disco, mas acaba acertando um avião no ar e eles saem correndo antes que descubram que a culpa foi da Mônica, com alguém dizendo que deve ter sido um míssil que atingiu. 

Depois em outro ponto, Mônica arremessa de novo o disco da maneira certa e o técnico diz que quer levá-la pra participar das Olimpíadas. Mônica adora a ideia, o abraça e fala que vai avisar ao pai dela, quando o técnico acordar do desmaio depois que ela o abraçou tão forte.


No aeroporto, os pais se despedem da Mônica de longe. Depois aparece Mônica e o técnico já no estádio, bem na hora da prova oficial de arremesso de discos para as Olimpíadas. Mônica lança o disco e percorre o mundo inteiro, passando pela França, Itália, até chegar de novo ao estádio olímpico e o disco cai a 15 centímetros do local da partida. 


Mônica acaba sendo desclassificada e, sem saber das regras, fala que pode arremessar de novo, mas o técnico não deixa para não passar outro vexame e dá bronca na Mônica que é ela péssima no arremesso, não sabe mais arremessar e ela dá um soco nele. O técnico, então, pergunta se ela quer disputar na luta de boxe, terminando assim.


Essa história é muito engraçada, brinca com a força da Mônica e ela seria uma excelente atleta para as Olimpíadas. Pena que na história o destino fez que o disco percorresse o mundo todo e foi parar exatamente no mesmo local, encurtando sua carreira de atleta, senão serias medalha de ouro garantida para o Brasil. 


Eles gostavam de mostrar histórias com absurdos da força da Mônica, sempre eram muito divertidas. Nessa, ela chegou a derrubar um avião em voo só com o lançamento do disco. Gostava quando aconteciam coisas absurdas nas histórias. Engraçado também a insinuação a palavrão bem no início da história quando o técnico fala para o atleta Brutus que vai para longe "quando mandar para sabe aonde".


Os traços muito bons, típicos da primeira metade dos anos 80. Na postagem a  coloquei completa. Interessante o trocadilho de disco olímpico com disco de música, com citações, então, do cantor Roberto Carlos e da banda Blitz, ambos em auge na época. Dessa vez não tiveram seus nomes parodiados e como as imagens foram tiradas da republicação do 'Almanacão de Férias Nº 10', prova que eles não alteravam os textos nas reedições. Hoje em dia, isso seria alterado, ou até mesmo mudarem nomes para artistas recentes.

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Capa da Semana: Magali Nº 114

Estamos no período de Olimpíadas e então para entrar no clima, mostro uma capa com a Magali ambientada nas Olimpíadas da Grécia Antiga e na prova de arremesso de discos, ela arremessa uma pizza no lugar de disco. Será que ela arremessa ou come antes? Muito criativa.

A capa dessa semana é de 'Magali Nº 114' (Ed. Globo, Outubro/ 1993).


sábado, 13 de agosto de 2016

Tina: HQ "Emergência! Emergência!"


"Dia dos Pais chegando e então em homenagem mostro uma história com a Tina falando sem parar no telefone para o desespero do seu pai. Com 5 páginas no total, foi publicada em 'Mônica Nº 1' (Ed. Globo, 1987).

Capa de 'Mônica Nº 1' (Ed. Globo, 1987)

Nela, Tina está falando no telefone e o pai dela fica de olho não gostando da filha o tempo todo falando. Ele espera no sofá e vê que fica mais de meia hora no telefone. Quando Tina desliga, ele vai cobrar que aquela era a terceira ligação do dia e pergunta se ela sabe quanto está custando cada ligação.


Tina responde que não falava com sua amiga Clarissa há meses. O pai diz que agora só quer que ela use o telefone em caso de emergência porque o dinheiro dele não é água. Foi só o pai ir à cozinha beber água que Tina volta a telefonar. Ele chama a atenção de novo e Tina diz que é um caso de emergência porque ela tem que passar uma matéria par ao Rolo da prova que ele vai ter. Só que eram 15 páginas de matéria.

O pai, inconformado com isso, vai assistir televisão até ela terminar a conversa. Quando ele volta, Tina ainda está falando no telefone, dando receita de bolo. Ele até pensa que era para o Rolo, mas Tina diz que é pra amiga Lu que recebeu convidados de última hora e e não sabe o que preparar. Enquanto ela ensina como faz o recheio, o pai só fica pensando no dinheiro voando.


Assim que Tina desliga, trata logo de telefonar para o Jaiminho, seu namorado. O pai fica uma fera e pergunta se desde quando namorar por telefone é uma emergência. Tina diz para o pai dar um tempo porque faz 3 dias que ela não fala com o Jaiminho e sente falta dele. Depois de 40 minutos ela acaba de falar com  o namorado e avisa ao pai que acabaram-se os telefonemas de hoje.

O pai reclama que os papinhos dela vai custar uma nota no final do mês e ordena que telefone agora só pra emergência de verdade. Aí, de repente toca a campainha e era o carteiro entregando a conta de telefone. Quando o pai vê que o valor foi um absurdo acaba desmaiando de susto com a conta na mão e só resta a Tina telefonar mais uma vez para telefonista passar para o pronto-socorro para o seu pai porque era uma emergência, terminando assim.


Uma história muito legal com a Tina perturbando seu pai. Mostra uma típica adolescente dos anos 80 que fica horas no telefone, sem se importar com o valor da conta. Hoje em dia se fizessem história assim o veículo seria diferente porque os jovens ficam horas no celular ou na internet, mas de qualquer forma os pais têm gastos com gasto de celular. Na época o telefone era cobrado por pulso, e, não por minutos, aí cada pulso correspondia a um valor. 


Nessa história a Tina tem até uma personalidade meio diferente do que tinha. Normalmente, ela com Pipa, Zecão e Rolo ela servia de conciliadora, era quem resolvia os problemas dos seus amigos. Já nas suas histórias solo ela não era muito certinha e ficava às volta com o seu namorado Jaime ou perturbando o seu pai ou a Vovoca. Naquela época, a Tina não tinha mãe o que eu achava o máximo para diferenciar dos outros personagens. na postagem a coloquei completa.


Os traços seguiram um estilo da época com contornos mais grossos e mais fofinhos, que tinham em algumas histórias da Tina e sua turma. Não foi o estilo padrão, apenas uma variada de traços para não seguir sempre o mesmo tipo de desenho, que variava de acordo com o desenhista, mas mesmo assim respeitando a essência do estilo padrão dos anos 80 da Tina com cabelos curtos até a cintura e de óculos. Hoje em dia o pai da Tina é desenhado magro e agora e se chama Seu Durval, mas na época ele não tinha nome e para seguir como era no texto só o chamei de pai da Tina.

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Capa da Semana: Parque da Mônica Nº 19

Uma capa da 'Revista Parque da Mônica' fazendo alusão à história "Essas crianças...", que mostra o Seu Cebola querendo brincar nos brinquedos do Parque. Nessa capa, o Seu Cebola brinca no "Carrossel do Horácio" quando vai ao Parque da Mônica com o Cebolinha, que acaba chamando a monitora para tirar o pai de lá. Afinal, os brinquedos eram tão divertidos que os pais davam vontade de brincar também com os filhos.

Curiosidades que tem o aviso que a 'Revista Parque da Mônica' foi a que ganhou o troféu "HQ MIX 93" como melhor revista do ano do seu lançamento (com matéria da seção 'Notícias do Parque' mostrando) e essa edição foi a primeira desse título a ter o Real como moeda estampada na capa.

A capa dessa semana é de 'Parque da Mônica Nº 19' (Ed. Globo, Julho/ 1994).


segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Uma história do Horácio de 1991


Nessa postagem mostro uma história do Horácio em que ele conhece uma dinossaura que fala um idioma diferente dele. Com 2 páginas no total, foi publicada em 'Mônica Nº 56' (Ed. Globo, Agosto/ 1991).

Capa de 'Mônica Nº 56' (Ed. Globo, 1991)

Escrita por Mauricio de Sousa, aparece uma dinossaura, falando uma língua estranha, perguntando algo para o Horácio. Como não entendeu nada que ela falou, a dinossaura começa a chorar. Horácio tenta consolá-la, perguntando se ela se perdeu, se está com fome e não tem onde ficar. Ele oferece a sua caverna para ela ir descansar e passar a noite lá. Então, a dinossaura fica satisfeita e pede pra ele esperar um momento.

No final, ela leva toda a sua família e amigos para ficar na caverna dele, com a dinossaura mostrando que foi o Horácio que convidou para eles ficarem lá, sempre  em uma língua que só eles entendem, deixando Horácio entediado.


A história discute dois pontos. Um sobre conversar com pessoas que falam idiomas diferentes e como fazer que um entenda o outro. A dinossaura, no caso, uma turista que não conhecia nada na região falava uma língua diferente do Horácio e o que causou muita confusão. Interessante que ela entendia o que o Horácio falava, coisas dos quadrinhos.

O outro ponto é o fato do Horácio ser educado e a dinossaura aproveita da bondade dele para levar sua família toda para morar com ele. O Horácio só ofereceu que ela passasse uma noite na caverna dele para descansar e ela, não pensou duas vezes para levar a família junto. Ou seja, ela abusou da boa vontade do Horácio para tirar proveito, coisa muito comum no dia a dia.

Mauricio gostava de mostrar um ar filosófico nas suas histórias, principalmente as do Horácio, e que muitas vezes é difícil de interpretar. As crianças não entendem nada, só quando releem com mais idade que dava para entender o conteúdo das histórias do Horácio. Fora as outras possibilidades de interpretação, que o Mauricio gostava de colocar, com cada leitor decidindo o que interpretar da sua maneira.


Os traços muito bons e bem desenhados, com a dinossaura lembrando os traços da Lucinda e da Simone. Essa história, como era de costume com o Horácio, foi aproveitada de página semanal de jornais antigos, sendo que dividida em 2 páginas em vez de 1. Tanto que até mantiveram a numeração da página semanal do jornal. Normalmente, eles faziam isso nas histórias dele nos gibis, aproveitando das páginas semanais dos jornais, ampliando os desenhos ou mudando estrutura dos quadrinhos, tudo de uma forma que coubesse a história em 2 páginas dos gibis. 

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Propagandas anunciando brinquedos (Parte 8)

Nessa postagem mostro propagandas de brinquedos que saíram nos gibis da última fase da Editora Globo, entre 2003 a 2006. 

Em 2003 circulava nos gibis a propaganda do brinquedo "Sopão da Magali", da marca "Grow". Teve parceria com o banco de alimentos e então quem comprava o jogo ajudava a arrecadar dinheiro para o banco de alimentos, uma organização sem fins lucrativos, que distribui alimentos para instituições que precisam. Ou seja, quem comprou o jogo ajudou várias pessoas a não passar fome. Sobre o jogo não foi especificado como era, creio que as crianças tinham que achar ingredientes para a Magali fazer uma sopa. Na propaganda uma ilustração legal da Magali em cima da caixa querendo pegar a cenoura do logotipo do jogo.

Propaganda tirada de 'Cebolinha Nº 200' (Ed. Globo, 2003)

Em 2004 teve a propaganda da linha de bonecos da Turma da Mônica Baby da "Multibrink", agora com o tema da peça de teatro "Era uma vez uma floresta...". Foi uma peça de teatro encenada no Parque da Mônica, baseada no filme de animação "Era uma vez na floresta", em que os personagens da turma interpretavam bichos da floresta, mostravam como preservar e cuidar dos animais e acabou se tornando clássica, a ponto de criarem mais tarde uma história que foi publicada na abertura de 'Mônica Nº 231', de 2005.

Os bonecos que lançaram foi da Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali e Chico Bento e na propaganda mostrou ilustrações dos brinquedos, com o Cebolinha na caixa para mostrar como era. E na compra de algum boneco, ainda vinha um CD de brinde com as músicas tocadas na peça de teatro. 

Propaganda tirada de 'Magali Nº 369' (Ed. Globo, 2004)

A "multibrink" lançou a coleção dos minibonecos articulados da Turma da Mônica com a propaganda que saiu nos gibis de 2004. A marca tinha costume de lançar bonecos fofos com a versão baby dos personagens com pijama e dessa vez inovou colocando bonecos em vinil de 10 cm que tinham davam para movimentar cabeça, braços, pernas e ainda dava para colocar no bolso. Na propaganda, ilustrações dos bonecos dos 4 personagens principais que foram lançados.

Propaganda de 'Coleção Um Tema Só Nº 42 - Mônica Romance II' (Ed. Globo, 2004)

Na comemoração do aniversário de 70 anos do Mauricio de Sousa, a "Multibrink" colocou um anúncio em homenagem reunindo todos os bonecos da marca que estavam sendo vendidos na época desejando parabéns ao Mauricio. Foi muito criativo, e ainda deu para ver bonecos que não tiveram propagandas antes, como o Horácio de pelúcia, bonecos da turma criança que davam para ficar de pé, inclusive do Chico Bento e Rosinha, além do Anjinho ter tido a sua versão baby de pijama, entre outros. 

Aliás, nessa revista 'Mônica Nº 232', de 2005, no qual foi tirada essa propaganda, quase todas de miolo foram em homenagem ao Mauricio, com as marcas parceiras de vários ramos desejando parabéns a ele.

Propaganda tirada de 'Mônica Nº 232' (Ed. Globo, 2005)

Em 2005, a "Xalingo brinquedos" lançou 7 jogos com a Turma da Mônica: Quebra-Cabeça, Monta-Figura, Sequências Lógicas, Desenhando, Arrumando a Mochila, Associando os opostos e Bate-Pinos. Cada um voltado a determinada faixa etária das crianças e muito deles educativos. No anúncio, mostrou as embalagens de cada um desses lançamentos, com ilustração da Mônica abrindo uma caixa que salta os brinquedos ao lado do Bidu. 

Propaganda tirada de 'Mônica Nº 232' (Ed. Globo, 2005)

Em 2006 foram lançados os carrinhos da Mônica e do Cebolinha da marca "Homeplay". Os carrinhos davam para as crianças entrarem, tinham retrovisores laterais, buzinas, chave de ignição e porta-malas, como se fosse um carro de verdade. O da Mônica era rosa e voltado para as meninas enquanto do Cebolinha era azul e voltado para os meninos. Na propaganda, os personagens posando nos seus respectivos carros.

Propaganda tirada de 'Parque da Mônica Nº 161' (Ed. Globo, 2006)

A nova linhas de bonecos da Turma da Mônica Baby com novos pijamas da "Multibrink" teve anúncio nos gibis de 2006. Dessa vez os pijamas mostraram os personagens na sua versão criança que estamos acostumados. O anúncio foi ilustrado com os bonecos, sendo que mostrou também a Mônica Baby dentro da embalagem.

Propaganda tirada de 'Parque da Mônica Nº 161' (Ed. Globo, 2006)

A Coleção Pelúcia da "Multibrink" teve anúncio nos gibis de 2006. Foram mostrados pelúcias de personagens sem ser os principais. Teve Horácio, Bidu, Jotalhão, Sansão e Dalila, além de uma versão tipo almofada do Sansão e da Dalila. Alguns até já haviam aparecido no anúncio comemorativo do  aniversário de 70 anos do Mauricio e outros não, como o Jotalhão e as almofadas do Sansão e Dalila.

Propaganda tirada de 'Cascão Nº 462' (Ed. Globo, 2006)

A série continua e em breve posto novas propagandas anunciando brinquedos com a Turma da Mônica.