quinta-feira, 30 de maio de 2013

Turma da Mônica Coleção Coca-Cola


"Turma da Mônica Coleção Coca-cola" foi uma parceria entre a MSP com a Coca-Cola e a Editora Globo lançada em 1990. Nessa postagem conto todos os detalhes dessa coleção que foi uma febre e marcou época.

Consistiu de uma coleção de cinco gibis promocionais, com cada um dos 5 personagens principais (Mônica, Cebolinha, Chico Bento, Cascão e Magali, nessa ordem) e uma caixinha personalizada e exclusiva para guardar a coleção. Para ganhar, você juntava 15 tampinhas ou selos de copos da Coca-cola ou de outros refrigerantes participantes da promoção e trocava por um gibi ou pela caixa. Servia qualquer refrigerante do grupo Coca-cola, como os refrigerantes Fanta, Sprite, Guaraná Taí e Diet Coke. E a promoção durou 45 dias, ou seja, as trocas das tampinhas tinham que ser nesse prazo.


Cada revista era com formatinho tipo canoa e tinha 36 páginas semelhantes aos gibis quinzenais da época e cada capa seguia o mesmo estilo, estampando o rosto do personagem dentro de uma tampinha e fundo vermelho. Na contracapa aparecia a imagem do personagem em um desenho bonito e antigo com uma frase ao estilo de cada um. Por dentro, a página 2 anunciava o próximo gibi que tinha que juntar as tampinhas. Na página 33 tinha passatempos relacionados à Coca-cola. Não tinha uma página inteira de propaganda, mas tinha propagandas dentro das histórias, sendo que um quadrinho ocupava um selo dos refrigerantes participantes da promoção.

Propaganda ocupando um quadrinho na história

Em relação às histórias, as de aberturas de cada um eram todas inéditas e as de miolo eram republicações da Editora Abril variando do final dos anos 70 até 1985, que era o máximo permitido até então. Na verdade, republicavam histórias semelhantes que estavam sendo republicadas nos almanaques da época. Tinham histórias tanto desses personagens principais,quanto de secundários, como Penadinho, Bidu, Piteco, etc.

As histórias de abertura de cada um eram essas:

Mônica - "Bronzeado moderno" - Cebolinha e Xaveco estão na praia, encontram a Mônica sem querer e resolvem aprontar com ela lá.

Cebolinha - "De dentista e de louco..." - Cebolinha vai ao dentista e descobre que o dentista era o Louco, que arruma várias loucuras.

Chico Bento - "Ele vem vindo" - Chico Bento vive falando a palavra diacho. O Hiro fala que a cada vez que ele fala essa palavra um diabinho que existe para cada menino dá um passo à frente e fica cada vez mais perto pra pegá-lo. O Chico acredita e fica desesperado.

Cascão - "O pequeno Capitão Feio" - Capitão Feio acha que está ficando velho e resolve tornar o Cascão o novo Capitão Feio.

Magali - "Mingau com chuva" - Em uma noite de temporal, a Magali fica sozinha em casa com o Mingau e, enquanto estão assistindo ao filme de terror "O Abilolado", ela fica com fome e resolve preparar um mingau, e o gato pensa que ela quer comê-lo.

Como pode ver todas essas eram inéditas. É até interessante que essas histórias eram para serem publicadas nos gibis convencionais e optaram por colocarem apenas nessa coleção. Tipo assim, de acordo com os códigos que mostram a fonte do gibi original, "Bronzeado moderno" era pra ser publicada em 'Mônica Nº 45' e "Mingau com chuva" deveria estar em 'Magali Nº 36', por exemplo.

E dentre essas histórias inéditas, quase nenhuma foi republicada até hoje. Só as histórias "De dentista e de louco...", republicada em 'Coleção Um Tema Só Nº 46 - Cebolinha e o Louco IV' (Ed. Globo, 2005) e "Bronzeado moderno" da Mônica foi republicada. Primeiro no 'Almanaque da Mônica Nº 12' já da Panini em 2008  (com direito à troca da palavra "azar" para "zica") e depois nas revistas "Mônica's Gang/Mônica Y su padilha" Nº 24 (Ed. Panini, 2011) com texto em inglês e espanhol, respectivamente. Será que colocaram algum sinônimo da palavra "azar" em inglês e em espanhol? 

HQ "Bronzeado moderno": a original de 1990 e a republicação alterada do 'Almanaque da Mônica nº 12' (Panini, 2008)

Em alguns gibis tinham histórias inéditas também no miolo, como, por exemplo, no gibi do Cascão, a história "Dia de chuva, dia de solidão" (em que o Cascão fica sozinho em casa e dia de chuva e começa a ficar entediado por não ter nada pra fazer) que era para ser publicada em 'Cascão Nº 101' e a da Magali sonâmbula que era para ser publicada em 'Magali Nº 36'.

De curiosidade, na época na semana de lançamento, em setembro/90, essas revistas eram vendidas nas bancas a preço das revistas quinzenais da época, sendo que cada dia era vendida uma. Na 2ª feira chegou o da Mônica; na 3ª feira, o do Cebolinha; na 4ª feira, o do Chico Bento; na 5ª feira, o do Cascão; na 6ª feira o da Magali; e no sábado, a caixinha. Só que no dia seguinte já não encontrava o gibi do dia anterior porque esgotava muito rápido; só tinha uma banca aonde eu morava e formava fila na banca. Todo mundo comprava. Aí todo dia passava na banca pra comprar um exemplar e consegui todos, inclusive a caixinha, só não consegui comprar na banca o do Chico Bento porque quando fui comprar já tinha esgotado e aí tive que juntar as tampinhas só para o gibi dele. Hoje, eu só não tenho a caixinha porque estragou. Era sem muita qualidade, o suporte que era legal porque imitava os dentões da Mônica.

Contracapas dos gibis
Não é muito difícil encontrar em sebos por aí, volta e meia aparece alguma, algumas em melhores estado,outras não. E tem no Mercado Livre, sendo que aí os preços já são mais caros. Hoje seria inviável uma coleção dessa, já que o politicamente correto não aceitaria o consumo pelas crianças de tantos refrigerantes, já que vai engordar, vai dar úlcera, não vai fazer bem para saúde, etc. Já pensou comprar 90 garrafas de refrigerantes pra ter a coleção toda? Nunca aceitariam isso. 

Com certeza "Turma da Mônica Coleção Coca-cola" foi uma ótima coleção que fez muito sucesso e é sempre bom lembrar.

Propaganda de "Cascão nº 98" (Ed. Globo, 1990) com  imagem da caixinha

terça-feira, 28 de maio de 2013

Tirinha nº 2: Chico Bento

Deixo uma tirinha das antigas e incorreta do Chico Bento. O que será que ele está fazendo na moita? Por curiosidade, a menina que aparece aí não faz parte da turma do Chico Bento e só apareceu aí mesmo.

Tirinha foi publicada originalmente em Chico Bento nº 11 (Ed. Globo, 1987).



sábado, 25 de maio de 2013

Mônica nº 77 - Panini



Nas bancas Mônica nº 77. Das mensais de maio/2013 a única que comprei. Quando vi no checklist, a capa impressionou, mas por dentro nem tanto. Esse gibi tem 9 histórias, contando com a tirinha final, e vou comentá-lo a seguir.

A história de abertura "O Resgate do Cebolinha" chama a atenção de ser superlonga com 41 páginas no total. Escrita por Emerson Abreu e dividida em 3 partes, mostra a Mônica falando com a Denise que está sentindo falta do Cebolinha que desapareceu misteriosamente, ao mesmo tempo que um par da meia calça do Cascão também sumiu, e os três resolvem investigar dando conta que o Capitão Feio está por trás disso.

As histórias do Emerson, normalmente são grandes mesmo, divididas em capítulos e são voltadas ao nonsense. Privilegiam mais as tiradas dos personagens do que o roteiro em si. Os personagens, com isso, ficam mais sarcásticos, cheio de movimentos e caretas excessivas. A gente até lê em ritmo mais acelerado do que as outras histórias. Há quem goste assim, há quem não goste. Tem gente que acha muito engraçada as histórias dele e racham de rir, já eu acho simplesmente normal. As primeiras histórias dele eram melhores, já que o nonsense era na medida certa e sempre em função dos roteiros, e a única careta que tinha era língua de fora. Mas depois que exagerou em tudo perdeu a graça, principalmente a Denise como centro da atenção em suas histórias. A história "Monstros da Noite" (Cebolinha nº 129 - Ed. Globo, 1997), que é do Emerson também (uma das primeiras dele), é um exemplo que é bem melhor que as atuais e justifica o que citei anteriormente sobre as histórias antigas dele. 

Emerson gosta de mostrar a Denise e o Xaveco em destaque em suas histórias. Antes eram exclusivamente secundários, agora colocam como estrelas das histórias. A Denise foi criada pela roteirista Rosana e não tinha visual definido (cada história ela aparecia de um jeito diferente), nem tinha personalidade e só aparecia de vez em quando como personagem de apoio, principalmente nas histórias da Magali. Sempre que precisavam colocar uma menina nas histórias, colocavam a Denise como fixa em vez de colocarem uma menina diferente em cada história. A história de estreia dela foi "A fina" de Magali nº 5 (Ed. Globo, 1989). O Xaveco também só fazia participação nas histórias, principalmente nas histórias dos planos infalíveis do Cebolinha. 

Então, o Emerson, aproveitando isso, resolveu dar mais importância a esses personagens e brincar com esse lance de personagens secundários que viraram estrelas. Com isso, definiu traços definitivos para a Denise e a tornou irônica, sarcástica e sincera, falando tudo que vem a cabeça. O Xaveco passou a ter uma família com pais separados e uma irmã gostosona, a Xabéu, e também passou a ter personalidade sarcástica. (aliás, todos os personagens ficam sarcásticos nas histórias do Emerson). Ele gosta tanto da Denise e do Xaveco que a sua história no livro "Ouro da Casa" foi com eles. Teve uma época que em todo o gibi tinham histórias com o Xaveco e com a Denise, principalmente. Depois de muito reclamarem, já que estavam tomando conta dos gibis, assim como as caretas excessivas, deram um tempo e agora aparecem menos.

Trecho da HQ de estreia da Denise (MG #5 - Ed. Globo, 1989)
Voltando a falar da história "O Resgate do Cebolinha", sinceramente, não vejo nada demais nessa história. É basicamente só tiradas principalmente da Denise (e muitas delas, fugindo do tema da história), muitas "caras e bocas" e não vi um roteiro bom. A primeira parte da história então achei só "encheção de linguiça". Essa ideia do Cascão usar meia para dizer que tem dedos nos pés acho uma das coisas mais ridículas que já vi na MSP. Foge da ideia original que o Maurício teve. Foi falado isso do Cascão usar meia pela primeira vez na história "Como montar uma árvore de Natal" de Cebolinha nº 24 (Ed. Panini, 2008), mas eu pensava que iria ficar restrito apenas àquela história, mas volta e meia o Emerson coloca isso nas suas histórias.

Trecho da HQ "Como montar uma árvore de Natal" (CB # 24 - Ed. Panini, 2008)
As tiradas de "O Resgate do Cebolinha" até que teve algumas interesantes, como na hora que a Denise fala que não conhece o Capitão Feio (realmente nunca teve história deles juntos) e o Cascão fala que o Capitão Feio sempre está nas histórias dele, aí ela responde: "E eu lá tenho tempo de ler suas histórias?", mas nada que seja superengraçado, nem de rolar de rir. Muito exagero da Denise falando o tempo todo que a Mônica e o Cascão são elenco de apoio. Eu gosto de metalinguagem, mas o tempo todo ficar falando que eles são elenco de apoio não dá. Outra coisa que não gostei foi o fato deles entrarem no esconderijo do Capitão Feio através de uma uma caverna escondida, e não entraram pelo bueiro como era nas histórias antigas, e para piorar ainda a Mônica falando na história que eles não podem entrar no bueiro porque vai dar péssimo exemplo aos leitores. Totalmente sem noção e pior que os dedos do Cascão. Se o esconderijo do Capitão Feio é no esgoto, o mais natural é entrar pelo bueiro mesmo. E nessa caverna que inventaram ainda tem cartazes informando que é o esconderijo do Capitão Feio. Então, a polícia pode entrar lá e prendê-lo tranquilamente. 

O enquadramento também não gosto. Com 4 quadrinhos por página acho que só servem para encher linguiça. Daí justifica ter muitas páginas. Se forem redesenhados na forma tradicional, a  história teria umas 10 páginas a menos, quem sabe a metade das páginas. Alguns quadrinhos davam muito bem sido redesenhados. E isso de 4 quadrinhos por página é uma característica das histórias do Emerson. No geral, "O Resgate do Cebolinha" é uma história normal do estilo do Emerson, só isso. E nem foi engraçada.

Trecho da HQ "O Resgate do Cebolinha" (MN # 77 - Ed. Panini, 2013)
O resto do gibi cheio de histórias com aqueles péssimos traços e letras digitalizados que infelizmente estão mais frequentes nos gibis atuais. Até nos títulos estão assim. Como a história de abertura teve 41 páginas, juntando com propagandas, passatempos e seção de cartas, ficaram poucas páginas com  traços e letras de PC no resto do gibi e aí compensou. Apesar desses traços horríveis, a história de encerramento "Ei, o que que há, Cebolinha" é o que mais salva o gibi com homenagem aos personagens da Looney Tunes. O Cebolinha imitando o Coiote das histórias papa-léguas e várias outras referências aos outros personagens da turma do Pernalonga. Não que seja uma novidade, já que volta e meia fazem isso, mas sempre é legal e foi a primeira vez na Panini. Folheando nas bancas esse gibi da Mônica foi o motivo mesmo de eu ter comprado. Se essa história tivesse com traços melhores e letras não digitalizadas de PC ficaria melhor. Esses traços de PC assim são tão ruins que até nas histórias do Penadinho os quadrinhos não têm aquela arte de quadrinhos arrepiados feitos à mão, tão comum em suas histórias. São só retângulos comuns. São esses detalhes que perde a graça.

Mônica nº 77 um gibi normal para os padrões da MSP, o que marca é a primeira vez da Denise e o Capitão Feio em uma mesma história e, quem sabe, pode marcar como um dos últimos com os traços do Emerson com caretas excessivas e tudo. Com esse lance de cada vez mais traços e letras digitalizados, não vai demorar muito pra todos os gibis serem 100% digitais, piorando mais os gibis da Turma da Mônica. Os outros do mês não comprei nenhum, pois pelo que folheei nenhum me agradou. As letras daquele jeito na maioria das histórias estraga.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Chico Bento: HQ "Chico no Shopping"

Imagine um caipira como o Chico Bento indo a um shopping center pela primeira vez? É garantia de boas risadas na certa. Essa história "Chico no shopping" é superdivertida e mostra todas as confusões que o Chico aprontou em visita a um shopping, publicada originalmente em 'Chico Bento Nº 215 ' (Ed. Globo, 1995).

Capa de 'Chico Bento Nº 215' (Ed. Globo, 1995)

Ela começa com o Chico Bento e o primo Zeca caminhando até o shopping da cidade e o Chico reclamando que teve que usar botina porque achava que eles estavam indo visitar um outro primo distante deles, que na cabeça do Chico se chamava "Chopi". Aí o Zeca explica que não estavam indo à casa de ninguém e mostra o shopping center ao Chico.


Eles entram e o Chico fala que o shopping é maior que o celeiro do Nhô Toneco e já começa a dar vergonha ao primo dizendo alto que o povo da cidade é burro, com maior Sol lá fora, resolvem criar teto para depois colocar luz artificial em tudo que é canto. O primo cheio de vergonha o chama de bicho-do-mato e o Chico fala para não falar assim que é ele que passa vergonha.

No momento em que eles estão passeando, o cadarço da botina do Chico desamarra e quando ele consegue amarrar, percebe que se distanciou do primo, sendo que o Chico acha que é o primo que se perdeu dele, e não o contrário. E aí enquanto procura o primo passa a falar sozinho que o shopping é sem graça, já que só tem gente e loja.


Ele encontra uma escada rolante pensando que é uma escada normal (afinal, nunca tinha visto uma escada rolante na vida) e resolve subir na escada que desce. Com isso, faz força para subir e nunca consegue chegar até o 2º andar, logicamente. Sobe, sobe e continua no mesmo lugar. Cansado, Chico resolve parar, aí cai e pensa que o cara que estava na frente o empurrou. O homem dá bronca informando que era para ir na escada que sobe, aí que o Chico percebe que a escada movimenta e leva um susto. Então, o segurança explica que ele tem que ficar parado no degrau na escada que sobe que ela leva sozinha até lá em cima.


O Chico adorou a novidade, mas achou que o nome não devia ser "escada rolante" porque ela não rola. Só que ele se descuida, já que não sabe que tem que ficar atento no final da escada e acaba caindo e a sua botina acaba presa na escada, a ponto da escada ir para manutenção. E na cabeça dele, conclui que tem que ir ao shopping de botina para não perder o dedão.


Com isso, ele joga a outra botina fora no lixo pra ficar à vontade e reclama que a professora ensinou tudo errado na escola, já que ele não entende o que está escrito nos letreiros das lojas que informam o nome delas. Enquanto ele caminha, um vendedor da loja de sapatos o chama para vê calçado e o Chico pergunta se é o marido da calçada. O vendedor fala que é sapato e o Chico entra na loja à força. Lá, mostra os sapatos, mas o Chico não deixa que o vendedor toque nos pés dele. Então, ele experimenta e aceita levar pensando que o vendedor deu o sapato, indo embora tranquilamente sem pagar.

O vendedor pergunta cadê o dinheiro e ele diz que está duro e que o dinheiro do ônibus está com o primo. O vendedor chama o segurança, que correm atrás dele. Então, o guarda fala pra devolver os sapatos e o Chico joga na cabeça dele.


Com a correria Chico sente calor e encontra uma fonte. Então, ele tira a roupa e resolve tomar banho nela como se fosse o ribeirão da Vila Abobrinha e mergulha. Nisso, um casal estava de passagem e queriam namorar admirando a fonte, quando de repente eles olham a bunda do Chico nela e fazem escândalo dizendo que tem um tarado na fonte.


Nessa hora, o primo Zeca, que já estava procurando o Chico há um tempão, ouve no alto-falante informando que tem um louco nadando na fonte e ele corre até lá já sabendo que se tratava do Chico. Cheio de gente e seguranças em volta, Chico vê o primo e sai da fonte falando que o primo não tinha juízo, como se fosse ele é quem estava perdido. E ainda fala que o Zeca deve ter aprontado muito pra atrair tanto guarda.


No final, com o Chico já no sítio nadando no ribeirão, o Zé da Roça pergunta como é o shopping da cidade. Aí, ele começa a falar mal que era muito sem graça, que as lojas ficavam debaixo de um forro iluminado com Sol lá fora, que tinha uma escada que come botina, e um lago mixuruca sem peixe e falou que o primo nunca mais queria pisar em um shopping de novo depois que saíram de lá. E deseja que o povo da cidade crie juízo e imita o pessoal da roça, mostrando nessa hora um lindo cenário da roça.


Com certeza essa história é sensacional. Tem 14 páginas, muito engraçada, cheia de "gags". Sempre que a leio racho de rir, e não foi diferente enquanto eu escrevia a postagem. Ela mostra um Chico ingênuo, lerdo, que leva tudo ao "pé da letra", e porque não dizer meio retardado para visão da gente, já que ele não sabia o que era calçado, que tem que pagar um produto quando vai a uma loja, etc. Engraçado ver o primo Zeca cheio de vergonha e perdendo a paciência. E tem várias situações politicamente incorretas, como falar a palavra "bunda" tranquilamente, sem restrição nenhuma, além do Chico e Zé da Roça aparecerem pelados, só para citar uma.


Na verdade adoro histórias do Chico Bento com o primo Zeca, esse contraste da roça com a cidade sempre rendem ótimas histórias como essa. Costumam ter histórias do Zeca na roça e do Chico na cidade. Mas, sem dúvida, as histórias que o Chico está na cidade são muito mais hilárias. É de rachar de rir, com histórias do tipo "Chico no elevador" (CHB # 45- Ed. Globo, 1988), "Chico no Restaurante" (CHB # 51 - Ed. Globo, 1988), "Apertem os cintos, o Chico subiu!" (Chico no avião - CHB # 166 - Ed. Globo, 1993), dentre várias outras desse nível

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Interessante também nessa história "Chico no Shopping", o Chico Bento invertendo as posições, como se fosse que ele que se perdeu e diz que foi o primo quem se perdeu, ou é o primo que apronta muito e é o Chico que passa vergonha. Muito louco. Sem contar que apesar dessas loucuras todas, a história não deixa de ter uma lição de moral no fim, para o pessoal se estressar menos e dar valor às coisas simples. E mesmo na sua ingenuidade, ele não deixa de ter razão em certas frases, como escada rolante não ser chamada assim.


Os traços muito bons, bem característico dos anos 90 e na postagem a coloquei completa. Por curiosidade, essa história virou desenho animado que dá para vê-la no youtube. Mas lendo nos quadrinhos é bem melhor. Enfim, "Chico no Shopping" um excelente clássico que sempre vale a pena ser lembrada.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Almanaque Temático nº 26 - Mônica Aniversários



Da linha de almanaques da Turma da Mônica na Editora Panini um dos melhores é o Almanaque Temático. Escolhem um tema e republicam histórias relacionadas a esse tema. Normalmente  eles não ficam restritos a histórias mais recentes e republicam histórias de todos os tempos a partir dos primeiros números da Editora Globo. Isso é bom, já que agradam a todos os gostos. Essa última edição sobre aniversários eu resolvi comprar mesmo por não ter a maioria das histórias. 

Antes desse, eu só tinha até então os nº 15 e nº 16 da Panini, que eu havia comprado porque não tinha algumas histórias da Editora Abril deles. Normalmente, eles não costumam republicar histórias da Editora Abril, assim como os demais almanaques, sendo que nessa coleção volta e meia tem histórias da Editora Abril sim, como já aconteceram nos nº 15 (Cebolinha - Brincadeiras), nº 16 (Mônica - Vampiros) e nº 21 (Magali - Bruxas). No nº 16, inclusive, para mim foi o melhor de todos, já que foi a edição que tiveram muitas histórias da Editora Abril, sendo 3 delas que nunca foram republicadas até então, como o "O Plano vampiresco" (Cascão #81, de 1985) e "O vampilão" (Cebolinha # 153, de 1985) e uma do Bidu dos anos 70, fora a história "Revelações" (Mônica # 52 - Ed. Globo, 1991) que também nunca tinha sido republicada e outras da Editora Abril, mas que já tinham sido republicadas. 

Na Globo a coleção se chamava "Coleção Um Tema Só", os primeiros números tinham mais páginas (196 páginas no total) e o mais legal era a capa que era cartonada e plastificada em alto relevo. Depois começou a decair aos poucos, primeiro diminuindo o número de páginas no total (160 páginas), depois tiraram o alto-relevo, até a capa passar a ser fina, só que o preço sempre ficou igual ou mais caro até. Na Panini o nome mudou por causa dos direitos autorais.

O que é ruim na coleção é que eles repetem muito os temas. Esse tema sobre aniversários é um tema que já saiu pela própria Panini no nº 10 (de 2009). Já é a segunda vez seguida que estão repetindo os temas da Panini. O primeiro foi o Chico Bento escola que já havia sido o tema do nº 5 (de 2008) e repetiu no nº 25. Na Globo, "Coleção Um Tema Só" também vivia repetindo os temas. De 52 edições, só 29 tiveram temas diferentes. Então, quando repetiam os temas eles colocavam o título numerado, como "Planos infalíveis II", III, etc.

Tem vários temas que tiveram no "Coleção Um Tema Só" da Globo ou temas novos que podiam colocar agora na Panini, como "Mônica - Carnaval", "Cebolinha - E Seu Juca", "Chico Bento - E Zé Lelé", "Cascão - E Capitão Feio", ou ousar mais com temas do tipo "Mônica - Televisão" com histórias dos personagens nos programas de TV de todos os tempos, ou "Mônica - Convidados especiais" com participação dos famosos que apareceram nas histórias ou "Mônica - Vilões", com os vilões da turma. Ficar repetindo temas que saíram na Panini que não é certo. Mas acredito que a tendência é repetir mesmo. Sem contar que não terá mais temas politicamente incorretos, como "Chico Bento - Pescaria". Afinal, pescar não é certo, mata os peixes e nas histórias atuais o Chico Bento não pesca mais.

Almanaque Temático nº 10 também sobre Aniversários
Agora falando especificamente dessa edição nº 26, diferente das outras edições de aniversário (tanto os 2 da Globo, quanto o da Panini), as histórias dele não são da turma toda e, sim, só tem aniversário da Mônica. Provavelmente por causa da comemoração dos 50 anos da personagem. Mesmo assim seria melhor que tivessem também histórias de aniversário da Magali, do Chico Bento, do Jotalhão, etc. Só faltam inventar de ter uma edição só com aniversário do Cebolinha, outra só com aniversários do Cascão, etc.  As histórias dessa edição são essas:

  1. O Colecionador de velas (MN # 225 - Ed. Globo, 2005)
  2. Venha a minha festinha (MN # 188 - Ed. Globo, 2002)
  3. Festão com Monicão (MN # 213 - Ed. Globo, 2004)
  4. Aniversário no sítio (MN # 111 - Ed. Globo, 1996)
  5. Palhaço de festa (MN # 87 - Ed. Globo, 1994)
  6. Aniversário macabro (MN # 99 - Ed. Globo, 1995)
  7. Aniversário da Mônica ou festa do Mônico (MN # 237 - Ed. Globo, 2006)

Foram 7 histórias e mais uma tirinha no final, já que todas as originais são histórias de abertura dos gibis da Mônica de 20 páginas no mínimo. O que me levou a comprar foi que a maioria das histórias são histórias de uma época que eu já não colecionava mais e, com isso, não tenho. Se eu encontrasse em sebo algum desses gibis, eu compraria se não tivesse nada pra comprar. Então, para que comprar gibi por causa de uma só história, se posso ter essas histórias reunidas em uma só edição. Fora que economizo bem e posso comprar outros gibis no lugar. As histórias desse almanaque dos anos 90 eu tenho e já as conhecia. Já as dos anos 2000 são as que eu não tinha. 

As histórias dos anos 90 com certeza são as melhores, sem dúvida. São mais divertidas. Inclusive a história "Palhaço de festa" foi a primeira dessa fase com os personagens passaram a ter data fixa de aniversário a partir de 1994. Nela, Mônca resolve que quer um palhaço na sua festa de aniversário e os pais não tem dinheiro pra contratar um. Aí o Cebolinha ouve e se fantasia de palhaço junto com o Cascão pra chatear com ela. 

Dentre as que eu não tinha todas são normais, mesmo assim até que são boas, sendo a mais interessante foi a última "Aniversário da Mônica ou festa do Mônico", em que a Mônica pede para uma estrela cadente se tornar um menino, mas acaba todas as meninas virando meninos e vice-versa. Para uma história de 2006 que já prevalecia o politicamente correto é de estranhar uma história assim. As outras não são ruins, mas acho bem melhores as três dos anos 90. Lembrando que na história "O colecionar de velas", em que um cara rouba todas as velas do mundo pra ninguém comemorar aniversário, os traços mudaram de repente a partir da página nº 20. Dá a impressão que a mesma história foi feita por desenhistas diferentes. Muito bizarro. E prefiro os traços a partir da página 20, era pra ser assim a história toda.

Sobre mudanças nas histórias em relação às originais, não podiam faltar, pra variar. Nessa edição houveram 2 mudanças. Uma foi na história "Aniversário no sítio" (em que mostra as confusões e sufocos que a turminha e seus pais passaram pra comemorar o aniversário da Mônica em um sítio do tio da Mônica), na hora dos meninos puxando a orelha da Mônica na revista de 1996, eles contavam até 6, e nessa edição contaram até 7. De uma certa forma, pode ter sido um erro na edição original, já que eles sempre fazem 7 anos nas histórias de aniversário, e quando acaba a história voltam a ter 6 anos. Ou senão a intenção mesmo era dizer que eles estavam continuando a contar, já que termina em reticências. Não devia mudar o trecho. Mostro a seguir a comparação de Mônica nº 111 e deste Almanaque Temático: 

Trecho original de Mônica nº 111 (1996)

Trecho do Almanaque Temático nº 26 
E a outra mudança foi na história "Aniversário Macabro" (em que os endereços dos convites da festa da Mônica são trocados com uma festa de uma menina vampira, e, com isso, os monstros vão parar na casa da Mônica e a turminha no castelo do vampiro), na revista original de 1995 o Cebolinha pensava trocando as letras, e nessa reedição mudaram com ele pensando certo, como infelizmente eles sempre fazem isso agora. Eu sou a favor sempre de manter o original. Essa paranoia da MSP ficar mudando tudo é ridículo. Pelo menos essas alterações não afetaram o contexto da história, mas mesmo assim tem que manter a obra original sem alterações.

Trecho original de Mônica nº 99 (1995)
Trecho do Almanaque Temático nº 26 
Esse Almanaque Temático no geral até que foi bom. As histórias são bacanas, mas podia ter histórias de outros personagens fazendo aniversário, sem ser só da Mônica. E espero que nas próximas edições não fiquem mais repetindo temas que já saíram na própria Panini que aí perde a graça, mesmo com histórias diferentes.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Maurício 30 Anos



Em 1990 foi lançado "Maurício 30 Anos", a primeira edição especial comemorativa da MSP desse formato. Com 30 anos de carreira de sucesso, realmente a data não podia passar em branco e, com isso, foi publicada essa edição pela Editora Globo. Na verdade com um ano de atraso, já que foi em 1989 quando realmente completaram 30 anos de carreira com a primeira tira do Bidu no jornal "Folha da Tarde".

A edição com formato 21 X 27,5 cm era maior que o Almanacão de Férias da época (que 2 anos depois adotaria também esse formato) e não é luxuosa. A capa é cartonada, papel de miolo de gibi convencional, mas mesmo assim não deixa de ser especial. Tem 212 páginas no total, com 16 páginas destinadas à apresentação e curiosidades e o restante são histórias republicadas, intercaladas com algumas propagandas comuns que saíam nos gibis da época.


"Maurício 30 Anos" começa com uma página de apresentação, mostrando como era a edição. A seguir começa a seção de curiosidades onde primeiramente é mostrada uma biografia resumida do Maurício de Sousa contando toda a trajetória dele desde que a sua infância e de quando era repórter policial até chegar a consagração dos seus personagens e de seu estúdio.  A seguir são mostrados a evolução dos personagens. Nessa seção mostra a história de criação, características e evolução de cada personagem, tanto dos 5 principais, quanto dos secundários, como Tina, Astronauta, Horácio, Bidu, etc, e a capa das revistas "Nº 1" dos personagens que tinham revista. 


Depois é mostrado algumas capas de revistas da MSP de vários países, como Espanha, Noruega, Argentina e vários outros, além de mostrar também os filmes da MSP nos cinemas (com imagens e sinopse de cada um) e finaliza com depoimentos de artistas famosos, como Silvia Poppovic, Osmar Santos, Luciana Vendramini, dentre outros, contando suas experiências com a Turma da Mônica, que cresceram lendo as revistas da turma e falam também sobre o Maurício, os personagens que mais gostam, etc.


Todas essas curiosidades retratadas de uma forma bem simples visualmente, sem apresentar uma arte gráfica. Inclusive foi a primeira vez que eu soube da história do Maurício até então a partir dessa edição. Eu até já sabia antes que os personagens já foram com traços pontiagudos por causa do 'Almanaque do Cascão # 6' (Ed. Globo, 1989) que mostrou imagens do Cascão antigo no prólogo e, principalmente no 'Almanaque da Mônica # 15' (Ed. Globo, 1989) que republicou só histórias de 1970/71, sem contar que eu via os traços diferentes nas histórias dos almanaques . Agora a história do Maurício não conhecia até então.


Após as curiosidades, vêm as histórias. Essa edição foram republicadas 39 histórias, contando com a tirinha final. A grande maioria são histórias de miolo dos gibis originais, e, com isso, as histórias são mais simples. Histórias de abertura originais só tem 6. Como são muitas histórias, eu destaco os títulos das histórias de abertura originais e algumas de miolo mais importantes ao longo da postagem.


A grande intenção desse especial mesmo era mostrar a evolução dos personagens nos anos 70 e anos 80 através das histórias, mas claro sem deixar de ter clássicos que marcaram a trajetória da Turma da Mônica. Todos os núcleos dos personagens do Maurício tiveram histórias solo nesse especial: Mônica, Cebolinha, Cascão, Chico Bento, Horácio, Bidu, Raposão, Papa-capim, Tina, Penadinho, Piteco e Astronauta. Curiosamente Magali não teve história solo, apesar da tirinha final ser dela, mesmo com "Mônica" no título, já que foi retirada de uma revista da Mônica.

Cada personagem tem em média 2 histórias solo, onde é mostrado uma história dos anos 70 e mais adiante uma história dos anos 80 para a gente comparar a evolução dos traços. Tipo, é mostrado uma história da Tina hippie e mais tarde é mostrado uma história com a Tina atual dos anos 80. Com quase todos os núcleos foi assim. Só Turma da Mata que não teve uma história dos anos 80 para ver a comparação. Em compensação tiveram 3 histórias dos anos 70 desse núcleo, e por curiosidade, elas eram intituladas como "Raposão", mas nem todas as histórias eram do Raposão, como, por exemplo, uma que era do Jotalhão, mas colocaram Raposão no título. E destaco também que Piteco e Astronauta não tiveram histórias deles nas versões dos anos 70. 


As histórias dos anos 70, a grande maioria são de 1970 e 1971 e são os verdadeiros clássicos dessa edição. Destaco as histórias: 
  • "A estátua" (HQ de abertura de MN #16 - Ed. Abril, 1971) que abre a edição, onde o Cascão vira estátua por um descuido da Mônica ao brincar de "Homem de barro, aí licença" (uma espécie de "Como está, fica"); 
  • "O maior amigo do Cebolinha" (MN # 9, Ed. Abril, 1971) com a presença do Garotão que aparecia muito nas tiras dos anos 60;
  •  "A super-loção" (MN # 2, Ed. Abril, 1970) em que o Zé Luis inventa uma poção pra nascer cabelo no Cebolinha; 
  • "Quem bate?" (MN # 5, Ed. Abril, 1970) em que o Cebolinha deixa o pai na rua e arruma muitas confusão. 

Todas são dos primeiros números da Mônica e são ótimas. Aí em seguida mostra a fase mais intermediária, com várias histórias por volta de 1976/77, como a história "O senhor do tempo"  (HQ de abertura de 'Mônica # 81', Ed. Abril, 1977) em que o senhor que controla o tempo no mundo desce a Terra pra tirar umas férias e aí o tempo para. 


As histórias dos anos 80 desse especial são muito boas, só não são consideradas clássicas para sua época. A maioria das histórias foram mais de 1983, ou seja, histórias normais que estavam saindo nos almanaques da época. Destaque para as histórias:
  • "Ai que vontade de tomar sorvete" (HQ de abertura de CB # 131, Ed. Abril, 1983) em que o Cebolinha está gripado e faz de tudo para tomar sorvete assim mesmo, até sair na rua escondido de pijama de bolinha; 
  • "Porquinho ciumento" (HQ de abertura de CC # 23 - Ed. Abril, 1983) em que o Chovinista tenta salvar o Cascão e sua namorada da ponte que estava quase desabando no abismo, e ele se passa por porquinho ciumento por causa disso e ainda se envolve em várias confusões;
  • "Esse não pode dar errado!" (HQ de abertura de MN # 174 - Ed. Abril, 1984), em que o Cascão, a mando dos meninos, se esconde dentro do sofá da Mônica para tentar pegar o Sansão e arruma muita confusão com a visita que o pai da Mônica recebe;
  • "Como se beija" (HQ de abertura de MN # 166 - Ed. Abril, 1984) que encerra o especial, em que a Mônica quer aprender a beijar que nem os casais de novelas e o Cebolinha ouve e arma um plano infalível aproveitando a situação e se fantasia de Rodolfo Cebolino.

História muda só teve uma: "A última goiaba" do 'Chico Bento # 31', de 1983. Não teve nenhuma alteração em relação às histórias originais. Na época eles não mudavam mesmo o conteúdo delas e não seria nessa edição especial que fariam isso. Afinal, o incorreto prevalecia em 1990. Tem até uma curiosidade: nos anos 70, o Chico Bento não falava caipirês nas histórias, e só foi falar assim a partir de 1980. Então, quando republicavam as histórias dele nos almanaques da própria Editora Abril e nos primeiros da Globo, o texto dessas histórias eram alterados dele falando certo nas originais para falar caipirês. Normalmente, até republicavam mais as mudas ou então de poucas páginas e poucos diálogos para não terem tanto trabalho para fazer alterações nos textos. E interessante que nesse especial não alteraram isso e deixaram o Chico falando certo, exatamente como era. É uma história de 2 páginas que a coloco inteira aqui:


Só duas coisas que ficou um pouco a desejar na edição. Uma foi que não mostraram traços dos personagens fofinhos de 1977 a 1979. Tiveram histórias de todas as fases para comparar, inclusive tiveram histórias de 1977, mas nenhuma da fase fofinha. Outra coisa que não gostei muito foi que a história "Que coincidência" da Tina que foi  publicada em 'Mônica # 1' (Editora Globo, 1987). Nela, Tina veste uma roupa e toda a sua turma está com roupa igual a dela. Eu achei muito nova para ser republicada nesse especial, só 3 anos da publicação original, já que em 1990 era permitido republicarem histórias de até 1985. Essa da Tina é legal, só achei muito nova para ser republicada.

Tiveram dois lotes desse especial e cada um com um preço diferente. Quando foi lançado em junho/90 custava Cr$ 250,00, e no 2º lote lançado por volta de setembro o preço da capa informava que era Cr$ 400,00. Na época comprei o meu na banca em junho e depois foi recolhido, e meses depois voltou a ser vendido com preço mais caro. Independente do lote, nos créditos finais aparecia a data de junho/90. No geral, era um pouco mais caro que o 'Almanacão de Férias # 7' de junho/90 que custou R$ 150,00. E detalhe que toda banca vendia "Maurício 30 Anos" normalmente como qualquer gibi.


Em 2004, "Maurício 30 Anos" foi relançado em uma nova versão como formato livro com capa dura e mais luxuoso. Essa versão capa dura eu não tenho, mas provavelmente não tem as propagandas, já que consta que essa versão tem 192 páginas. Ele foi lançado junto com as versões também de luxo de "Mônica 30 Anos", "Mônica 35 Anos" e "Mônica 40 Anos" (originais de 1993, 1998 e 2004, respectivamente). Todas as versões de luxo são mais difíceis de encontrar até mesmo na internet, talvez por ter tido tiragem menor, enquanto que as versões simples eu já encontrei até em sebo. Na boa, eu até prefiro as versões simples que, além de serem mais baratas, refere-se exatamente à época original que foi lançada, e as versões de luxo, além de não ter as propagandas, ainda tem possibilidade de terem os seus textos alterados.

Para mim, "Maurício 30 Anos" foi o melhor especial da MSP até hoje, junto com "Mônica 30 Anos". Mesmo sendo tudo de forma simples é uma edição de alta qualidade. Nesses especiais não importa ser tudo luxuoso e, sim as seções de curiosidades e boas histórias que deem pra mostrar as evolução dos traços ao longo dos anos.  É uma edição que vale a pena ter, principalmente a versão original de 1990.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Neymar Jr nº 1 - Panini



Pense no pior gibi que você leu. Um que você achou fraco e que não gostou de nada. Pensou? O gibi do Neymar consegue ser pior do esse que você imaginou. E é exatamente assim que é o gibi "Neymar Jr." que chegou nas bancas.

Neymar Jr. é o terceiro personagem da MSP ligado ao universo do futebol, se juntando a Pelezinho e Ronaldinho Gaúcho. O seu gibi tem periodicidade mensal e 68 páginas assim como os outros da MSP, com a diferença que é mais caro que os outros gibis mensais da MSP nesse formato, custando R$ 3,90. Eu comprei pelo valor histórico de ser a nº 1, embora já era previsível de eu não gostar, só que eu pensava que não seria tão ridículo assim.

Não tem nada a ver com o padrão da MSP. Histórias não têm conteúdo, com piadas bobas, sem graça e sem nexo. As histórias do Neymar se passam em um condomínio. Isso é a única coisa meio interessante do gibi, já que pelo menos diferencia do universo dos outros personagens que moram em um bairro simples e em casas. Se souberem fazer, podem explorar o tema de crianças morando em prédio. Esse condomínio fica em Santos e é perto da praia. Neymar Jr. mora com o pai, mãe e irmã e um coelho. O pai que se chama Neymar tem comportamento mental igual (ou pior) ao filho e um quer aparecer mais que o outro, a irmã Rafaela é uma patricinha que deseja ser repórter, a mãe Nadine até que é normal e o coelho simplesmente se chama "Coelho" mesmo. 

A maioria das histórias são ambientadas com a família, só foram apresentados 2 amigos nessa edição, o Jô e o Caniço. Inclusive, cheguei a pensar que o personagem Jô nem tinha nome, já que só foi falado o nome dele uma única vez já perto do final da história. Tem piada infame de quando chamam "Neymar", pai e filho atendem ao mesmo tempo de uma forma muito boba. Os finais das histórias todas sem sentido, ficando a dúvida se realmente acabou mesmo. 

Essa edição de estreia tem 8 histórias, contando com a tirinha final. Inclusive essa tirinha é horrorosa, nunca vi uma tirinha tão ruim na MSP e sem nexo como aquela e ainda com referência a uma música insuportável "Eu quero Tchu eu quero tchá" que até hoje nem sei o nome de quem canta aquilo, só sei que o Neymar verdadeiro se amarra nela. Aí junta com os péssimos traços digitalizados em todas as histórias e letras também de PC em algumas, aí piora mais ainda. 

Propaganda da revista
Por incrível que pareça o gibi do Ronaldinho Gaúcho até consegue ser um pouco melhor. Também não é nada de mais. Basicamente nas revistas dele também são histórias com a mãe Miguelina, o irmão Assis e a irmã Deisi e tem um só amigo, o Diego, além dos cachorros Bala e Bola. Não tem pai, já que ele faleceu na vida real, embora não é explicado nas histórias dos primeiros gibis se os pais são separados ou ele faleceu. Também não tem um vilão fixo querendo tomar o lugar dele, como o Jão Balão das histórias do Pelezinho, mas pelo menos ele tem algumas aventuras de fantasia, com aventuras em vários mundos diferentes, como na arábia, na Idade Média, no Mundo Mágico (algo que acho que falta um pouco nas histórias atuais da Turma da Mônica). Já os gibis do Pelezinho, sem dúvida, são muito superior aos dois juntos. 

Em relação a Neymar, ainda há possibilidade da MSP contratar a irmã dele na vida real para contar histórias reais que o Neymar passou na infância. Se acontecer, aí que vai piorar de vez. Até hoje o pior gibi que eu tinha lido na minha vida era "Leandro & Leonardo". Agora "Neymar Jr" consegue ser pior. Parece que eu li que o contrato é por 10 anos, então seria esse o tempo que deve durar a revista, ou pelo menos a imagem do jogador vinculada à MSP. Parece também que na assinatura dos gibis da Turma da Mônica virá os gibis dele no lugar do Ronaldinho Gaúcho (e Pelezinho nos últimos meses). Por isso que nunca gostei de fazer assinatura e nem tenho vontade de fazer.

"Neymar Jr." é um típico gibi que foi feito pra atingir exclusivamente o público-alvo que são as crianças. E mesmo assim para as que estão aprendendo a ler. Talvez faça sucesso com a garotada, principalmente com as meninas que gostam dele. Quem sabe ao passar ao longo das edições, consiga melhorar um pouco, pelo menos ficando igual ao do "Ronaldinho Gaúcho", mas duvido muito. Como não vou acompanhar pra mim tanto faz. Que faça sucesso pra quem gosta.

domingo, 12 de maio de 2013

Pelezinho Coleção Histórica nº 3




"Pelezinho Coleção Histórica" é uma publicação quadrimestral que reproduz na íntegra e em ordem cronológica todas as histórias do Pelezinho da Editora Abril. É diferente do gibi "As Melhores Histórias do Pelezinho" que republica histórias aleatoriamente e, nesses primeiros números, tem foco nas histórias dos últimos gibis dele. Nessa postagem falo da minha opinião sobre essa coleção como um todo e comento a edição nº 3 atual.

O formato de "Pelezinho Coleção Histórica" é uma espécie de Almanaque Temático com 148 páginas no total, com lombada e 3 revistas originais encadernadas juntas em um só volume, diferente da "Coleção Histórica Turma da Mônica" que vem em uma caixinha e revistas separadas. Por um lado, esse formato assim é bom, já que é mais prático e ocupa menos espaço, mas por outro já modifica e descaracteriza totalmente o formato original dos anos 70 que eram do tipo canoa. O papel da capa é ígual ao da "Coleção Histórica Turma da Mônica", ou seja, de melhor qualidade e mais grosso que os gibis convencionais. E mantêm a ortografia original dos anos 70.

Em cada edição reúnem três edições originais do Pelezinho em sequência, sendo que cada edição não tem as 52 páginas originais, ou seja, faltam páginas que seriam de propagandas. Normalmente cada edição tem 49 páginas em média, então poderia ter mais 3 páginas de comentários (que nessa coleção são feitos pelo  Sidney Gusman) ou até colocar as propagandas da época relacionadas a Turma da Mônica em tamanho real e não aquelas miniaturas que a gente não consegue ler nada. O ideal deveriam ter 156 páginas no total. Eles reproduzem as páginas de passatempos, mas não reproduzem a seção de cartas "Bate-Bola com Pelé" em que o próprio Pelé respondia as cartas das crianças.

As capas reproduzidas não mostram a numeração do gibi original. Na edição nº 1 é mais fácil a gente saber que são os 3 primeiros originais, mas depois, se algum desavisado começar a colecionar a partir do nº 2, vai ter que ir até os comentários pra saber qual é o número de tal capa. Acho errado. Nessa edição mesmo, por exemplo, na capa informa que a Coleção Histórica é a "nº 3", mas aquela capa já se trata da reprodução do gibi nº 7 . Fica confuso. Sem contar que as capas reproduzidas no miolo ficam em papel tipo jornal e não papel couché como da capa principal. Eles bem que podiam colocar a capa como um selo e um personagem em destaque igual ao da CHTM, e, por dentro, reproduziam as capas originais em papel couché e informando a sua real numeração.

Já o tempo que vai durar a coleção é previsível. Se continuar do jeito que está com periodicidade quadrimestral e 3 edições originais por volume, a coleção do nº 19 (em agosto/ 2018) vai estar reproduzindo as edições 55, 56 e 57. Só fica a dúvida como vão colocar a edição nº 58: ou terão 4 exemplares na Coleção Histórica nº 19, ou irão republicar a nº 58 junto com os especiais de Copa do Mundo de 1986 e 1990. Só que se for a 2ª opção, ainda ficariam faltando páginas na última edição, aí, com isso, quem sabe completariam na edição nº 21 com a reprodução dos 2 gibizinhos dele de 1992. É aguardar pra ver.

 "Pelezinho Coleção Histórica" nº 1 e nº 2

Vamos então aos comentários da Coleção Histórica nº 3:

Nessa edição são reproduzidos os gibis nº 7, 8 e 9 entre fevereiro e abril de 1978. As histórias são sensacionais de uma época que a MSP tinha mais liberdade e ousadia em criar suas histórias. Como são histórias do final dos anos 70, prevalecem os traços fofinhos da época. O que é ruim nesses primeiros números é que tinham muitas páginas de passatempos por edição. Eram 11 páginas e que foram sendo reduzidas aos poucos durante os anos, conforme eram produzidas mais histórias. Pena que não aparece a capa dividida com a promoção "Cole e descole" que vinham adesivos fofinhos dos personagens, mas pelo menos é mostrado como eram as capas originais de 1978 e é informado sobre a promoção com a miniatura da propaganda da época, que, mesmo que não dê pra ler nada, já está valendo. 

A edição começa com um prólogo do Maurício de Sousa falando da edição (o que não tem na CHTM), e fala ressaltando que nas histórias atuais não são feitas daquele jeito e que as cenas incorretas são devidamente contextualizadas nos comentários. Ou seja, o Maurício faz questão que o politicamente correto prevaleça em suas histórias. Agora comentando cada número individualmente:

Nº 7: 
Foi até a página 49, sendo que tem uma página de propaganda atual das revistas do Pelezinho incluído nessa edição. Então, pode-se dizer que faltaram 4 páginas que podiam explorar mais comentários e propagandas da época. Mostram 3 páginas de comentários e ainda tinham 11 páginas de passatempos ocupando o gibi. 

Destaque para a história de abertura "Rove Story, Nô?" que é a estreia da Neusa e seu pai nos gibis do Pelezinho. Nela, mostra que Neusa é uma filha de um japonês e ele não quer que a filha namorasse o Pelezinho e acontece várias confusões para namorá-la.

Nº 8: 
Ocupa 48 páginas do gibi, 4 páginas de comentários. Ainda tinham 11 páginas de passatempos ocupando o gibi. Nesse gibi não gostei da história de abertura "O monstro de duas cabeças" ser quase toda muda. Até de surpreender que não era muito comum ter histórias mudas de 6 páginas nos gibis (hoje é supercomum). Só dou um desconto que a arte dela é incrível. Mesmo assim, as histórias "Goleiro é pra essas coisas" ou "Bing-Bonga" mereceriam ser as de abertura em vez dessa. Ainda tem um outra história muda do Rex de 4 página nessa edição.

Nº 9: 
Ocupa 51 páginas do gibi, com 3 páginas de comentários e tem 2 páginas de propaganda atual do "Arquivo Mônica 50 Anos", antes da tirinha final, que podiam ter páginas de comentários no lugar. A partir dessa edição já começam a ter 9 páginas de passatempos (2 páginas a menos do que as outras edições anteriores).

Para quem pensa que eles não mudam o texto na Coleção Histórica, eles mudaram o título da história de abertura "Guerra no campinho". Mudaram o texto "Há uns dias atrás estava a turminha do Pelezinho jogando bola quando de repente aconteceu a gigantesca guerra no campinho" para "Alguns dias atrás...", informando nos comentários a penas que houve correção nesse trecho. Acho que mudaram porque a frase está errada gramaticalmente. Não vi nada de errado nessa frase e não vi razão de mudar texto sem mais nem menos. Mesmo que estiver errada, era só comentar sem alterar na história. Falando dessa história, muito boa com referência ao filme "Guerra nas Estrelas", até então há pouco tempo lançado nos cinemas.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Tirinha nº 1: Aniversário da Magali


Hoje, dia 10 de maio, é oficialmente o dia do aniversário da Magali. Desde 1994 os personagens ganharam uma data fixa de aniversário e, desde então, em todos os anos têm histórias de aniversário em seus respectivos meses. Inclusive, na edição nº 77 da Magali (Ed. Panini) a história de abertura se trata de aniversário dela.

Em homenagem ao aniversário da nossa comilona favorita, deixo uma tirinha de aniversário muito engraçada. De uma época que a Magali era egoísta e capaz de tudo pra conseguir comida. Até lembra um episódio do Chaves que o Quico fazia aniversário e ele pedia para o ano que vem não vir ninguém para ele poder comer tudo sozinho. A curiosidade é que colocaram que ela estava fazendo 6 anos na tirinha, e não 7 anos como de costume.

Tirinha foi publicada originalmente em Magali nº 258 (Ed. Globo, 1999).


quinta-feira, 9 de maio de 2013

Horácio e seus amigos dinossauros



Já à venda nas livrarias e em bancas especializadas o livro "Horácio e seus amigos dinossauros". Trata-se de uma coleção que vai compilar todas as páginas semanais originais que saíram no suplemento "Folhinha de São Paulo" do jornal em sequência desde 1963.

Na Globo, teve uma edição com esse nome em 1993, que infelizmente eu não tenho. Naquela edição, a capa era cartonada e material mais simples. Com 114 páginas, compilava as histórias semanais entre 1982 e 1984. Com isso, a gente já conhecia as histórias porque elas eram aproveitadas e republicadas nos gibis da Editora Abril da época. Já nesse primeiro volume da Panini tem histórias de 1963 até 1965.

Capa da edição de 1993

Esse primeiro volume da Panini tem 114 páginas, com capa dura e papel de miolo offset, porém menos grosso que o papel dos livros Coleção "50 Anos". "Horácio e seus amigos dinossauros" começa com 6 páginas de apresentação e curiosidades. Primeiro mostra como era o Piteco comparando quando foi criado e o atual e é falado que quando foi criado o Piteco, o Horácio participava de suas histórias a partir de 1960. Só em 1963 que Horácio começou a ter histórias próprias na "Folhinha de São Paulo". Segue as curiosidades com um esboço dos personagens e mostra as características do Horácio.


Então, começam as histórias que saíam semanalmente no jornal. São 100 páginas de histórias, tudo colorido, com a impressão de qualidade e luxuosa da Panini. Embora mexeram muito nos tons das cores originais, como pode comprovar na página que eles escanearam da primeira história na seção de curiosidades. Eles não mantiveram a ortografia dos anos 60, e sim a ortografia atual, o que já era de se esperar mesmo. 

Muitas dessas histórias eram divididas em capítulos (seriadas). Em vez de ser cada semana uma história diferente, eram histórias longas dividas em vários capítulos, como se fosse uma novela. Como muitas histórias tinham 8 a 10 capítulos, o público da época ficavam mais de 2 meses para conhecer o final da história. Há casos também de histórias interligadas, ou seja, quando acabava o tema de uma história, aproveitava o gancho do final pra continuar a história a partir daí com outro foco, como em uma história dos Napões em que o Horácio termina com uma corda no pescoço que serve de gancho para a história que veio a seguir. Considerando histórias de uma página e seriadas o livro tem, então, 18 histórias completas e diferentes. São aventuras do Horácio enquanto procura pela sua mãe. Lembrando que nessa fase ainda não tem a presença da Lucinda e do Tecodonte nas histórias.


É bom destacar que esse livro tem também muitas histórias que, mais tarde, foram redesenhadas e adaptadas para os gibis da Mônica, como, por exemplo, a primeira desse volume que saiu em Mônica nº 2 (Ed. Abril, 1970), que a redesenharam para atender aos padrões do gibi e alteraram o final em relação a desenhos em que era o Piteco que recebia o Horácio na aldeia no gibi de 1970, e não um guarda, assim como a história dos cumpinchins republicada com adaptações em Mônica nº 12 (Ed. Abril, 1971). E tem várias outras assim. Quem acompanha a Coleção Histórica desde o inicio conhece algumas histórias desse livro. O que dá pra confirmar nesse livro o que eu já desconfiava há muito tempo, que nos anos 80 não foram criadas histórias inéditas especialmente para os gibis. Todas as histórias do Horácio, que costumavam ter uma página (ou 2 quando eram redesenhadas), eram republicações dessas páginas semanais do Horácio na Folha de São Paulo. Como só os paulistas tinham acesso a essas histórias, nada mais justo de republicarem nos gibis convencionais.


O ponto negativo da edição, sem dúvida, é o preço muito alto. Como é uma edição de acabamento de luxo, ela custa R$ 46,00. O ideal para atender a todos, poderiam ter feito duas versões desse livro, uma com capa dura e outra com capa cartonada, assim como foram a trilogia MSP50 e até a Graphic MSP do Astronauta. Isso a tornaria mais barata, com preço acessível custando cerca de R$ 20,00. Aliás isso deveria valer para todos os títulos da MSP com capa dura.


Como é falado que as páginas semanais do Horácio na "Folha de São Paulo" duraram 24 anos e depois mais 4 anos no jornal "Estado de São Paulo", então teremos muitos volumes de "Horácio e seus amigos dinossauros". Juntando com outros títulos que estão previstos, sem contar outros que vão ser lançados (visto que a MSP está de olho nos colecionadores), aí quem não tem condição financeira não vai poder acompanhar a coleção. Eu mesmo tive que recorrer a comprar essa edição do Horácio na internet pra conseguir desconto. Comprei por R$ 32,00 e ainda, de quebra, comprei junto o pocket L&PM "Chico Bento - Histórias de pescador" por R$ 11,00 (mais barato também, já que o preço é R$ 13,00), custando as 2 edições por menos que a edição do Horácio. Mas isso, tem que correr atrás, porque sem esses cupons de desconto, fica inviável ter todas essas edições especiais que a MSP resolve lançar praticamente tudo ao mesmo tempo.

Contracapa
Para colecionadores, é uma ótima edição pra ter todas as histórias originais na íntegra e em ordem cronológica do Horácio. Pra quem se interessa, vale a pena. O que pesa é o preço muito salgado que deveria ter uma versão simples, que poderia ser do mesmo estilo de "As Tiras Clássicas da Turma da Mônica", por exemplo, para agradar aos fãs. "As Tiras Clássicas da Turma da Mônica" terá muitos volumes, mas com a capa cartonada custando R$ 19,90 dá pra acompanhar tranquilamente.