quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Capa da Semana: Cascão Nº 33

Uma capa com o Cascão em apuros com seu anjinho da consciência querendo que ele tome um banho de chuva puxando pela bochecha e o seu diabinho da tentação querendo que ele tome banho no caldeirão fervente puxando pela orelha. Fica sendo aquelas capas do leitor imaginar a sequência da cena, inventar como foi que o Cascão saiu daquela enrascada. Era comum capas assim para soltar a imaginação.

Capa dessa semana é de 'Cascão nº 33" (Ed. Globo, Abril/ 1988).


sábado, 19 de agosto de 2017

Uma história com humor do Horácio

Mostro uma história do Horácio voltada para o humor onde uma interpretação mal feita piorou a situação do Tecodonte. Com 1  página, foi republicada em 'Almanaque da Magali Nº 3' (Ed. Globo, 1990).

Histórias do Horácio sempre foram marcadas pelo lado filosófico e de reflexão, principalmente as de 1 página de tabloides de jornais que depois eram republicadas nos gibis convencionais. Enquanto as dos anos 70 mais longas eram mais de aventuras, as dos anos 80 de 1 página tinham seu lado filosófico.

Nessa história, escrita por Mauricio de Sousa, Horácio encontra Tecodonte com pedra nos rins e sugere ao amigo tomar chá de erva Quebra-Pedra. Mas por ter falado só "quebra-pedra", ficou a má interpretação e acabou o Tecodonte quebrando pedras 2 dias sem parar e piorando a sua dor nos rins pelo esforço que fez ao quebrar as pedras.

Além de ter a sua piada, Mauricio quis ensinar como uma interpretação mal feita pode fazer toda a diferença. Horácio continuou com sua sabedoria típica de sua personalidade, foi Tecodonte o responsável pela piada por não saber interpretar o que o Horácio falou. E ainda ensinou os leitores um bom remédio natural pra quem sofre de pedra nos rins, ou seja, ainda foi informativa.

Os traços bacanas, bem típico dos anos 80. Na verdade foi tabloide de jornal que depois saiu em algum gibi da Editora Abril dos anos 80 e depois republicada nesse 'Almanaque da Magali Nº 3'. Abaixo, essa história de 1  página.



domingo, 13 de agosto de 2017

Mônica: HQ "Meu cabelinho"

No Dia dos Pais, mostro uma história em que o pai da Mônica, Seu Sousa, ficou preocupado com o seu cabelo caindo muito de repente. Com 5 páginas no total, é uma história publicada pela Editora Abril por volta de 1984 e republicada em 'Almanaque da Mônica Nº 46' (Ed. Globo, 1995).

Capa de 'Almanaque da Mônica Nº 46' (Ed. Globo, 1995)

Começa com Mônica querendo passear na rua com o seu pai. Seu Sousa a princípio pensa que ela queria dinheiro, mas vê que tinha interesse também de pagar um sorvete para ela.


Seu Sousa vai ao banheiro pentear o cabelo e ai nota que o pente estava cheio de cabelo enquanto ele penteava e fica desesperado dando um grito de estremecer a casa. Mônica vai correndo para o banheiro para saber o que houve e pede para o pai abrir a porta. Ele se recusa a abrir falando que não pode e que não aconteceu nada. Mônica exige que ele abra a porta senão arromba.


Quando Seu Sousa sai do banheiro, diz para Mônica não rir da calvície dele. Mônica pergunta se é alguma doença e ele diz que é pior que isso e chora ajoelhado fazendo drama que está ficando careca. Mônica tenta consolá-lo lembrando da música que é dos carecas que elas gostam mais e o pai diz que é conversa de um careca para se consolar. 

Seu Sousa pega um chapéu para sair e Mônica diz que não vai sair com o pai com aquele chapéu feio e ele diz que pode pegar um boné então. Mônica fala que está mais cabeludo que o "Sacarias" (Zacarias) e o Seu Sousa diz que ele usa peruca e começa a chorar. Mônica tenta fazer carinho da cabela do pai pra não ficar assim e ele diz para não encostar no cabelo dele para não cair ainda mais.


Em seguida, Cebolinha bate na porta pedindo o pente emprestado de novo. Mônica reclama que ele havia pedido o pente de manhã e agora de novo. Cebolinha diz que é para pentear o Floquinho e pensava que ela sabia por ter os pelos do seu cachorro no pente. Mônica fica uma fera e já se prepara para bater nele quando o Seu Sousa interrompe feliz que não era o cabelo e não estava ficando careca. No final, Cebolinha vai embora levando o pente e Mônica e seu pai saem pra tomar sorvete. No caminho, Seu Sousa comenta que ele vai continuar com sua cabeleira charmosa e bonita , quando eles avistam um senhor careca rodeada de mulheres apaixonadas por ele, deixando claro que é verdade a música que é dos carecas que elas gostam mais.


História simples de miolo muito boa mostrando o cotidiano de preocupação de homem começando a perder cabelo e a relação de pai e filha. Legal ver o drama do Seu Sousa quando descobre que está ficando careca e a Mônica tentando consolá-lo. Engraçada a parte da casa saindo do lugar com o grito que ele deu quando estava com calvície e também a paródia ao nome do Zacarias dos Trapalhões sendo chamado de "Sacarias".

É incorreta pelo motivo dos cabelos no pente do Cebolinha pentear Floquinho com os pentes que eles usavam. Dificilmente republicariam por esse mau exemplo. E nota-se que a palavra "azar" era pronunciada tranquilamente e hoje em dia eles iam mudar a palavra para "má sorte" ou "falta de sorte".


Os traços muitos bons, bem típicos do início dos anos 80 com bochechas formando apenas uma curva direto da cabeça dos personagens. Já estavam quase o estilo que se tornou consagrado em meados de 1984. Interessante também a arte no título colocando um cabelo no último "O".  Nos gibis da Editora Abril e Globo eram repletos de artes criativas nos títulos se tornando mais agradáveis de ler ainda, até por ser tudo manual. 

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Capa da Semana: Cebolinha Nº 127

Uma das raras capas com o Louco aparecendo. Nela, o Louco fica sendo o reflexo do Cebolinha na água quando ele estava pescando em um barco. Façanhas que só o Louco consegue.

Capa dessa semana é de 'Cebolinha Nº 127' (Ed. Globo, Julho/ 1997).


domingo, 6 de agosto de 2017

Tirinha Nº 50: Chico Bento

Uma tirinha toda incorreta muito engraçada e bem a cara do Chico Bento. Ele bebe água da torneira com as mãos sujas e quando é repreendido pela Rosinha ai resolve beber água com os pés que estavam descalços mais sujos ainda . Ainda  que ele bebesse com um copo normal já estava errado em beber água direto da torneira contaminada. 

Tirinha publicada originalmente em 'Chico Bento Nº 122' (Ed. Globo, 1991).


quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Cascão: HQ "Pobre menino da lata"

Mostro uma história em que dois caras de um programa sensacionalista de televisão pensam que o Cascão morava na lata de lixo e levam a lata para ser atração do programa para emocionar os telespectadores e conseguir audiência a custo disso. Com 7 páginas no total, foi história de abertura de 'Cascão Nº 57' (Ed. Globo, 1989).

Capa de 'Cascão Nº 57' (Ed. Globo, 1989)

Chove forte sem parar no bairro do Limoeiro e Cascão se esconde dentro de uma lata de lixo para fugir da chuva e acaba dormindo. A chuva passa e aparece no local um apresentador e um produtor de programa de curiosidades de TV  reclamando que a audiência está mais baixa que programa político e precisam de uma atração para o programa.


O produtor diz que vai levar um homem que come ferro, mas só quando ele sair do hospital porque está com gastrite. O apresentador Alberto Pereira senta na lata de lixo e reclama que não tem nenhuma atração par ao programa daquele dia e o produtor diz que vão cortá-los da TV. Nessa hora, Cascão ronca dentro da lata de lixo e chama atenção deles.

O produtor pensa que é a barriga do Alberto Pereira roncando e pergunta se está com fome. O apresentador, por sua vez, pensa que é a do produtor. Logo veem que o barulho veio da lata de lixo e quando vão conferir era o Cascão lá dentro dormindo e pensam que ele morava lá dentro. Então eles levam o Cascão para a emissora "Tevê Robô" para ser a atração do programa como o "pobre menino que mora na lata de lixo" com a ambição de emocionar os telespectadores e conseguir muita audiência, mais que novela das oito, e mais patrocinadores e ficarem ricos.


Começa a transmissão ao vivo do programa "Curiosidades das Cidades" com o Alberto Pereira apresentando a atração do programa. Ele mostra a lata de lixo e pergunta para plateia e telespectadores o que havia na lata de lixo. Além do lixo, ele prepara para verem uma cena chocante. Quando abre a tampa, aparece Cascão acordando e Alberto Pereira falando que ele era o menino que morava na lata de lixo.

Cascão se espanta com tanta luz e quer saber onde está. Alberto fala que está em um programa de TV e quer que sua voz seja um alerta par ao mundo. Cascão se amostra para as câmeras entusiasmado e Alberto fala para sair da frente para continuar o programa. Alberto pergunta como é viver dentro da lata de lixo, quanto tempo faz. Cascão nem chega a responder e o Alberto fala que é de apertar o coração.


Cascão resolve ir embora do programa e Alberto o impede falando que tem que falar com as autoridades competentes e que precisa de ajuda. Cascão grita por socorro enquanto o Alberto o segura pelo braço e  aí nessa hora aparece o pai do Cascão, seu Antenor, invadindo o programa ao vivo e dá uma surra no produtor e no apresentador, falando que é uma palhaçada, que já estava sentindo falta do filho e a sorte que ligou a TV naquele programa sensacionalista e leva Cascão pra casa.


No final, Alberto Pereira manda cortar a transmissão e eles são demitidos com direito ao chefe expulsar dando chute na bunda deles. Alberto lamenta por estarem na rua, não tem mais nada e arruinados. O produtor pergunta aonde vão passar a noite e eles resolvem dormirem em uma mesma lata de lixo, com um arrumando jeito de se encaixarem melhor lá dentro. Ou seja, se tornaram os verdadeiros moradores de lata de lixo  como castigo.


História legal com os caras da televisão com ambição de ter atração sensacionalista para dar audiência no programa deles. Serve como uma crítica a programas sensacionalistas que procuram mexer com a emoção dos telespectadores, expondo publicamente o sofrimento dos outros em busca da audiência. Na época até que não tinha muitos programas assim, pareceu até uma previsão do que seria mais comum a partir de meados dos anos 90 e hoje em dia são mais frequentes programas assim.


Interessante que Cascão até apareceu pouco, contracenando poucas vezes com o apresentador de TV, embora ele estava dentro da lata de lixo o tempo todo. Legal o nome do canal deles chamado de "Tevê Robô", eram bem criativos nesses nomes. Impublicável hoje em dia porque além do tema de estar explorando sofrimento de uma criança de rua que supostamente morava na lata de lixo, tem também o fato do Cascão ficar dentro da lata de lixo que não é permitido atualmente, fora os personagens falarem abertamente certas palavras também proibidas nos gibis atuais como "Droga!", xingar os outros de imbecil e idiota e sendo chutados no final. 


Os traços muito bons, adorava os desenhos assim e as cores também excelentes, uma das melhores cores dos gibis da Editora Globo. Parece que não foi republicada até hoje, pelo menos não tenho conhecimento. Quase todas dessa época foram republicadas, mas essa acho que não. Se foi, talvez em algum Almanação a partir de 1999. O que é legal por ser uma história rara aqui no Blog.