sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Capa da Semana: Mônica Nº 135

Hoje, dia 27 de outubro, é aniversário de 82 anos do mestre Mauricio de Sousa. Em homenagem, uma das raras capas com presença do Mauricio, com ele manipulando os fantoches da Mônica e Cebolinha em uma apresentação. Parabéns, muitas felicidades, saúde e muitos anos de vida.

A capa dessa semana é de 'Mônica Nº 135' (Ed. Globo, Fevereiro/ 1998).



terça-feira, 24 de outubro de 2017

Mônica e Cebolinha: HQ "Surpresa atrás da cortina"

Dia 24 de outubro é aniversário do Cebolinha. Então, mostro uma história de quando ele aprontou com a Mônica, deixando ela só de calcinha atrás da cortina na sua festa de aniversário. Com 9 páginas no total, saiu originalmente como história de encerramento de 'Mônica Nº 179' (Ed. Abril, 1985) e republicada também no encerramento de 'Almanaque da Mônica Nº 45' (Ed. Globo, 1994).

Capa de 'Almanaque da Mônica Nº 45' (Ed. Globo, 1994)

Nela, Cebolinha recebe a mônica na sua casa para a festa de aniversário dele e sem perceber que a Mônica estava segurando um copo de suco, Cebolinha faz molhar todo o vestido da Mônica quando a abraça.  Ele até pensa que a Mônica estava suando quando ele a abraça, mas quando sai de perto e vê a cara de braba dela, fica sem graça e tenta contornar a situação.


Cebolinha puxa a toalha da mesa com intenção de limpar o vestido da Mônica, mas, distraído, esquece que estava cheia de comida da festa e tudo vai parar em cima da Mônica. Ela fica uma fera e ao tentar avançar nele para bater, Cebolinha tira o vestido dela, falando que ia dar um jeito, que conhece uma lavanderia rápida.


Logo em seguida, lembra que ao tirar o vestido da Mônica, ela estava pelada só de calcinha, e como já estava braba por ter estragado o vestido, imagine como estava sem roupa. Cebolinha fica desesperado, com maior medo de apanhar, e grita que fez aquilo na afobação. Logo vê que a Mônica estava atrás da cortina, ordenando que ele entregue o vestido dela e falando que quando pegá-lo vai acabar com ele.


Cebolinha se recusa a entregar por ela ter falado que vai acabar com ele e Mônica começa a fingir que está tudo bem, que falou só brincando, passa a tratá-lo com amores pedindo para ele entregar o vestido gentilmente. Quando Cebolinha vai entregar, com ela se preparando para bater nele, a campainha toca e o braço dela vai pro chão e ele pensa que é um trovão. Cebolinha vai atender a porta e era Ronaldinho, o garoto mais fofo da rua, por quem Mônica era apaixonada e só na festa por saber que ele ia lá também. Ela tinha saído da cortina para bater nele e quando vê o Ronaldinho fica desesperada.


Ronaldinho pergunta se era o primeiro a chegar e Cebolinha diz que a Mônica chegou primeiro. Logo Cebolinha vê a Mônica atrás da cortina, implorando para ele dar o vestido. Aí, Cebolinha faz cara de  que está bolando plano infalível e fala par ao Ronaldinho que se enganou, que a Mõnica não apareceu, só se estivesse atrás da cortina e dá uns tapas na cortina falando que seria muito burra, gorda, dentuça e bobona se ficasse lá. Toa a campainha e cebolinha vai atender, prometendo falar mais da cortid apor ter gostado da brincadeira e que vai ser a festa mais divertida da vida dele.


Cebolinha atende a porta e eram os seus amigos chegando para a festa e fala para eles verem a cortina dele para mostrar uma surpresa. Antes deles chegarem, Mônica fica desesperada e foge pela janela antes de ser vista lá. Ela se enconde em uma moita, anda, encontra um grandalhão , fala algo pra ele para se dirigir à casa do Cebolinha. Na festa, a turma fica ansiosa pela surpresa e Cebolinha bate na cortina e ao puxar pensando que ia mostrar a Mônica, viu que bateu no Grandalhão.


Ele puxa o Cebolinha com força e diz que uma menina falou para ficar atrás da janela que iam dar bolo para ele e acaba é recebendo monte de bolacha na cara. Enquanto isso, Mônica bate na porta e Ronaldinho atende. Ele diz que chegou bem a tempo da surpresa que o cebolinha preparou para eles. Um show de luta livre, com Cebolinha sendo surrado pelo grandalhão no lado de fora.



História muito engraçada com o Cebolinha aprontando com a Mônica após ter estragado o vestido acidentalmente. No início até que ele não teve intenção de aprontar, foi tudo por acaso, mas á medida que viu que teve a oportunidade, não perdeu chance de mexer com ela. Antigamente, ele e os meninos eram bem perversos com a Mônica, mas também tinham um final se dando muito mal  à altura do que aprontavam.


Quando eles não tinham obrigação de ter todo ano histórias de aniversário e saía só de vez em quando sem data definida, aí as histórias com esse tema saíam mais soltas e mais criativas. O Grandalhão, não teve nome e nas histórias sempre aparecia um ou outro garoto mais velho e valentão a fim de briga a cada história. Hoje em dia padronizam esse garoto em um personagem único, o Tonhão da Rua de Baixo. Assim como o "menino mais fofo da rua" em cada história ser um diferente, embora prevalecia na Editora Abril o Reinaldinho, versão mirim do roteirista Reinaldo Waismann, até ele sair da MSP.


Traços muito bons, do início do estilo que ficou consagrado nos anos 80 e que marcou a Turma da Mônica. Na postagem a coloquei completa. Incorreta, além do cebolinha ser perverso demais para os padrões atuais, e também por Mônica aparecer sem top ao perder o vestido. Era bem raro as meninas aparecerem sem top, com exceção das meninas índias da Turma do Papa-Capim, mas uma vez ou outra aparecia, como foi nessa. Se republicassem de novo, na certa teria alteração e colocariam um sutiã na Mônica ou até uma tarja preta.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Capa da Semana: Magali Nº 163

Dia 23 de outubro. Dia da Aviação. Em homenagem, uma capa com a Magali ao lado do Santos Dumont criando o 14 Bis e ela pensando que podia ser formato de melancia para devorar. Muito criativa. Podiam ter esperado para publicar em outubro, mas não tinham preocupação com datas e saía em qualquer época.

A capa dessa semana é de 'Magasli Nº 163' (Ed. Globo, Setembro/ 1995).


segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Chico Bento: HQ "Chico de castigo"

Compartilho uma história em que o Chico Bento ficou de castigo na escola e resolve pescar  dentro da sala de aula mesmo enquanto tava de castigo. Com 7 páginas no total, foi publicada em 'Chico Bento Nº 26' (Ed. Abril, 1983) e republicada em 'Almanaque do Chico Bento Nº 11' (Ed. Globo, 1990).

Capa de 'Chico Bento Nº 11' (Ed. Globo, 1990)

Começa com Professora Marocas deixando o Chico Bento de castigo por não ter feito a lição. Ele vai para uma cadeira reservada perto da janela enquanto a classe toda ri da cara dele. 


Chico fica sentado e faz cara de triste para ver se a professora fica com pena e o tire do castigo. Marocas faz cara feia e bem braba quando ele pede se pode sair do castigo e ele fica sem graça e se perguntando como ela aprendeu a fazer aquela cara. 

Em seguida, ele olha para a lagoa de fora da escola cheia de peixe e fica com vontade de pescar e diz que dava de tudo para ter uma varinha de pescar, quando surge o Zé Lelé vindo de uma pescaria com vara cheia de peixes. Chico pede emprestado a vara de pescar emprestada a ele e começa a pescar escondido lá dentro da sala mesmo já que o fio da vara alcançava perfeitamente à lagoa.


Professora Marocas estranha de Chico virado para janela e com uma mão para fora e manda olhar para frente. Então, ele fica de meio olhar para dentro da sala e meio para fora. Marocas fala para ele deixar as 2 mãos para frente e aí ele coloca a varinha nas suas costas. Enquanto Marocas fala que ele não é um mau menino, mas precisa leva rumas broncas para aprender, ele apronta pescando de costas com esperança que algum peixe morda a isca. 


Um peixe morde e faz o Chico balançar a cadeira e Marocas pergunta se ele tem alguma coisa e responde que não. Logo, um peixe enorme avança no peixe menor na vara e Chico e Chico bate forte na janela. Marocas se assusta e vê que ele está tremendo e pensa que é do sistema nervoso por estar de castigo. Ela fica com pena e fala que pode sair do castigo. Ela o segura nas mãos para levar até o seu lugar na sala, pedindo para ficar calmo quando a vara o puxa para traz de novo.


Marocas fica braba e puxa o braço do Chico ordenando que ele volte para o lugar dele para ela não se sentir culpada e vai voltar nem que seja á força. Quando um peixe gigante ataca o outro peixe da isca e aí a forçado peixe faz Chico e Marocas avançarem para fora da janela indo parar na lagoa. Chico aproveita para pescar em cima da cabeça da professora, que fica quase se afogando na lagoa, falando para o peixe que não vai escapar por não conhecer o Chico pescador. E consegue colocar o peixe para fora da lagoa comemorando que pegou, quando Marocas o puxa pela orelha falando que pegou também.


No final, um tempo depois, Seu Bento, pai do Chico, pergunta para o Hiro que estava descansando em frente a uma árvore, se não tinha visto o Chico. Hiro fala que etá tirando foto com a professora. Quando Seu Bento chega lá, vê Maroca segurando o filho pela camisa e o peixe, todos molhados, tirando foto lambe-lambe, afinal pescador tem que mostrar para posteridade fotografia do que pescou.


História engraçada demais com o Chico tentando pescar enquanto estava de castigo. Cada artimanha que ele fez só para ter o que fazer durante o castigo. Engraçado vê-lo pescando só com uma mão e depois com a vara de pescar nas costas. Na postagem a coloquei completa. Do tempo que ele era um mau aluno e vivia atazanando a professora Marocas e aí saía histórias incríveis como essa. 

Completamente incorreta, já começando o fato de professora deixar Chico de castigo, além do buylling da turma rir da cara dele por conta disso, do Chico aprontar com a professora, pescar durante a aula, e a professora puxar orelha dele no final. Histórias de pescaria também são evitadas hoje por estar maltratando peixes. Então, nunca mais terá uma história assim na MSP.


Os traços muito bons, bem caprichados e com certos movimentos principalmente do Chico pescando na lagoa, dando estilo de desenho animado. Foi republicada novamente depois em 'Coleção Um Tema Só - Chico Bento Pescaria" (Ed. Globo, 1997), de onde tirei as imagens da publicação. Uma curiosidade do código de indicação de história da primeira página fazer referência ao 'Almanaque do Chico Bento Nº 11', de 1990, em vez de colocar que é uma história da Editora Abril, que no caso teriam que colocar que era de 1997. Abaixo, a capa desse 'Coleção um Tema Só Nº 17'.

Capa de 'Coleção um Tema Só Nº 17' (Ed. Globo, 1997)

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Magali: HQ "A grande promoção"

Mostro uma história em que a Magali queria achar um cupom a todo custo para participar do sorteio das paçocas "Farelo feliz". Com 9 páginas no total, foi história de abertura de 'Magali Nº 202' (Ed, Globo, 1997).

Capa de 'Magali N º 202' (Ed. Globo, 1997)

Escrita por Emerson Abreu, começa com Magali vendo um papo do Xaveco e Jeremias que o Cascão vai ficar milionário, comprar um time de futebol e virar celebridade com entrevista no "Xô Onze e Meia". Magali não entende nada e eles explicam que o cascão ganhou um cupom pra participar do sorteio das paçocas Farelo Feliz e iria ficar milionário com o prêmio.


Magali acha isso absurdo e quer ver o cupom. Xaveco e Jeremias não deixam ela ver alegando que são guarda-costas do Cascão e ninguém vai ver o cupom. Magali diz que o Cascão nem foi sorteado ainda e os meninos falam que gente invejosa não pode ver ninguém subir na vida que já começa a criticar e resolvem ir embora, com o Cascão já planejando ter um pônei.


Magali fala são uns bobos, que nem queria o cupom, e logo depois um menino pede uma paçoca "Farelo Feliz" para um ambulante e encontra um cupom. Magali fica espantada com isso, mas não dá o braço a torcer pra comprar a paçoca, falando ao ambulante que não quer o cupom por ele ser bobo. Logo depois, aparece Mônica comentando sobre o sorteio de prêmio surpresa das Paçocas Farelo Feliz, e então Mônica, Denise e Cascuda pedem a paçoca e as 3 ganham o cupom,  deixando Magali passada e sai correndo para não comprar as paçocas.


Chegando em casa, Magali pega moeda e vai ao ambulante para comprar  a paçoca escondida. Aí, ele diz que acabou por todo mundo tá comprando por causa da promoção. Magali fica desesperada, querendo participar a todo custo. O ambulante dá sugestão de ir à padaria e ela vai correndo a jato. Chegando lá, ela pede uma paçoca, mas não veio o cupom, come e pede outra e nada. Come 15 paçocas e nada de cupom. Cebolinha chega e pede uma e ganha o cupom. Magali fica revoltada e compra todas as paçocas do bairro carregando em um carrinho de mão.


Depois sua mãe, Dona Lili, pergunta o que aquele carrinho de mão está fazendo na sala e encontra a filha debaixo de vários papéis de paçocas. Magali diz que já está com barriga doendo e enjoada de comer tanta paçoca e não encontra o cupom do sorteio. Dona Lili diz que tem um cupom no bolso por ter pego uma paçoca de troco quando foi à padaria de manhã cedo e então Magali desmaia.


No final, Mônica e Cebolinha vão até em frente a casa da Magali, perguntam se lembra da promoção das paçoca "Farelo Feliz" e ela conta que sim e que ainda estava se recuperando de uma dor de barriga e não aguenta ver paçoca na sua frente, e então eles contam que tem 2 notícias, uma boa e uma ruim. A boa é que ela foi a vencedora da promoção e a ruim que o prêmio era um caminhão lotado de paçocas farelo Feliz, deixando , assim Magali desesperada.


Uma história legal, mostrando uma promoção contagiando o bairro do Limoeiro todo com um prêmio surpresa. Interessante ver a teimosia da Magali resistindo a participar de promoção por todo mundo estar participando, dando uma de Do Contra, e quando resolve, todos encontram o cupom, menos ela, deixando irritada com isso. Foi inspirada no filme "A fantástica Fábrica de Chocolates", de 1971. Legal a paródia "Xô Onze e meia" se referindo ao programa "Jô Soares Onze e meia".


Essa foi uma das primeiras histórias do roteirista Emerson Abreu escrita para Magali, era um estilo diferente do que adotou um tempo depois, hoje dá até pra estranhar tipo uma história dele com poucas tiradas e tão curta assim, mas também o gibi era quinzenal de 36 páginas e não dava para prolongar muito. Dá pra notar diferença nos traços e sem caretas, o que torna muito legal. Nessa, foi só a Magali de língua de fora já no final quando descobriu que foi a vencedora da promoção.


Nas histórias dele de 1997 e 1998, eram no máximo, o personagem com cara de espanto esticando as mãos ou de língua de fora bem discreta quando o outro contava uma piada, o que chegou a ter questionamentos do povo no início da internet de porque os personagens ficavam com tanta língua de fora, mas nada que prejudicasse as histórias nesses momentos. Tudo era bem de leve e aos poucos foram inserindo as caretas nas histórias ao longo dos anos. 


Independente de personagens com caras de espanto e línguas de fora, os traços era bacanas, os últimos bons da MSP, e eram colocados mais em histórias de aberturas e não só em histórias do Emerson. Também foi a primeira que apareceu em suas histórias que o Cascão queria ter um pônei, depois acrescentando ao longo dos anos que tinha que ser um pônei cor-de-marmelo, o que conseguiu somente em 'Cascão Nº 35' (Ed. Panini, 2009). Essa história ainda foi lembrada, tendo referência em 'Magali Nº 500' (Ed. Panini, 2015), sendo então marcante pra MSP.